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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018
quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
Surpresas da existência
Surpresas
da existência
Na cidade de Évora, em
Portugal, os franciscanos do passado, desejando encontrar um método eficaz para
fixar-se nos postulados da imortalidade da alma, construíram uma capela com
ossos humanos, especialmente de pessoas que se encontravam sepultadas em volta
das igrejas.
Com as alterações
naturais do tempo, o recinto que era dedicado a orações, meditação e profundas
reflexões, transformou-se em lugar de turismo.
À entrada encontra-se uma frase muito peculiar: Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos.
À entrada encontra-se uma frase muito peculiar: Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos.
Surpreendentemente é
uma grande verdade e deveríamos, com certa frequência, pensar na realidade que
somos: Espíritos imortais!
Observamos que a
maioria das criaturas humanas, mesmo aquelas que se vinculam a doutrinas
religiosas, vivem como se a sua fosse uma existência eterna, fadada ao prazer e
às comodidades, como privilégios que merecem.
Para que sejam
alcançadas essas metas frívolas dos gozos ligeiros, entregam-se, não poucas
vezes, a comportamentos lamentáveis, distantes de todo e qualquer conceito
ético-moral, de respeito a si mesmo, à sociedade, à vida.
Enriquecer, adquirir
prestígio social e fama, aumentar o orgulho e a ostentação, zombar do bom senso
e das condutas retas, parecem constituir objetivos que devem ser alcançados a
qualquer custo.
Os desatinos morais e os crimes de toda ordem predominam em nossa cultura, aureolados como normais, tal o cinismo de quem os comete.
Olvidam-se que a morte
espreita, e que, a cada momento, todos somos arrancados do mapa existencial,
exatamente quando pensamos estar em máxima segurança.
A fatalidade dessas
ocorrências nefastas tem afetado o Brasil, numa sucessão de lances dolorosos,
nos quais mulheres e homens notáveis, que trabalham e zelam pelo bem, que
confiam no destino histórico da nacionalidade, causando impactos terríveis e
dores indefiníveis.
Estamos vivendo um
desses momentos cruéis com a desencarnação por acidente aéreo do Exmo. Sr.
Ministro do Supremo Tribunal Federal, Dr. Teori Zavascki, cuja existência
fez-se caracterizar pela honradez e nobreza de caráter.
Essa tragédia dantesca
dá-se num momento muito grave no país, quando S. Exa. deveria prosseguir na
tarefa nobre a que se dedicava, trabalhando pela dignidade e justiça contra a
corrupção de autoridades insensatas e de outros cidadãos criminosos que se
locupletaram nos bens públicos e nos valores que poderiam solucionar os graves
problemas do país…
Várias hipóteses têm
sido levantadas para esclarecer o infausto acontecimento, no entanto, merece
considerarmos que nada impede que se manifeste a Justiça Divina, alcançando-nos
a todos, cujos ossos estão sendo esperados por aqueles que edificaram a capela
portuguesa.
Divaldo Pereira
Franco.
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna
Opinião, em 26.1.2017.
Em 22.2.2017.
segunda-feira, 15 de janeiro de 2018
Os hábitos de hoje e as consequências espirituais
Os hábitos de hoje e as consequências espirituais
A
vida no corpo físico é passageira, porque a vida não precisa do corpo para a
sua existência. Essa vida é espírito quando fora do corpo e alma quando dá vida
a um corpo. É uma situação complexa que pequena parcela da humanidade se dá
conta e até mesmo as academias de ciências não prestam atenção.
Na
Terra, a vida num estado mais aperfeiçoado é a do próprio homem, denominado
estágio “hominal”, porque além de tudo que os reinos vegetal e animal possui
tem ele desenvolvido a inteligência e a consciência, goza com seus aprendizados
nobres e sofre com seus desarranjos morais.
Existe
uma parcela comportamental que são os hábitos negativos, que se expressam
constantemente sem o crivo da razão, tornando-se manifestação semiconsciente, e
pela repetição torna-se como que coisa natural nas comunicações e convivências
no grupo social, fazendo parte da comunicação daquele indivíduo.
São
observáveis naqueles que têm o hábito da reclamação, de xingamento, de palavra
chula, apontamento de defeito (em tese ou apenas por força do costume) de
expressão ou moral dos outros, a título de gracejo ou justificativa de suas
próprias atitudes, sempre apresentando uma coloração picante.
Nem
sempre pessoas com esse perfil são más, as vezes até são generosas em algumas
circunstâncias, tratam com honestidade seus negócios, têm comportamento
adequado na condução de sua vida, no entanto, mantêm hábitos doentios. Na vida
material tem a complacência dos seus conviventes, embora incomode os mais
educados, causam a si mesmos prejuízos de vários matizes que não percebem,
embora sofram as consequências durante a vida.
Terminada
a jornada no corpo físico volta à vida real do Espírito, que é o mundo
espiritual, de onde todos vieram, no entanto, apesar de uma vida regular, mesmo
tendo conquistado alguns valores durante a sua vida terrena, se localizará em
faixa vibratória compatível com o seu estado espiritual, porque fora do corpo
físico esses hábitos nocivos apresentam-se na forma pensamento, criando imagem
e som, não favorecendo a convivência em ambiente que não seja entre os seus
iguais. O que traz grande sofrimento porque o indivíduo percebe que poderia
estar em situação mais favorável em muitos aspectos, mas a manifestação quase
que involuntária dos seus maus hábitos não o habilita.
Conquanto seja possível
a sua reeducação na vida do espaço, será de esforço muito grande; em boa
porcentagem dos que assim se encontram é preciso nova reencarnação e através da
educação desde o berço não permitir que a ressonância dos velhos costumes
aflore na existência nova o que exigirá esforço dos pais e do próprio
reencarnante.
Dorival da Silva
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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017
Fim do Mundo, quem se preocupa com isto?!
Fim
do Mundo, quem se preocupa com isto?!
Certamente
todos que estão atentos com a vida se preocupam com o tal fim do mundo. Diante
de fatos que se apresentam nos noticiários sobre mandatários que atacam outros
mandatários em escala mundial, terrores que destroem vidas em nome de
divindade, armas mortíferas existentes em todas as partes armando mãos que
matam e desestruturam a sociedade de diversos países. Os elementos poluidores
da atmosfera que se faz irrespirável, da água que mesmo tratada se toma com
desconfiança, dos alimentos que estão contaminados com defensivos e outros
recursos para a “melhoria da produção”, do consumo desenfreado de tudo.
E
o que pensar dos comportamentos esdrúxulos da sociedade, a título de liberdade,
faz-se o que quer ou acha-se no direito de fazer o que pensa que pode, pois
ninguém o impede, é a hipocrisia!
Aceita-se a libertinagem como se liberdade fosse.
Estamos
num país continental chamado Brasil, que também se chamou Terra de Santa Cruz,
considerado o maior País Cristão. No
entanto, os fatos mostram uma “terra arrasada”, embora a riqueza do país, a
beleza de suas paisagens, há dores em muitas partes, são as escolas e alunos
sofridos, são as filas nos hospitais, corredores que servem de estacionamento
de macas e cadeiras de roda apoiando gementes e acompanhantes aflitos pela
demora do atendimento ou do não-atendimento; médicos, enfermeiros, professores
e pais atormentados pelo desejo de atender as necessidades básicas da
vida. Levando o olhar para o outro lado
vê-se cadeias e penitenciárias abarrotadas, se são criminosos, de diversos
níveis, são seres humanos, mas são tratados desumanamente, se precisam de
educação para reinserir-se na sociedade, oferece-se a escola da criminalidade
mais soez, que se reproduzirá indefinidamente, perturbando a vida social que se
equilibra na possibilidade de normalidade; é a sociedade carcomida.
Por
outro lado, a estatística publicada a alguns dias informa que a cada cinco
crianças que nascem um é filho de adolescente e há relato de que mais de
cinquenta por cento dos brasileiros sabe de pelo menos uma mulher que provocou
aborto. Então vejamos, o tamanho do
problema existente somente neste País.
E
o fim do Mundo? Possivelmente haverá convulsões telúricas, porque de tempos em
tempos elas ocorrem para acomodar as alterações provocadas pelo tempo, pelas
extrações minerais e vegetais e as do uso. Esses termos, fim dos tempos, fim do
Mundo, não se trata propriamente do término físico das coisas, mas, sim, a
chegada de uma Nova Era, que corresponde a uma nova realidade espiritual do
Planeta. Fim do Mundo moral desgastado, impróprio para a continuidade do
aprimoramento dos que se elegeram para a sua permanência. Como o Espírito Humano
muda de categoria evolutiva o ambiente de vivência também acompanha se
melhorando de forma condizente com seus habitantes, pois estes que influenciam.
Parece
um contrassenso, mas é questão de entendimento, nada na Natureza, no aspecto
amplo do desenvolvimento, acontece abruptamente, nem no campo material e nem no
campo moral. A Lei Natural dá
oportunidades inúmeras para que os Espíritos ligados à Terra se ajustem à
normalidade e se harmonizem com a Lei da Vida; quando isto não é mais possível,
dada a rebeldia e a recrudescência no mal, são transladados para outro Mundo em
início civilizatório, lá encarnando, como oportunidade de aprendizado e
cooperação com a Lei Divina, que rege todos os Mundos. Assim, gradativamente, o Planeta Terra vai se
aliviando daqueles que não se esforçam pela mudança para melhor e, ao mesmo
tempo, vai recebendo o nascimento de outros espíritos melhores, que aguardam no
Mundo Espiritual ou que vêm de outros Orbes planetários melhorados.
Considerando
essa condição evolutiva e como aponta Allan Kardec, quando no Mundo a massa de
Espíritos melhores (aqui entendo de toda a Humanidade vinculada ao Planeta –
que são os encarnados e os desencarnados, em conta que todos influenciam na
qualidade de vida da Terra) superar os que preferem a permanência no mal e com
a ausência dos que tenham esgotado as suas possibilidades de permanecer nesse Planeta,
em conta a incompatibilidade vibratória, então se perceberá a renovação da Vida
Planetária. É a Nova Era, o Mundo regenerado, e o fim do Mundo de imoralidade e
maldade.
Dorival da Silva
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
Aflições! Quem não as têm?
Aflições! Quem não as têm?
No
Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, no capítulo V, das “causas
atuais das aflições”, que nos leva a indagação colocada no título desta página,
em conta a grandeza dos esclarecimentos ali anotados pelos Espíritos
orientadores da Humanidade, que por se tratar de verdades inquestionáveis
transcendem os tempos, pois a base é a Lei Divina que não sofre alternância,
considerando a fonte perfeita que produziu norma definitiva que jamais será
objeto de reparo.
Atualmente
se verifica uma necessidade fictícia de usufruir de tudo, num imediatismo
avassalador, levando os indivíduos a um estado estapafúrdio de comportamento,
que a vida se torna uma constante aflição, geradora de aflições, pois tudo se
multiplica quando cultivado.
Os
meios de comunicação, por onde chegam às pessoas o “marketing” de produtos
objeto das indústrias e que o comércio quer vender vislumbrando o lucro, na variedade
e utilidade nem sempre ao alcance financeiros da maioria, no entanto, gera
necessidade aonde não existia, tornando uma aflição a muitos dentro da massa
insistentemente bombardeada pela propaganda, agravando quando o produto é da
área infantojuvenil, ampliando a ansiedade por possuir e equiparar-se àqueles
que têm disponibilidade financeira para adquirir e exibirem as suas conquistas
nem sempre necessárias.
Os
meios de transporte público não atende a contento as necessidades da população,
gerando aflições de toda ordem: atrasos ao trabalho, a compromissos, a
insegurança na lotação e com o próprio veículo, situações imprevistas no
transcurso de casa até o local objetivado da viagem. Quando de veículo próprio,
o risco se mostra grande com a irresponsabilidade de alguns, a imperícia de
outros, produzindo mortes, ferimentos e perdas materiais, promovendo aflições a
muitos, multiplicando-se nos familiares.
Além
dessas situações existe o consumismo injustificável do que poderia ser evitado,
tais como: compras por impulso, por outras razões emocionais, de roupas,
calçados, eletrônicos e outras coisas. Como tudo o que seria dispensável,
portanto, desnecessário, além do problema financeiro, gera desconforto
emocional, um estado de culpa, logo se aflige, prejudicando a vida do
indivíduo, desarmonizando, quando não comprometendo a harmonia da família toda.
Acrescenta-se
nessa fieira o alcoolismo, as drogas ilícitas e as lícitas, conquanto nocivas à
saúde, além da viciação medicamentosa, que servem de muleta emocional para tudo
o que se pretende justificar, embora injustificável, porque ninguém consegue
ludibriar a consciência e quanto mais demora em tomar resolução firme de
reversão de hábitos e viciações para o trabalho regenerador através do
bem em favor de si mesmo e do próximo, mais se afundará num estado espiritual
pernicioso, que exigirá grandíssimo esforço para retornar ao um estado de
normalidade.
Assim, muitas
outras situações que são nascedouro de aflições, cabendo a cada um a análise, principalmente,
no ambiente em que se situa a sua convivência.
O
Evangelho de Jesus ensina: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
Ninguém poderá duvidar dessa assertiva do Mestre, no entanto, seus efeitos não
ocorrem sem o esforço da análise, da reflexão, da observação e da vivência da
verdade extraída desse processo evolutivo.
No
estado atual da Humanidade a aflição é mecanismo de evolução, sofre-se menos quem
tem fé que permite o raciocínio, a compreensão dos fatos e deles, das
consequências que percebe, adquire aprendizado e valores que o liberta dos
medos e das fantasias.
Dorival da Silva
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