quinta-feira, 18 de abril de 2019

Mulher...!

Mulher...!  

 
 

Colhemos e registramos abaixo algumas questões de O Livro dos Espíritos, publicado por Allan Kardec em 18.04.1857, tradução de Dr. Guillon Ribeiro editado pela Federação Espírita Brasileira (FEB), relativamente à mulher. Com base nesses ensinamentos organizamos um argumento à guisa de reflexão, que compartilhamos:  

 
 

200. Têm sexos os Espíritos?  

“Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos sentimentos.”  

 
 

201. Em nova existência, pode o Espírito que animou o corpo de um homem animar o de uma mulher e vice-versa?  

“Decerto; são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as mulheres.” 

 

817. São iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos?  

“Não outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir?”  

 
 

818. Donde provém a inferioridade moral da mulher em certos países?  

“Do predomínio injusto e cruel que sobre ela assumiu o homem. É resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre homens moralmente pouco adiantados, a força faz o direito.” 

 

819. Com que fim mais fraca fisicamente do que o homem é a mulher?  

“Para lhe determinar funções especiais. Ao homem, por ser o mais forte, os trabalhos rudes; à mulher, os trabalhos leves; a ambos o dever de se ajudarem mutuamente a suportar as provas de uma vida cheia de amargor.”  

 
 

820. A fraqueza física da mulher não a coloca naturalmente sob a dependência do homem?  

“Deus a uns deu a força, para protegerem o fraco e não para o escravizarem.”  

 
 

Deus apropriou a organização de cada ser às funções que lhe cumpre desempenhar. Tendo dado à mulher menor força física, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade, em relação com a delicadeza das funções maternais e com a fraqueza dos seres confiados aos seus cuidados. (Allan Kardec)  

 
 

821. As funções a que a mulher é destinada pela Natureza terão importância tão grande quanto as deferidas ao homem?  

“Sim, maior até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.”  

 
 

Nesses tempos modernos, precisamos fazer muitas perguntas para encontrar respostas referentes ao comportamento da nossa sociedade, da família, da educação, da política, da segurança, da saúde e  da arte,  considerando que a origem de todos os problemas e de todas as soluções está no ser humano.  

 
 

Então, vamos perguntar: O que é o ser humano? Um Espírito. O que é um Espírito? É um elemento universal individualizado que tem inteligência e consciência de si mesmo. Em sua origem, é simples e ignorante. No entanto, o seu Criador (Deus) o arregimentou em latência com todas as possibilidades evolutivas, que lhe caberá desenvolver no transcurso dos tempos, dando-lhe a liberdade de escolhas (o livre-arbítrio) e as reencarnações (o que quer dizer: entrar e sair num corpo físico -- nascer e morrer – muitas vezes, acumulando em si – no Espírito -- as experiências), formando o seu patrimônio espiritual, desenvolvendo a inteligência e o sentimento.   

 
 

Por que existem corpos masculinos e femininos? Para propiciar a produção de outros corpos materiais que estarão revestindo corpos espirituais, proporcionando a condição para a experiência de sofrer as suas necessidades, propiciando o desenvolvimento da inteligência e dos sentimentos, numa vida de relação entre homem e mulher, pai e mãe, filhos e filhas, avôs e avós..., formando o grupo familiar, compondo o grande grupo da humanidade. Não se pode esquecer que também se sofre as contingências ambientais, para a manutenção da vida orgânica e aprender a conviver com o próximo, além dos vínculos consanguíneos. 

   

Alguém é dono do próprio corpo? Objetivamente, ninguém é dono nem de seu corpo, nem de nenhuma outra coisa material, pois tudo pode ser retirado instantaneamente. O que existe de verdade é o uso de elementos que nos são custodiados pela Natureza para propiciar a condição evolutiva para o Espírito.  A única coisa que nos pertence (espiritualmente falando) é o estado evolutivo que alcançamos com os nossos esforços, este não sofre retrocesso e jamais se perderá, verdadeiramente é o único patrimônio que nos pertence. Tudo o que existe de patrimônios materiais (terras, edifícios, empresas, riquezas outras, etc.) são apenas arranjos evolutivos e o pertencimento é relativo e temporário como ferramenta evolutiva do ser humano (que é o Espírito encarnado), um empréstimo do qual precisaremos prestar conta do seu uso.   

 
 

Por que nada do que é material pertence verdadeiramente ao ser humano? Seria contrassenso de origem, considerando que Deus criou todos os Espíritos para alcançar o estado de perfeição, o que corresponde a um estado puro, totalmente desmaterializado. Na origem, os Espíritos eram puros, mas simples e ignorantes. Depois, das vivências pelas reencarnações, por milênios sem conta, sofrendo as consequências de suas descobertas, desenvolvendo a inteligência e acumulando virtudes, eles retornam definitivamente à origem como seres integrais em inteligência e sabedoria, para as tarefas universais, novamente puros e sábios pelos seus méritos.   

 
 

Retornando às questões de O Livros dos Espíritos, inicialmente colocadas, perguntamos: O que é a mulher? Um espírito reencarnado numa organização física feminina. Toda desconsideração que sofreu e ainda sofre é por conta da má educação existente em cada tempo. Na resposta da questão 201, dos Espíritos reveladores da Doutrina Espírita, é clara: “Decerto; são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as mulheres.”  Considerando a civilização atual com a inteligência e tecnologia existentes, também existe um vazio de entendimento da sua condição espiritual, mantido por dogmas, preconceitos e ainda pelo desinteresse para as questões da vida além da vida do corpo, o que leva a despreocupação com o seu retorno nas gerações futuras, que poderá ser como homem ou mulher. A desconsideração com a mulher, hoje, se não revista, perdurará nas gerações futuras, o que vem se arrastando desde o início da civilização, há milênios. A lei natural de causa e efeito não se altera. Sempre reencontraremos as desconsiderações que implementamos, em qualquer tempo.  

 
 

A questão 819 trata da diferença física da mulher, comparativamente ao homem, “ser mais fraca”, a resposta é significativa, vejamos: “Para lhe determinar funções especiais. (...)” As “funções especiais”. As "funções especiais" não são nada depreciativas, e sim, elevadas diante dos olhos de Deus, pois se trata da condução de um projeto Divino, onde a mulher mãe participa como coautora da criação, substanciando de si um organismo que se forma, e dando de si a sustentação para soerguimento da vida  para um Espírito em novo estágio evolutivo, iniciando-o no aprendizado, na educação, corrigindo de tendências negativas trazidas de outra existência e dando curso a novos comportamentos, construindo a nova  personalidade que terá grande influência na vida do(a) filho(a), que logo se tornará adulto(a), tomando para si as rédeas da própria vida, oferecendo para nova família os valores que carrega consigo, tanto para a sociedade melhoras, se melhorado(a), ou não.   

 
 

Allan Kardec, em complemento da resposta da questão 820, diz: Deus apropriou a organização de cada ser às funções que lhe cumpre desempenhar. Tendo dado à mulher menor força física, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade, em relação com a delicadeza das funções maternais e com a fraqueza dos seres confiados aos seus cuidados.”Trata-se de ferramenta orgânica adequada para atender “funções especiais”. Ampliemos esse tema mais um pouco, relembrando que a mulher é um espírito, como vimos anteriormente, assim pode reencarnar em corpo masculino ou feminino, então não se trata de qualificação intelectual, pois a mulher está apta a desenvolver-se em qualquer área da ciência e das relações humanas tal qual o homem, até mesmo com vantagem, em conta a sua sensibilidade.  Ela tem funções específicas na vida, sim, tem, a mais relevante, que é dar oportunidade a outro Espírito para revestir-se de carne, através de corpo novo, o que não se dá sem a contribuição feminina, depois educá-lo, educando a própria sociedade.   

 
 

Todas as personalidades mais relevantes do Mundo, inclusive o Senhor Jesus, a maior de todas, quanto aquelas que compõem a multidão desconhecida, apareceram na vida física através de uma mulher.  As lideranças da sociedade humana: política, militar, científica, educacional, artística passaram pelo colo materno e receberam a maior parte da educação de berço da mulher. Como vimos, a criança é um Espírito em nova oportunidade evolutiva, que se apresenta com o patrimônio moral e intelectual que adquiriu em outras vidas, passando pelo mesmo processo. O renascente precisa de condução nos primeiros momentos da nova existência, para corrigir as más tendências, que são viciações antigas, e adquirir novos conhecimentos, tornando-se melhor.  

   

Seria a mulher responsável por todas as mazelas do mundo, em virtude da sua condição de primeira educadora? Certamente que não.  Existem uma complexidade de fatores que se arrastam de longínquas eras, que se moldam a cada período da vida da sociedade, frutos e consequências do próprio meio, formando um caldo contaminante pelos usos e costumes, influenciando grandemente na condução das vidas. Levando isso em conta, Jesus exclamou: “Faça-se a vossa luz”, o que corresponde a que cada indivíduo precisa se tornar autônomo a partir de um estado de consciência melhorado, o que depende de todas as experiências acumuladas das inúmeras vidas, que tiveram inúmeras mães em inúmeras épocas. Sendo que as mães tiveram importância relevante em todos os desenvolvimentos. Não se pode esquecer que as mães também nasceram de mães e sofreram as constrições de suas épocas. Em certas reencarnações, na esteira do tempo, as mulheres de um tempo também habitaram corpos masculinos em outros tempos. Hoje, todos somos resultado de uma trajetória de muitos milênios.  

 

Com base na questão 821 podemos dizer que a mulher tem importância extremamente relevante diante da vida, até maior que a do homem, porque permite o aparecimento do Espírito num corpo e dá-lhe as primeiras noções educacionais. Sob os olhos egoísticos do mundo, parece atividade corriqueira, não atribuindo, com exceção, a importância devida, inclusive por uma parcela considerável de mulheres que não assumem a sua responsabilidade. As frustrações, desgostos e sofrimentos para estas não tardam a aparecer, mesmo nesta vida, em outra reencarnação poderão fazer melhor, corrigindo os deslizes anteriores. As que fizerem da maternidade um sacerdócio, apesar de todas as circunstâncias contrárias, terão reconhecimento na vida espiritual, pois serão dignas de seu salário moral. A paz e a felicidade são conquistas dos esforços empreendidos, não se conquistam com promessas que não se realizaram.   

 
Mulher, onde estás!  

Dorival da Silva

sábado, 13 de abril de 2019

Complexidades do fenômeno mediúnico

Complexidades do fenômeno mediúnico

À primeira vista, o intercâmbio seguro entre os Espíritos desencarnados e os homens parece revestir-se de muita simplicidade.
Considerando-se que, após a morte do corpo, o ser apresenta-se com todos os atributos que lhe caracterizavam a existência física, é de crer-se que o processo da comunicação mediúnica torna-se natural e rápido, fácil e simples.
Como em qualquer procedimento técnico, no entanto, vários requisitos são-lhe exigíveis, o que torna a sua qualidade difícil de ser conseguida, ao mesmo tempo complexa para a sua realização.
O processo de comunicação dá-se somente através da identificação do Espírito com o médium, perispírito a perispírito, cujas propriedades de expansibilidade e sensibilidade, entre outras, permitem a captação do pensamento, das sensações e das emoções, que se transmitem de uma para outra mente através do veiculo sutil.
O médium é sempre um instrumento passivo, cuja educação moral e psíquica lhe concederá recursos hábeis para um intercâmbio correto. Nesse mister, inúmeros impedimentos se apresentam durante o fenômeno, que somente o exercício prolongado e bem dirigido consegue eliminar.
Dentre outros, vale citar as fixações mentais, os conflitos e os hábitos psicológicos do sensitivo, que ressumam do seu inconsciente e, durante o transe, assumem com vigor os controles da faculdade mediúnica, dando origem às ocorrências anímicas.
Em si mesmo, o animismo é ponte para o mediunismo, que a prática do intercâmbio termina por superar. Todavia, vale a pena ressaltar que no fenômeno anímico ocorrem os de natureza mediúnica, assim como nos mediúnicos sucedem aqueles de caráter anímico.
Qualquer artista, ao expressar-se, na música, sempre dependerá do instrumento de que se utilize. O som provirá do mecanismo utilizado, embora o virtuosismo proceda de quem o acione.
O fenômeno puro e absoluto ainda não existe no mundo orgânico relativo...
Os valores intelectuais e morais do médium têm preponderância na ocorrência fenomênica, porquanto serão os seus conhecimentos, atuais ou passados, que vestirão as ideias transmitidas pelos desencarnados.
Desse modo, a qualidade da comunicação mediúnica está sempre a depender dos valores evolutivos do seu intermediário.
*
Não há dois médiuns iguais, qual ocorre em outras áreas das atividades humanas, nas quais cada pessoa apresenta-se com os seus próprios recursos, assinalada pelas suas particulares características.
Quando se tratar de médium com excelentes registros e grande fidelidade no conteúdo da mensagem recebida, eis que defrontamos alguém que repete experiências transatas, havendo sido instrumento mediúnico anteriormente.
Na variada gama das faculdades, as conquistas pessoais armazenadas contribuem para que o fenômeno ocorra com o sucesso desejado.
Seja no campo das comunicações intelectuais, seja naqueles de natureza física, o contributo do médium é relevante.
Não seja, portanto, de estranhar que um médium, psicógrafo ou psicofônico, tenha maior facilidade para o registro de mensagens de um tipo literário ao invés de outro, logrando, por exemplo, admiráveis romances e deploráveis poemas, belas pinturas e más esculturas, facilidade para expressar-se em idiomas que não apenas aquele que hoje lhe é familiar, em razão de experiências vivenciadas em reencarnações anteriores.
Também há médiuns com aptidão para receber Espíritos sofredores, o que lhes deve constituir uma bênção, facilitando-lhes a aquisição de títulos de enobrecimento, pela ação caridosa que desempenhem. Não obstante, haverá, igualmente, a mesma predisposição para sintonizar com as Entidades Nobres, delas haurindo e transmitindo a inspiração, a sabedoria e a paz.
A ideia, o impulso procedem sempre do Espírito desencarnado, porém o revestimento, a execução vêm dos cabedais arquivados no inconsciente do médium.
A luz do Sol ou outra qualquer, ao ser coada por uma lâmina transparente, reaparecerá no tom que lhe é conferido pelo filtro.
No fenômeno mediúnico sucede da mesma forma.
 *
Tendo em vista que a faculdade é orgânica, os recursos da aparelhagem exercem grande influência na ocorrência do fenômeno.
Assim considerando, o exercício, que educa os impulsos e comanda a passividade, é de capital importância.
À medida que vão sendo eliminados os conflitos pessoais, mais transparentes e fiéis se farão as mensagens, caracterizando os seus autores pelo conteúdo, estilo, elaboração da ideia e, nas manifestações artísticas, pelas expressões de beleza que apresentam.
A educação mediúnica, à semelhança do desenvolvimento de qualquer aptidão, impõe tempo, paciência, perseverança, estudo, interesse.
O investimento de cuidados específicos, na mediunidade, será compensado pelos resultados comprovadores da sua legitimidade, como também pelos ensinamentos e consolos recebidos na sua aplicação.
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Faculdade neutra, do ponto de vista moral, pode o indivíduo ser portador de conduta irregular com largo campo de registro, em razão do seu pretérito, enquanto outros, moralizados, não possuem as mesmas possibilidades, o que não os deve desanimar.
A moral, no entanto, é exigível, em razão dos mecanismos de sintonia que a conduta proporciona.
Uma existência assinalada pela leviandade, por abusos de comportamento, por atitudes vulgares, atrai Espíritos igualmente irresponsáveis, perversos, perturbadores e zombeteiros.
A convivência psíquica com essas mentes e seres costuma por afetar as faculdades mentais do individuo, que termina vitimado por lamentáveis processos de obsessão, na sua variada catalogação.
As comunicações sérias e nobres somente têm lugar por instrumentos dignos e equilibrados.
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Na sua condição de instrumento e na sua postura de passividade, o médium não pode provocar determinadas comunicações, mas sim, criar as condições e aguardar que ocorram.
Cabe-lhe estar vigilante para atender as chamadas que se originam no mundo espiritual, fazendo-se maleável e fiel portador da responsabilidade que lhe diz respeito.
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O fenômeno mediúnico, para suceder em condições corretas, necessita que o organismo do instrumento se encontre sem altas cargas tóxicas de qualquer natureza, porquanto as emoções em desalinho, o cansaço, as toxinas resultantes dos excessos alimentares bloqueiam os núcleos de transformação do pensamento captado nas mensagens, o que equivale a semelhantes acontecimentos em outras atividades intelectuais, artísticas e comportamentais.
Atitude física, emocional e mental saudáveis, são a condição ideal para que o fenômeno mediúnico suceda com equilíbrio e rentabilidade.
Quando acontece pela violência, sem a observância dos requisitos essenciais exigíveis, alguns dos quais aqui exarados, já que outros ainda existem e merecem estudos, estamos diante de manifestações obsessivas, de episódios mediúnicos perturbadores, nunca, porém, de fenômenos que se expressem com a condição espírita para uma vivência mediúnica dignificadora.
 Manoel Philomeno de Miranda
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, em
1º.11.1993, no Centro Espírita Caminho da
Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 2.4.2019

Esta mensagem foi extraída  da  página de Divaldo Franco, que poderá ser acessada através do endereço: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=566

terça-feira, 26 de março de 2019

Ide e vivei o Evangelho


Ide e vivei o Evangelho

 É muito difícil a travessia do abismo sem a ponte do amor.

 A grande noite de estrelas luminíferas vai cedendo lugar à estrela máxima do dia.

 É a noite que precede o amanhecer da Nova Era.

 Jesus, filhas e filhos do coração, espera que cumpramos o nosso dever, e este dever é o de nos darmos uns aos outros com fidelidade, com ternura.

 Não vos preocupeis com os espinhos da estrada, nem com as dores.
 Se não tivesse havido a morte não existiria a ressurreição.

 Então, é necessário que morram as paixões inferiores para que resplandeça a luz da verdade em nossos corações.

 Este é o momento de festival do ego, e as forças tenebrosas de ontem, de hoje e um pouco de amanhã enfrentam Aquele que é o Caminho da Verdade, que é a Vida pelos caminhos da luta.

 Exultai porque conheceis Jesus, e exultai mais ainda porque Ele está anotando os vossos nomes no Livro do Reino dos Céus!

 Não vos deixeis aturdir pelo tumulto, mantendo-vos  na paz a qualquer preço.
 Não vos preocupeis com aqueles que se vos fazem inimigos. Que vós cuideis de não ter inimigos, não ser, porque muitos outros passarão pelo caminho para vos esbordoar em nome dAquele que recebeu a bofetada tendo as mãos atadas às costas, porque o Evangelho é o renascer da vida que nos chega na segunda volta de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 Ide e vivei o Evangelho!

 Avançai no rumo certo da verdade e amai a qualquer preço.

 Não há outra alternativa senão o amor para este momento de total integração no espírito da vida.

 Que nos abençoe o Mestre de todos nós e recebei o abraço afetuoso dos Espíritos-espíritas que aqui estamos convosco nestes dias de conquista da plenitude espiritual. Muita paz, meus amigos, e o carinho do servidor humílimo e paternal de sempre.

Bezerra.

 Psicofonia do médium Divaldo Pereira Franco, ao término da sua conferência, na manhã de 17 de março de 2019, em Pinhais, na realização do programa da XXI Conferência Estadual Espírita promovida pela Federação Espírita do Paraná.
Em 19.3.2019.

terça-feira, 19 de março de 2019

A felicidade está ali...

A felicidade está ali... 

 

Quem não quer felicidade?  

Quem não a busca?  

Parece fugidia.  

Está sempre ali.  

 

Trabalha, trabalha para alcançá-la;  

Riqueza e poder não a convencem;  

Pobreza e a mendicância não a comovem;  

Está sempre ali.   

 

Não adianta chamar com todas as forças;  

Parece não ouvir, será indiferente?  

Desejo enorme de alcançar a felicidade.  

Está sempre ali.  

 

Momento existe de compreender a felicidade.  

Não está distante,   

Mesmo não tendo distância.  

Mora naquele que a nutre.  

 

Felicidade faz morada na alma que ama.  

Amar é combustível da felicidade;  

Quanto mais se consome, mais felicidade se tem.  

Felicidade, felicidade...


Dorival da Silva   

sexta-feira, 8 de março de 2019

"EU PROTESTO”



"EU PROTESTO”

#Artigo Divaldo Franco

Lamentavelmente, a liberdade é uma conquista que nem todos os seres humanos compreendem. Alguns setores da sociedade confundem-na com a libertinagem, a permissão que lhes faculta o direito ao desrespeito a tudo quanto lhes perturba ou lhes impõe disciplina moral. Cada dia acompanhamos a perversão dos costumes e os atentados de vária ordem, utilizados insensatamente por esses libertinos escudados no direito que negam aos outros.

Não há muito, em nome da cultura, vimos exibir-se despido um homem no Museu de Arte Moderna de São Paulo, que se dispôs permitir-se apalpar por crianças em nome da liberdade. Outras exposições perversas foram apresentadas em Porto Alegre e em Belo Horizonte, em nome da arte, em espetáculos chulos e de baixo padrão moral, numa apresentação psicopatológica, exaltada pelos mesmos representantes do chamado progresso cultural. Há poucos dias, em São Paulo, no desfile do Carnaval, a Escola de Samba Gaviões da Fiel exibiu um quadro horripilante, ironizando Jesus, que era apresentado semidespido, surrado por Satanás, que o martirizava com um tridente, matando-O, enquanto caveiras sambavam em Sua volta. O espetáculo vulgar e agressivo mereceu a revolta de muitos foliões e pessoas outras que não puderam compreender a razão pela qual esse extraordinário vulto, considerado o maior da humanidade, cujo berço dividiu a História, naquela situação profundamente vexatória e agressiva não somente à Sua memória, assim como a todos aqueles que O respeitamos e cultuamos em nosso comportamento.

Com que direito esses sambistas arbitrários se permitiram denegrir a figura do Homem de Nazaré, respeitado mesmo por aqueles que não Lhe seguem as diretrizes filosóficas e religiosas? Esse comportamento viola todos os valores morais que a liberdade concede, naturalmente exigindo consideração ao direito dos outros. Sou espírita-cristão que aprendi com Ele a respeitar todas criaturas, credos e ateísmo, impositivos sociais e morais, não me podendo calar ante a afronta vil e zombeteira dos carnavalescos embriagados pelas paixões subalternas... Não é a primeira vez que a crueldade ateísta de alguns indivíduos tenta macular a figura incorruptível de Jesus. Incomodados com a grandeza e excelência dos Seus ensinamentos, que eles não têm valor moral para vivenciar, dominados por conflitos sexuais e de outra ordem, buscam desacreditar o incomparável pensador e Mestre, que vem iluminando a consciência da sociedade desde há dois mil anos.

Tem-se insistido em informar que Jesus era gay, em tentativa de diminuir-lhe a dignidade, e advogam, ao mesmo tempo, que os gays merecem todo respeito e consideração. Claro que os gays são credores de nosso respeito, pois que são pessoas normais e dignas, mas aqueles que assim procedem visam diminuir-Lhe o conceito de honradez, o que não deixa de ser um paradoxo. Espero que outros cristãos decididos apresentem a sua recusa e protesto a esses adversários da dignidade humana, demonstrando-lhes que as suas demências não servirão de modelo moral à sociedade em construção neste momento quando iniciamos uma Era Nova de justiça e amor. Jesus não é apenas um símbolo do Mundo melhor, mas o exemplo que é guia para a conquista da plenitude."

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, de 7 de março de 2019.

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quinta-feira, 7 de março de 2019

Caridade essencial


Caridade essencial

“E a caridade é esta: que andemos segundo os seus mandamentos. Este é o mandamento, como já desde o princípio ouvistes; que andeis nele.” - João. (II João, 6.)

Em todos os lugares e situações da vida, a caridade será sempre a fonte divina das bênçãos do Senhor.

Quem dá o pão ao faminto e água ao sedento, remédio ao enfermo e luz ao ignorante, está colaborando na edificação do Reino Divino, em qualquer setor da existência ou da fé religiosa a que foi chamado.

A voz compassiva e fraternal que ilumina o espírito é irmã das mãos que alimentam o corpo.

Assistência, medicação e ensinamento constituem modalidades santas da caridade generosa que executa os programas do bem. São vestiduras diferentes de uma virtude única. Conjugam-se e completam-se num todo nobre e digno.

Ninguém pode assistir a outrem, com eficiência, se não procurou a edificação de si mesmo; ninguém medicará, com proveito, se não adquiriu o espírito de boa-vontade para com os que necessitam, e ninguém ensinará, com segurança, se não possui a seu favor os atos de amor ao próximo, no que se refira à compreensão e ao auxílio fraternais.

Em razão disso, as menores manifestações de caridade, nascidas da sincera disposição de servir com Jesus, são atividades sagradas e indiscutíveis. Em todos os lugares, serão sempre sublimes luzes da fraternidade, disseminando alegria, esperança, gratidão, conforto e intercessões benditas.

Antes, porém, da caridade que se manifesta exteriormente nos variados setores da vida, pratiquemos a caridade essencial, sem o que não poderemos efetuar a edificação e a redenção de nós mesmos. Trata-se da caridade de pensarmos, falarmos e agirmos, segundo os ensinamentos do Divino Mestre, no Evangelho. É a caridade de vivermos verdadeiramente nEle para que Ele viva em nós. Sem esta, poderemos levar a efeito grandes serviços externos, alcançar intercessões valiosas em nosso benefício, espalhar notáveis obras de pedra, mas, dentro de nós mesmos, nos instantes de supremo testemunho na fé, estaremos vazios e desolados, na condição de mendigos de luz.

Mensagem extraída do livro: Vinha de Luz, Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 110, ano 1951.

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Reflexão:  O apóstolo João diz: “andemos segundo os seus mandamentos” – os de Jesus, o que não se entende levar os mandamentos no bolso ou embaixo do braço para recitá-los nas esquinas, nos templos ou qualquer outra ocasião.

Como nos coloca o espírito Emmanuel, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, esse “andemos segundo os seus mandamentos” é a caridade essencial, o que corresponde à internalização na alma do ensinamento do Mestre, não somente como registro intelectual, mas na vivência transformadora do indivíduo, sendo o devolvimento consciente do ser espiritual. De braços cruzados, de mente estacionária nos oferecimentos do mundo não chegará nesse objetivo espiritual, precisa de esforço contra o comodismo, o aceitar tudo pronto, o que lhe é oferecido pelo mundo, através dos mecanismos existentes em cada época: televisão, todos os meios de comunicação existentes, os divertimentos que se tornaram necessidades e até dependências para muitos, encobrindo a busca da essencialidade de vida.

As ferramentas tecnológicas existem para auxiliar o homem na execução do que é repetitivo e exaustivo, no encurtamento das distâncias, na melhor aplicação da inteligência – o que deve ser a favor de sua evolução espiritual -- , de forma que tenha condições de destinar maior tempo para o estudo, para a busca e entendimento daquilo que a tecnologia não lhe pode oferecer, que é tratar das questões espirituais, porque somente com os recursos da alma: inteligência, sentimentos, sensibilidade e uma fé que raciocina é possível elevar-se além dos limites da matéria.

Por outro lado, é bom entender que os tempos são de busca das claridades espirituais em nossas vidas, e a página em análise nos mostra grandemente quanto precisamos caminhar nesse rumo. Veja que faz referência aos atendimentos das necessidades do próximo carente através da entrega de medicamentos, alimentação e outros atendimentos o que é bastante saudável e tem o seu valor, pois atende ao que precisa, trata-se da caridade material, meritório e desejável que isto se dê. Até aqui atendemos orientação religiosa, organizações sociais, costumes e tradições de família ou de grupo de pessoas dedicadas a suprir as carências sociais, interpretação de livros sagrados que nos geraram deveres, como se fossem uma penalidade a cumprir. No entanto, realizamos bem, mas ao redor de nós e não na nossa intimidade, o que quer dizer em nós mesmo, na nossa alma.

Cabe-nos um questionamento: Qual a finalidade de estarmos aqui no Mundo? Salvarmos a nossa alma. Corrigirmo-nos naquilo que não fizemos bem em outra vida, ajustar com os credores as pendências que nos incomodam o espírito, adquirir virtudes e aprender a realizar o bem e nos distanciarmos da materialidade através da caridade espiritual; é o que se precisa entender, porque grande parte de nós entramos na vida material, através do renascimento, e continuamos a realizar ações no entorno de nós, porque não atendemos ao ensinamento de Jesus: “Buscai e achareis”, “batei e se te abrirá” e pedi e se te dará”.

Sempre a indicação de ação espiritual, porque é na essência da vida que precisamos trabalhar. É saber o porquê da Vida, não se deixar conduzir pela massa, somos seres lúcidos e temos o dever de tomarmos as rédeas da vida em nossas próprias mãos, ou seja, saber o que estamos fazendo aqui nesta vida.

Vou transplantar adiante o último parágrafo da mensagem acima, considerando a grandiosidade do ensinamento: Antes, porém, da caridade que se manifesta exteriormente nos variados setores da vida, pratiquemos a caridade essencial, sem o que não poderemos efetuar a edificação e a redenção de nós mesmos. Trata-se da caridade de pensarmos, falarmos e agirmos, segundo os ensinamentos do Divino Mestre, no Evangelho. É a caridade de vivermos verdadeiramente nEle para que Ele viva em nós. Sem esta, poderemos levar a efeito grandes serviços externos, alcançar intercessões valiosas em nosso benefício, espalhar notáveis obras de pedra, mas, dentro de nós mesmos, nos instantes de supremo testemunho na fé, estaremos vazios e desolados, na condição de mendigos de luz". 

É bom destacar o apontamento de que sem vivermos a mensagem de Jesus, realizaremos grandes feitos lá fora de nós, mas permaneceremos vazios e desolados, na condição de mendigos de luz. Assim, diante das dificuldades da vida em que deveremos enfrentá-las sozinhos, porque as grandes provações, nos momentos mais críticos da vida são solitários, conquanto às vezes cercados de muitos, mas espiritualmente estaremos sós, apenas com os recursos espirituais que dispomos.

A caridade essencial nos liberta da insegurança, do medo, porque aclara o caminho, percebe-se a vida além dos limites da matéria, antecipa em parte a vida espiritual, a morte na verdade é apenas um fato previsto e que ninguém ignora, sabendo que a vida não sofre interrupção, apenas se liberta das amarras que a retém no mundo material, alçando voo em planos espirituais que as letras não são capazes de descrever, se merecermos.


Caridade essencial... 

                                                                  Dorival da Silva