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quinta-feira, 20 de outubro de 2022

A morte não existe

 

A morte não existe 


Parece absurda essa afirmação. Mas, quando falamos da Vida, ela, a morte, realmente não existe. A Vida é independente do corpo, existirá plenamente sem ele. É bom afirmar que a Vida sem o corpo é mais intensa. Pode-se ser muito feliz, ou muito infeliz.  

Geração que sucede geração, sempre a mais recente tem melhor inteligência e o desenvolvimento moral também caminha, no entanto, mais lentamente, quando em boa parte sofre derrocada pela educação deficiente, pelos vícios, crimes…  Os professores escolares, os dirigentes religiosos, as lideranças sociais e políticas são pessoas nascidas nas porções da sociedade, que carregam o conteúdo cultural e moral correspondente ao meio onde foram criadas.  

O suicídio, o suicídio assistido, a eutanásia, o aborto, pena de morte, matar para se livrar do desafeto, matar o cônjuge por ciúme, desconfiança ou desejo de posse, tudo ignorância sobre a morte.  

A Vida é permanente. O corpo tem serventia por um tempo limitado. Todos têm consciência que o corpo morrerá e não se sabe quando! Com a inteligência avançada destes dias, não se pode ignorar que a Vida continuará depois do corpo, tanto como existia antes dele. O que falta é a fé que raciocina.  

Morreu o corpo, ele irá retornar seus elementos ao laboratório da Natureza, com as disjunções celulares, com a decomposição eletroquímicas naturais. Seus componentes retornados a elementos simples formarão outras composições, outros tecidos, outros corpos. É da Natureza que nada se perde! 

E a cultura, os cabedais intelectuais, as experiências vividas, as virtudes e as fraquezas onde estarão? Se desaparecessem como o corpo seria irracional. Se na Natureza material “tudo se transforma e nada se perde”; o que pensar da Natureza espiritual, onde a Vida que habitou o corpo é indestrutível, é eterna a sua individualidade, tem consciência de si mesma, tem liberdade de ação — livre arbítrio — e assume incontestavelmente as suas responsabilidades, não importando que sejam agradáveis ou desagradáveis.  

Desde a antiguidade, as religiões de todos os tempos, os expoentes religiosos de todas as gerações nunca pregaram a morte voluntária, a morte provocada, a morte do que não nasceu, porque, pela intuição, sabiam, e todas as pessoas sabem que a vida do corpo é para ser respeitada e conservada. Trata-se de recurso extraordinário de progresso. Não lhe pertence. É empréstimo com finalidade própria.  

Todos os meios e recursos existentes no Universo são de origem Divina, O Incriado, que todos conhecem, Deus!  Assim, o que pertence ao ser humano? À alma humana? Somente os valores espirituais (intelectuais e morais) que conquistou pelos seus esforços.  

Matar-se ou matar para livrar-se de frustração, dor, egoísmo, orgulho… é adquirir dívida de difícil solvência. Dívida com a consciência! Dívida com Deus!  

Deus, Amor e Justiça, não elimina o pecador. Nenhuma de suas criaturas se perderá! Dá sempre oportunidade.  No entanto, as dificuldades são inerentes à rebeldia. As dificuldades são as pedras e os espinhos que a criatura espargiu no carreiro da vida, correspondendo a seu estado de consciência. Precisará limpar a consciência de seus crimes, para encontrar a paz e a felicidade verdadeiras. O que não ocorre na vida corporal e sim na Vida espiritual.  

Existe o sofrimento para se vencer as barreiras do não saber, porque a conquista de conhecimento exige esforço e superação; mas, o dever cumprido enche o cumpridor de satisfação e reconhece que o sabor da vitória corresponde aos esforços dispendidos. É a luz que se faz na alma do vencedor de si mesmo.  

O sofrimento do rebelde é carregado de amargores e recidivas, sente-se revivendo dissabor, com o sentir refazer o que não foi bem feito, ou mal feito. Conviver com pessoas que não gozam de sua simpatia, depender de pessoa que não se gosta, arrastar dependência física grotesca, limitada, feia!  Sempre se encontra àqueles que foram abandonados, que não foram amados!  

Quando não, o rebelado, carrega disfunção mental, com lucidez prejudicada, ou, ainda, totalmente com escuridão mental, dependente integral da atenção de terceiros.  

Não há injustiça! Em nenhuma situação. No que se chama anomalia, doença irreversível, aleijão é somente o reencontro do criminoso consigo mesmo.  Trata-se de resgate da consciência maculada. Consequência da rebeldia contra a Lei Imutável de Deus, causando desarmonia na Casa do Pai!  Onde? Na própria consciência!  “A Lei de Deus está inscrita na consciência.”   

Suicídio, eutanásia, aborto…  Jamais! 

 

Dorival da Silva. 

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Construção feliz

Construção feliz

Ao ler uma página que comentava uma passagem do Evangelho de Jesus¹, deparei-me com a descrição de uma cidade construída sobre um monte, visível a todos. Portanto, era impossível que ficasse escondida.

Após a leitura dessa página, um amigo espiritual abordou o tema com grande profundidade de entendimento.  

A abordagem dele sobre essa cidade, em paralelo com a alma de cada criatura, fala da visibilidade da cidade pelas suas luzes, que todos podem observar e conhecer sua localização à distância. É referência, não há como se enganar quanto a sua beleza e qualidade. Assim, inspiramo-nos para tratar do tema com as nossas palavras, longe do mesmo alcance do Amigo Espiritual,  como segue.

A alma humana, assim como tal cidade, precisa ser construída, alcançar autonomia e se iluminar. Jesus, o Cristo, no Seu projeto geral para a Terra trouxe os roteiros para que cada pessoa realize a sua cidade interior.   O Senhor apresentou os elementos, mas o arquiteto dessa obra portentosa é cada um de nós, os encarnados.

O terreno apresenta tortuosidades, defeitos de muitas formas, partes ainda pouco acessíveis, resistências endurecidas de difícil remoção. Os recursos disponíveis são escassos, as perspectivas são de receio, medo e incerteza...

O projeto se apresenta, e o roteiro indica que, sem esforços, dedicação e persistência, a obra não se estabelece. O construtor e as mãos que trabalham são o proprietário, ou seja, nós mesmos. É preciso iniciar a obra, a expectativa é a de trabalho duro. Não há dúvida. O prazo tem limite. A atmosfera se apresenta carrancuda. Muitos poderão ajudar, nem sempre acontece, e isso não é garantia do êxito. Todos têm sua própria cidade a construir.

O Guia da Humanidade aguarda as construções, não de qualquer jeito, mas com qualidade, a melhor, porque elas deverão ter aparadas todas as imperfeições e que suas bases estejam sólidas, alicerçando altura inimaginável de virtudes e sentimentos nobres.

Todas as fraquezas inicialmente detectadas deverão se transformar em fortificações, onde as tempestades, por mais intensas que sejam, não encontrarão brechas para abalá-las.

A grande construção, a maior que é possível realizar, é o aprimoramento da própria Alma. Ter luz própria. Não para exaltação de orgulho, pois, já não carregará mais esse pejo. Mesmo porque todos deverão ter luz própria. Isto que o Mestre aguarda -- “Faça-se a vossa luz”.

Novo tempo, nova era, circunstância que é sonho ainda, mas se tornará realidade. Está no Projeto Geral do Senhor. Os Seus esforços vêm há milênios, empenhando-se em fixar verdades para a Humanidade. Realizando renúncia ingente, embrenhou-se num corpo falível para apresentar pessoalmente ensinamentos e exemplos do que espera de cada um dos Seus tutelados.

Jesus não é um personagem mítico, é uma Realidade, existe tal como eu e você... apenas que num estágio evolutivo que somente em futuro distante poderemos compreender melhor, porque precisamos crescer muito espiritualmente para isso.

Ele, o Senhor, veio desse futuro para onde estamos indo, para nos indicar o caminho.  Tendo percebido as Suas pegadas, precisamos também marcar o caminho com as nossas, mesmo que sejam pouco aparentes ou quase não notadas.

No contexto das construções iluminadas, desaparecerão as desconfianças, as traições, os crimes e as doenças... Reinarão a paz, a felicidade e o amor ao próximo. Não serão necessários cuidados em relação à sua segurança, vez que existirá uma verdadeira fraternidade.

A luz do amor, do respeito e da moral elevada estará em toda parte. A convergência de esforços será para ações a favor da coletividade, atendendo à justiça da consciência iluminada, sem outra intenção que não seja o bem pelo bem.

Esta é a construção feliz. Todos nós somos as construções mais importantes desse empreendimento espiritual, pois não existe outra razão. Se houvesse outra razão, Jesus teria falado. Tudo depende apenas de nós!

                                                   Dorival da Silva

1 – Mateus, 5:14

Caminho, Verdade e Vida, cap. 76,

Emmanuel, Francisco Cândido Xavier



quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Instrumento ou arma

 

Instrumento ou arma

       Está presente em quase todos os movimentos da atualidade e é responsável por incontáveis fenômenos do processo evolutivo da Humanidade.

       Facilita as trocas, impulsiona o progresso, faculta o conforto e sustenta a vida.

       A sua presença modifica a muitas situações e resolve incontáveis problemas.

       Ajuda na enfermidade, na educação e na caridade.

       Muitos o consideram fator primordial para a felicidade.

       Todavia, responde por crimes inumeráveis: corrupção, desdita, miséria e fome…

       Catastrófico em mãos irresponsáveis, estimula o ódio e favorece a violência.

       Denigre o caráter, conduz à traição, entorpece os sentimentos…

       Referimo-nos ao dinheiro.

       Não é ele, porém, bom ou mau.

       O uso que se lhe faz e a ambição humana que o cerca, o tornam instrumento de vida ou arma de morte.

*

       Não transformes o dinheiro em meta essencial da tua existência.

       Trabalha por adquiri-lo, a fim de o aplicares nas necessidades e deveres morais.

       Busca viver, dele fazendo um meio para as finalidades superiores da vida, sem que te escravizes à sua paixão vivendo para ele.

       Conquista-o mediante o lavor digno, de modo que ele seja, em tuas mãos, em tua vida, recurso de elevação e mensageiro da felicidade, para ti e para aqueles a quem possas beneficiar.

Joanna de Ângelis (Espírito)

Mensagem extraída da oba Episódios Diários,

capítulo 44, psicografia de Divaldo Pereira Franco.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Surpresas da existência



Surpresas da existência

Na cidade de Évora, em Portugal, os franciscanos do passado, desejando encontrar um método eficaz para fixar-se nos postulados da imortalidade da alma, construíram uma capela com ossos humanos, especialmente de pessoas que se encontravam sepultadas em volta das igrejas.

Com as alterações naturais do tempo, o recinto que era dedicado a orações, meditação e profundas reflexões, transformou-se em lugar de turismo.
À entrada encontra-se uma frase muito peculiar: Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos.

Surpreendentemente é uma grande verdade e deveríamos, com certa frequência, pensar na realidade que somos: Espíritos imortais!

Observamos que a maioria das criaturas humanas, mesmo aquelas que se vinculam a doutrinas religiosas, vivem como se a sua fosse uma existência eterna, fadada ao prazer e às comodidades, como privilégios que merecem.

Para que sejam alcançadas essas metas frívolas dos gozos ligeiros, entregam-se, não poucas vezes, a comportamentos lamentáveis, distantes de todo e qualquer conceito ético-moral, de respeito a si mesmo, à sociedade, à vida.

Enriquecer, adquirir prestígio social e fama, aumentar o orgulho e a ostentação, zombar do bom senso e das condutas retas, parecem constituir objetivos que devem ser alcançados a qualquer custo.

Os desatinos morais e os crimes de toda ordem predominam em nossa cultura, aureolados como normais, tal o cinismo de quem os comete.

Olvidam-se que a morte espreita, e que, a cada momento, todos somos arrancados do mapa existencial, exatamente quando pensamos estar em máxima segurança.

A fatalidade dessas ocorrências nefastas tem afetado o Brasil, numa sucessão de lances dolorosos, nos quais mulheres e homens notáveis, que trabalham e zelam pelo bem, que confiam no destino histórico da nacionalidade, causando impactos terríveis e dores indefiníveis.

Estamos vivendo um desses momentos cruéis com a desencarnação por acidente aéreo do Exmo. Sr. Ministro do Supremo Tribunal Federal, Dr. Teori Zavascki, cuja existência fez-se caracterizar pela honradez e nobreza de caráter.

Essa tragédia dantesca dá-se num momento muito grave no país, quando S. Exa. deveria prosseguir na tarefa nobre a que se dedicava, trabalhando pela dignidade e justiça contra a corrupção de autoridades insensatas e de outros cidadãos criminosos que se locupletaram nos bens públicos e nos valores que poderiam solucionar os graves problemas do país…

Várias hipóteses têm sido levantadas para esclarecer o infausto acontecimento, no entanto, merece considerarmos que nada impede que se manifeste a Justiça Divina, alcançando-nos a todos, cujos ossos estão sendo esperados por aqueles que edificaram a capela portuguesa.

Divaldo Pereira Franco.
      Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em  26.1.2017.
Em 22.2.2017.