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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
A Religião de Jesus
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Existe hierarquia de médiuns?
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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Louvor do Natal
Louvor do Natal
Senhor Jesus!
Quando vieste ao mundo, numerosos conquistadores haviam passado, cimentando reinos de pedra com sangue e lágrimas.
Na retaguarda dos carros de ouro e púrpura, em que lhes fulgia a vitória, alastravam-se, como rastros da morte, a degradação e a pilhagem, a maldição do solo envilecido e o choro das vítimas indefesas.
Levantavam-se, poderosos, em palácios fortificados e faziam leis de baraço e cutelo, para serem, logo após, esquecidos no rol dos carrascos da Humanidade.
Entretanto, Senhor, nasceste nas palhas e permaneceste lembrado para sempre.
Ninguém sabe até hoje quais tenham sido os tratadores de animais que te ofertaram esburacada manta por leito simples, e ignora-se quem foi o benfeitor que te arrancou ao desconforto da estrebaria para o clima do lar.
Cresceste sem nada pedir que não fosse o culto à verdadeira fraternidade.
Escolheste vilarejos anônimos para a moldura de tua palavra sublime... Buscaste para companheiros de tua obra homens rudes, cujas mãos calejadas não lhes favoreciam os voos do pensamento. E conversaste com a multidão, sem propaganda condicionada.
No entanto, ninguém conhece o nome das crianças que te pousaram nos joelhos amigos, nem das mães fatigadas a quem te dirigiste na via pública!
A História, que homenageava Júlio César, discutia Horácio, enaltecia Tibério, comentava Virgílio e admirava Mecenas, não te quis conhecer em pessoa, ao lado de tua revelação, mas o povo te guardou a presença divina e as personagens de tua epopeia chamam-se “O cego Bartimeu”, «o homem de mão mirrada», «o servo do centurião», «o mancebo rico», «a mulher cananeia», «o gago de Decápolis», «a sogra de Pedro», «Lázaro, o irmão de Marta e Maria»...
Ainda assim, Senhor, sem finanças e sem cobertura política, sem assessores e sem armas, venceste os séculos e estás diante de nós, tão vivo hoje quanto ontem, chamando-nos o espírito ao amor e à humildade que exemplificaste, para que surjam, na Terra, sem dissensão e sem violência, o trabalho e a riqueza, a tranquilidade e a alegria, como bênção de todos.
É por isso que, emocionados, recordando-te a manjedoura, repetimos em prece:
— Salve, Cristo! os que aspiram a conquistar desde agora, em si mesmos, a luz de teu reino e a força de tua paz, te glorificam e te saúdam!...
Do cap. 90 do livro Religião dos Espíritos, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Copiada da Revista Eletrônica "O Consolador", no endereço:
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Aprendendo com a Natureza... e com homens especiais
Aprendendo com a Natureza... e com homens especiais
Sandra Borba Pereira
A Natureza é o livro de páginas vivas e eternas.
Emmanuel
(Prefácio - Cartilha da Natureza, Francisco Cândido Xavier, ed. FEB)
Emmanuel
(Prefácio - Cartilha da Natureza, Francisco Cândido Xavier, ed. FEB)
Múltiplas são as expressões e relações do homem para com a Natureza: integração, uso, cuidado, inspiração, pesquisa, exploração irresponsável, lições de vida, exemplos, dentre outras.
Ao longo da história filósofos buscaram-lhe os princípios constitutivos; cientistas investigaram-lhe as causalidades efuncionamento para exploração, controle e previdência; religiosos a procuram como refúgio e aprendizado espiritual; artistas a transformam ou a retratam em variadas expressões; escritores e poetas nela encontram fonte de lições e inspirações; homens e mulheres simples a admiram e nela atuam como cenário de lutas pela sobrevivência e manancial de saberes para prosseguirem, adiante, em busca de um melhor viver.
São tantas lições naturais!!!
O sândalo, diz o ditado, perfuma o machado que o fere.
A pérola surge na ostra ferida.
O voo dos gansos é lição de trabalho em equipe.
Montanhas e mares desafiam os homens em seus limites.
A aurora boreal extasia a tantos quantos se banham em suas cores e desenhos.
Em cada lugar, a beleza, a lição, a expressão do Criador.
No grande livro da Natureza Mestra, na região do semiárido nordestino, nos defrontamos com singular árvore denominada pelo escritor Euclides da Cunha como a árvore sagrada do sertão, a saber: o umbuzeiro ou imbuzeiro.
Afirma Marcelino Ribeiro que o umbuzeiro dispõe de mecanismos de tolerância à seca, às rigorosas condições de solos empobrecidos e de clima quente e seco do semiárido brasileiro.(Nota: acesso www.embrapa.br, no dia 16/08/2013)
Sendo uma árvore de pequeno porte, chega até 6m de altura e sua copa larga pode atingir até 15m de largura, proporcionando sombra ao viajor cansado. Mas não é só sombra a sua dádiva. Sua raiz conserva água e, em épocas de grande seca, produz uma espécie de batata que é utilizada como alimento. Tudo a ver com a origem de seu nome, ao tempo do Brasil colonial, da língua tupi-guarani y-mb-u, que significa árvore que dá de beber.
Em nosso Nordeste ouvimos dizer que gente do povo faz uma espécie de canudo e bebe água na raiz do umbuzeiro, que acumula o líquido numa espécie de bacia natural, em épocas de seca.
O umbuzeiro, porém, vai além da sombra e da água. Seu fruto pode ser consumido ao natural ou utilizado em sucos, sorvetes, vitaminas, geleias e na famosa umbuzada, uma espécie de creme (suco batido com leite condensado).
Estando certa feita em Santa Luzia, na Paraíba, após a atividade doutrinária, na residência de Fanda e esposa, fui servida de umbuzada com a seguinte afirmativa: Raul Teixeira adora umbuzada. Guardei isso na memória, após provar o delicioso creme.
O tempo passa e nosso Raul, em novembro de 2011 teve o AVC, do qual se recupera das sequelas, até os dias atuais, num processo testemunhal de coragem e fé em Deus. Estando com ele, recentemente, indaguei sobre seu gosto pela umbuzada ao que me respondeu: Adoro tudo do umbu.
Nos diversos eventos em que temos nos encontrado e fitando-o, longamente, lembrei-me do umbuzeiro e vi que nosso Raul, com sua longa e valiosa folha de serviço, construiu sua reserva e hojebebe na água viva da mensagem do Cristianismo Redivivo, que lhe tem proporcionado compreensão dos mecanismos da Lei Divina, força e estímulo. Bendita raiz do umbuzeiro! Bendita Doutrina Espírita! Em prece suplico a Deus que ele permaneça firme em sua agora silenciosa palestra, mas lutando pela sua recuperação.
Com nosso Raul tenho aprendido a lição da obediência, da resignação e do esforço de servir sempre, em qualquer condição, mas buscando continuamente a melhoria dessas mesmas condições.
Saindo do Nordeste quente e seco, viajamos na imaginação até os Alpes Europeus, continuando a aprender com a Natureza... e com os homens. E aí foi inevitável lembrar que nosso querido baiano, o orador e médium Divaldo Pereira Franco, também tem suas predileções no quesito natureza. Sua flor favorita é edelweiss, o que também confirmei.
Edelweiss, cuja palavra alemã significa branco formoso oubranco nobre, é uma flor que nasce acima dos 1.700m de altitude, de julho a setembro, nos Alpes da França, Iugoslávia, Itália, Áustria e Suíça, sendo inclusive a flor oficial dessas duas últimas nações. É uma linda flor que tem um formato de estrela de pétalas brancas, aveludadas e que possui uma espécie de pelugem que lhe dá longevidade de cerca de 100 anos depois de seca.
São inúmeras as lendas sobre a origem dessa flor, mas é muito significativo o seu simbolismo: honra, resistência, dignidade, fidelidade, amizade, amor. Receber edelweiss de alguém é sinal de amizade ou amor eterno. Daí muitos rapazes escalavam perigosamente as montanhas para entregarem às amadas a floreterna.
Hoje protegida por lei, não corre mais o risco de extinção e seu cultivo também se garante em estufas, mas sem perder o valor simbólico que possui. No Brasil, edelweiss se imortalizou na canção do mesmo nome, do musical The Sound of Music, conhecido entre nós como A Noviça Rebelde.
Divaldo contou-nos que edelweiss é sua flor predileta; que o Espírito Scheilla, através de Chico Xavier materializou várias para ele, em 1964 e que ele as tem guardadas secas, até hoje.
Nosso semeador de estrelas é como edelweiss: honra, resistência, fidelidade e amor ao Cristo tem sido uma demonstração constante em sua vida. A extraordinária obra Mansão do Caminho, completando 61 anos de existência, a rica literatura mediúnica, as milhares de palestras por centenas de cidades do mundo inteiro, a fidelidade a Jesus e a Kardec revelam toda a nobreza de um coração dedicado ao Bem, à autoiluminação, pelos esforços de vivência do amor.
Com ele tenho aprendido a lição da perseverança, da simplicidade, da fidelidade a Deus, da força de vontade, da vivência do Bem. E tenho rogado ao Pai que o fortaleça na estrada numinosa que percorre deixando um rastro de luz para tantos quantos lhe ouvem a palavra e aprendem com o exemplo.
Em O Livro dos Espíritos, questão 626, asseveram os Imortais: estando as leis divinas escritas no livro da Natureza, o homem pôde conhecê-las quando quis procurá-las. Assim, aprender com a Natureza e com os homens que aprendem com a Natureza é exercitar nossa própria essência, é buscar as páginas vivas e eternas grafadas por Deus como sinais de Seu Amor a nos trazer lições, advertências e bênçãos para que nos harmonizemos com Suas Leis.
Extraída do endereço: http://www.divaldofranco.com.br/noticias.php?not=345
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Caracteres do verdadeiro profeta
Caracteres
do verdadeiro profeta
Desconfiai dos
falsos profetas. É útil em todos os tempos essa recomendação, mas,
sobretudo, nos momentos de transição em que, como no atual, se elabora uma transformação
da Humanidade, porque, então, uma multidão de ambiciosos e intrigantes se
arvoram em reformadores e messias. É contra esses impostores que se deve estar
em guarda, correndo a todo homem honesto o dever de os desmascarar.
Perguntareis, sem dúvida, como reconhecê-los. Aqui tendes o que os assinala: Somente a um hábil general, capaz de o
dirigir, se confia o comando de um exército. Julgais que Deus seja menos
prudente do que os homens? Ficai certos de que só confia missões importantes
aos que Ele sabe capazes de as cumprir, porquanto as grandes missões são fardos
pesados que esmagariam o homem carente de forças para carregá-los. Em todas as
coisas, o mestre há de sempre saber mais do que o discípulo; para fazer que a Humanidade
avance moralmente e intelectualmente, são precisos homens superiores em
inteligência e em moralidade. Por isso, para essas missões são sempre
escolhidos Espíritos já adiantados, que fizeram suas provas noutras existências,
visto que, se não fossem superiores ao meio em que têm de atuar, nula lhes
resultaria a ação.
Isto posto, haveis de
concluir que o verdadeiro missionário de Deus tem de justificar, pela sua
superioridade, pelas suas virtudes, pela grandeza, pelo resultado e pela influência moralizadora de suas obras, a
missão de que se diz portador. Tirai também esta outra consequência: se, pelo
seu caráter, pelas suas virtudes, pela sua inteligência, ele se mostra abaixo
do papel com que se apresente, ou da personagem sob cujo nome se coloca, mais
não é do que um histrião de baixo estofo, que nem sequer sabe imitar o modelo
que escolheu.
Outra consideração:
os verdadeiros missionários de Deus ignoram-se a si mesmos, em sua maior parte;
desempenham a missão a que foram chamados pela força do gênio que possuem,
secundado pelo poder oculto que os inspira e dirige a seu mau grado, mas sem
desígnio premeditado. Numa palavra: os verdadeiros profetas se revelam por
seus atos, são adivinhados, ao passo que os falsos profetas se dão, eles
próprios, como enviados de Deus. O primeiro é humilde e modesto; o segundo,
orgulhoso e cheio de si, fala com altivez e, como todos os mendazes, parece
sempre temeroso de que não lhe deem crédito.
Alguns desses
impostores têm havido, pretendendo passar por apóstolos do Cristo, outros pelo
próprio Cristo, e, para vergonha da Humanidade, hão encontrado pessoas assaz
crédulas que lhes creem nas torpezas. Entretanto, uma ponderação bem simples
seria bastante a abrir os olhos do mais cego, a de que se o Cristo reencarnasse
na Terra, viria com todo o seu poder e todas as suas virtudes, a menos se
admitisse, o que fora absurdo, que houvesse degenerado. Ora, do mesmo modo que,
se tirardes a Deus um só de seus atributos, já não tereis Deus, se tirardes uma
só de suas virtudes ao Cristo, já não mais o tereis. Possuem todas as suas
virtudes os que se dão como o Cristo? Essa a questão. Observai-os,
perscrutai-lhes as ideias e os atos e reconhecereis que, acima de tudo, lhes
faltam as qualidades distintivas do Cristo: a humildade e a caridade,
sobejando-lhes as que o Cristo não tinha: a cupidez e o orgulho. Notai,
ademais, que neste momento há, em vários países, muitos pretensos Cristos, como
há muitos pretensos Elias, muitos João ou Pedro e que não é absolutamente
possível sejam verdadeiros todos. Tende como certo que são apenas criaturas que
exploram a credulidade dos outros e acham cômodo viver à custa dos que lhes
prestam ouvidos.
Desconfiai, pois, dos
falsos profetas, máxime numa época de renovação, qual a presente, porque muitos
impostores se dirão enviados de Deus. Eles procuram satisfazer na Terra à sua
vaidade; mas uma terrível justiça os espera, podeis estar certos.
– Erasto. (Paris, 1862.)
Extraído de O Evangelho Segundo o Espíritismo, item 9, capítulo XXI
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Dissertações Espíritas, capítulo XXXI, mensagem XV, de O Livro dos Médiuns - Sobre os Médiuns
Todos os médiuns são, incontestavelmente, chamados a servir à causa do Espiritismo, na medida de suas faculdades, mas bem poucos há que não se deixem prender nas armadilhas do amor-próprio. É uma pedra de toque, que raramente deixa de produzir efeito. Assim é que, sobre cem médiuns, um, se tanto, encontrareis que, por muito ínfimo que seja, não se tenha julgado, nos primeiros tempos da sua mediunidade, fadado a obter coisas superiores e predestinado a grandes missões. Os que sucumbem a essa vaidosa esperança, e grande é o número deles, se tornam inevitavelmente presas de Espíritos obsessores, que não tardam a subjugá-los, lisonjeando-lhes o orgulho e apanhando-os pelo seu fraco. Quanto mais pretenderem eles elevar-se, tanto mais ridícula lhes será a queda, quando não desastrosa.
As grandes missões só aos homens de escol são confiadas e Deus mesmo os coloca, sem que eles o procurem, no meio e na posição em que possam prestar concurso eficaz. Nunca será demais eu recomende aos médiuns inexperientes que desconfiem do que lhes podem certos Espíritos dizer, com relação ao suposto papel que eles são chamados a desempenhar, porquanto, se o tomarem a sério, só desapontamentos colherão nesse mundo, e, no outro, severo castigo.
Persuadam-se bem de que, na esfera modesta e obscura onde se acham colocados, podem prestar grandes serviços, auxiliando a conversão dos incrédulos, prodigalizando consolação aos aflitos. Se daí deverem sair, serão conduzidos por mão invisível, que lhes preparará os caminhos, e serão postos em evidência, por assim dizer, a seu mau grado.
Lembrem-se sempre destas palavras: “Aquele que se exalçar será humilhado e o que se humilhar será exalçado.”
Extraído de O Evangelho Segundo o Espíritismo, item 9, capítulo XXI
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Profeta era como se chamava na antiguidade àquele que possuía
a mediunidade, que após a codificação da Doutrina Espírita ficou conhecido como
médium. As mensagens, a que está acima e a que vem adiante, têm contato
elucidativos em vários pontos, principalmente sobre as questões da mediunidade.
Em conta disto, agrupamos as duas para melhor análise de quem pretende
aprofundamento dos conhecimentos espíritas.
Dorival da Silva
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Dissertações Espíritas, capítulo XXXI, mensagem XV, de O Livro dos Médiuns - Sobre os Médiuns
Todos os médiuns são, incontestavelmente, chamados a servir à causa do Espiritismo, na medida de suas faculdades, mas bem poucos há que não se deixem prender nas armadilhas do amor-próprio. É uma pedra de toque, que raramente deixa de produzir efeito. Assim é que, sobre cem médiuns, um, se tanto, encontrareis que, por muito ínfimo que seja, não se tenha julgado, nos primeiros tempos da sua mediunidade, fadado a obter coisas superiores e predestinado a grandes missões. Os que sucumbem a essa vaidosa esperança, e grande é o número deles, se tornam inevitavelmente presas de Espíritos obsessores, que não tardam a subjugá-los, lisonjeando-lhes o orgulho e apanhando-os pelo seu fraco. Quanto mais pretenderem eles elevar-se, tanto mais ridícula lhes será a queda, quando não desastrosa.
As grandes missões só aos homens de escol são confiadas e Deus mesmo os coloca, sem que eles o procurem, no meio e na posição em que possam prestar concurso eficaz. Nunca será demais eu recomende aos médiuns inexperientes que desconfiem do que lhes podem certos Espíritos dizer, com relação ao suposto papel que eles são chamados a desempenhar, porquanto, se o tomarem a sério, só desapontamentos colherão nesse mundo, e, no outro, severo castigo.
Persuadam-se bem de que, na esfera modesta e obscura onde se acham colocados, podem prestar grandes serviços, auxiliando a conversão dos incrédulos, prodigalizando consolação aos aflitos. Se daí deverem sair, serão conduzidos por mão invisível, que lhes preparará os caminhos, e serão postos em evidência, por assim dizer, a seu mau grado.
Lembrem-se sempre destas palavras: “Aquele que se exalçar será humilhado e o que se humilhar será exalçado.”
O Espírito de Verdade.
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Crises. Conserva o modelo.
Crises
“Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora.” - Jesus.
(João. 12:27.)
A lição de Jesus, neste passo do
Evangelho, é das mais expressivas.
Ia o Mestre provar o abandono dos entes
amados, a ingratidão de beneficiários da véspera, a ironia da multidão, o apodo
na via pública, o suplício e a cruz, mas sabia que ali se encontrava para isto,
consoante os desígnios do Eterno.
Pede a proteção do Pai e submete-se na
condição do filho fiel.
Examina a gravidade da hora em curso,
todavia, reconhece a necessidade do testemunho.
E todas as vidas na Terra
experimentarão os mesmos trâmites na escala infinita das experiências
necessárias.
Todos os seres e coisas se preparam,
considerando as crises que virão. É a crise que decide o futuro.
A terra aguarda a charrua.
O minério será remetido ao cadinho.
A árvore sofrerá a poda.
O verme será submetido à luz solar.
A ave defrontará com a tormenta.
A ovelha esperará a tosquia.
O homem será conduzido à luta.
O cristão conhecerá testemunhos
sucessivos.
É por isso que vemos, no serviço divino
do Mestre, a crise da cruz que se fez acompanhar pela bênção eterna da Ressurreição.
Quando pois te encontrares em luta
imensa, recorda que o Senhor te conduziu a semelhante posição de sacrifício,
considerando a probabilidade de tua exaltação, e não te esqueças de que toda
crise é fonte sublime de espírito renovador para os que sabem ter esperança.
“Conserva o modelo das sãs palavras.” – Paulo. (2ª Epístola a Timóteo,
1:13.)
Distribui os recursos que a Providência
te encaminhou às mãos operosas, todavia, não te esqueças de que a palavra
confortadora ao aflito representa serviço direto de teu coração na sementeira
do bem.
O pão do corpo é uma esmola pela qual
sempre receberás a justa recompensa, mas o sorriso amigo é uma bênção para a
eternidade.
Envia mensageiros ao socorro fraternal,
contudo, não deixes, pelo menos uma vez por outra, de visitar o irmão doente e
ouvi-lo em pessoa.
A expedição de auxílio é uma gentileza
que te angariará simpatia, no entanto, a intervenção direta no amparo ao necessitado
conferir-te-á preparação espiritual à frente das próprias lutas.
Sobe à tribuna e ensina o caminho
redentor aos semelhantes; todavia, interrompe as preleções, de vez em quando, a
fim de assinalar o lamento de um companheiro na experiência humana, ainda mesmo
quando se trata de um filho do desespero ou da ignorância, para que não percas
o senso das proporções em tua marcha.
Cultiva as flores do jardim particular
de tuas afeições mais queridas, porque, sem o canteiro de experimentação, é
muito difícil atender à lavoura nobre e intensiva, mas não fujas
sistematicamente à floresta humana, com receio dos vermes e monstros que a
povoam, porquanto é imprescindível te prepares a avançar, mais tarde, dentro
dela.
Nos círculos da vida, não olvides a
necessidade do ensinamento gravado em ti mesmo.
Assim como não podes tomar alimento
individual, através de um substituto, e nem podes aprender a lição,
guardando-lhe os caracteres na memória alheia, não conseguirás comparecer, ante
as Forças Supremas da Sabedoria e do Amor, com realizações e vitórias que não
tenham sido vividas e conquistadas por ti mesmo.
“Conserva”, pois, contigo, “o modelo
das sãs palavras”.
Emmanuel - Francisco Cândido Xavier - PAO NOSSO - cap. 97
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Não temos a pretensão de realizar
qualquer adendo aos ensinamentos de Emmanuel, mas podemos sim, constatar quanto
ainda precisamos de estudos e reflexão sobre os objetivos da vida no corpo
físico, sendo todos nós Espíritos, que ora estamos na vida espiritual, ora
reencarnados.
Quando no corpo físico, ganhamos novas
possibilidades em uma programação ajustada para melhor rendimento no caminhar
evolutivo; sendo uma das razões do esquecimento relativo do passado. A cortina
que oculta as lembranças anteriores ao renascimento é a oportunidade de
revertermos consequências de fatos que nos afligem; ou mesmo, daqueles que nos
inibem avanço no contexto espiritual em virtude da expressiva manifestação do
orgulho e da vaidade.
A mensagem "Crises", tira-nos toda a ilusão de que a vida material tem que ser de gozo permanente. As circunstâncias dolorosas e afligentes são estímulos à mudança, quase sempre no campo espiritual da criatura, que por consequências naturais alteram a condição no campo material também.
A mensagem "Crises", tira-nos toda a ilusão de que a vida material tem que ser de gozo permanente. As circunstâncias dolorosas e afligentes são estímulos à mudança, quase sempre no campo espiritual da criatura, que por consequências naturais alteram a condição no campo material também.
Quando compreendemos a razão da vida no
campo físico, sabendo que a vida que utiliza de um equipamento temporário somos
nós mesmos, que continuamos vivos sempre, que as tormentas são as nossas
necessidades; então, encontramos mais razão para a seriedade na condução de
nossos dias. As consequências sempre estarão com o seu autor, que o fará feliz
ou infeliz.
Jesus, como registra a mensagem
"Conserva o Modelo", Paulo, o de Tarso, anota: “Conserva o modelo das
sãs palavras.” As palavras são a expressão do pensamento, demonstrando os
recursos intelectuais e o patrimônio moral de quem se expressa. E sendo,
conforme ensinam os Espíritos Nobres, que a educação é um conjunto de hábitos e
que se melhora com a aquisição de melhores hábitos, que substituem os menos
felizes, mas para isso precisa de reflexão, análise, contenção na forma de se
expressar, seja verbalmente, seja na ação.
A reflexão importante, muito embora
possa ser desenvolvida sobre todos os fatos da vida, é a que fazemos de nossas
atitudes. A origem de tudo o que engendramos gera responsabilidade, que nos
pedirá conta. "As sãs palavras", são a base das ações que
carregam as suas virtudes, que correspondem em beleza e efetividade. É a boa
semente que fatalmente produzirá frutos doces; paz e felicidade, através da
compreensão da finalidade da vida neste Mundo. As dificuldades
superadas, com os recursos exarados na mensagem de Jesus, que nos tornam seres
melhores, são como cicatrizes luminosas que agregam valor para sempre.
Dorival
da Silva
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