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quinta-feira, 5 de maio de 2016

Fermento velho e A Nuvem

                                  Fermento velho

“Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa.” - Paulo. (I Coríntios, 5:7.)

Existem velhas fermentações de natureza mental, que representam tóxicos perigosos ao equilíbrio da alma.
Muito comum observarmos companheiros ansiosos por íntima identificação com o pretérito, na teia de passadas reencarnações.
Acontece, porém, que a maioria dos encarnados na Terra não possuem uma vida pregressa respeitável e digna, em que possam recolher sementes de exemplificação cristã.
Quase todos nos embebedávamos com o licor mentiroso da vaidade, em administrando os patrimônios do mundo, quando não nos embriagávamos com o vinho destruidor do crime, se chamados a obedecer nas obras do Senhor.
Quem possua forças e luzes para conhecer experiências fracassadas, compreendendo a própria inferioridade, talvez aproveite algo de útil, relendo páginas vivas que se foram. Os aprendizes desse jaez, contudo, são ainda raros, nos trabalhos de recapitulação na carne, junto da qual a Compaixão Divina concede ao servo falido a bênção do esquecimento para a valorização das novas iniciativas.
Não guardes, portanto, o fermento velho no coração.
Cada dia nos conclama à vida mais nobre e mais alta.
Reformemo-nos, à claridade do Infinito Bem, a fim de que sejamos nova massa espiritual nas mãos de Nosso Senhor Jesus.

Página extraída da obra: Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 64.


A Nuvem

     É uma camada que divide dois espaços.
     Abaixo circulam as fraquezas humanas, as paixões, o egoísmo, o preconceito, as dores, as incertezas e os conflitos.
     Acima, a imensidade plena de luz, a amplidão estelar, as harmonias, o bem, a paz infinita.
     A personalidade humana é essa nuvem com tudo aquilo que dela esteja abaixo.
     Aprenda a transpor essa barreira no universo do seu próprio ser.
     O que está acima é a sua individualidade, a sua essência, a luz de sua realidade espiritual, os vastíssimos horizontes do saber e do sentir.
     Busque essa dimensão.
     Aprenda a superar os próprios limites.
     Descubra a Vida.

Página extraída da obra: Minuto de Luz – Pastorino – Ariston S. Teles, capítulo 91.


Reflexão:
      As páginas acima apresentam argumentos que se somam levando-nos a percepções de grande profundidade, indo além dos limites da vida material.  Falam-nos do nosso estado de alma, na nossa condição de reencarnados, que recebemos as influências de nossas realizações anteriores à esta existência e nos remetem para depois da vida presente. Anotemos que ao adentrarmos nesta vida física e ao sairmos dela, estamos com um estado de consciência contido entre dois pontos, poderíamos dizer diques que nos circunscrevem no espaço e no tempo, é a vida material. No entanto, a vida do Espírito não tem interrupção, somente teve início, jamais terá fim. É a vida sempre existente que adentra um corpo que se forma e dele sai quando a programação se cumpre ou as circunstâncias providenciam.
     Sobre o “fermento velho”, a referência de Paulo¹, explana significativamente o Espírito Emmanuel, “sobre a fermentação mental”, é o ressentir de nós mesmos, seja consciente – fatos desta vida --, ou muitos outros, inconscientes, de vidas anteriores.
       Emmanuel faz apontamento sob a ótica de quem vê do plano espiritual, afirmando, quanto nós aprendizes, devemos avaliar essa realidade onde estamos inseridos: “Acontece, porém, que a maioria dos encarnados na Terra não possuem uma vida pregressa respeitável e digna, em que possam recolher sementes de exemplificação cristã.” A observação do que ocorre na sociedade global, mesmo na nossa comunidade, leva a essa conclusão, pois, agimos como somos, com o que conquistamos em todos os tempos, porque tudo está estabelecido em nós, nas profundezas da própria alma.
     Com essa própria herança nos manifestamos, agimos e reagimos na presente vida física, a separação do que é inconsciente e o que é consciente é muito tênue, através das tendências e das aptidões, dos valores inatos, para o bem ou para o mal, constata-se quem somos e como somos.
      Viemos na esteira dos tempos construindo dificuldades para nós mesmos, não podemos nos esconder dessa realidade, vejamos o que Emmanuel informa: “Quase todos nos embebedávamos com o licor mentiroso da vaidade, em administrando os patrimônios do mundo, quando não nos embriagávamos com o vinho destruidor do crime, se chamados a obedecer nas obras do Senhor.” Não restam dúvidas, que embora sustentássemos as insígnias e intitulássemos cristãos, apenas nos beneficiávamos do poder que o nome do Senhor Jesus proporcionava aos nossos desejos irrefreáveis de locupletar de vantagens. Não éramos verdadeiros cristãos.
        O Amigo espiritual que discorre sobre o “fermento velho” anota, ainda: “Muito comum observarmos companheiros ansiosos por íntima identificação com o pretérito, na teia de passadas reencarnações.”  São frequentes as repetições de hábitos e costumes que ficaram arraigados na nossa alma nas experiências transatas, tais como: os vícios, a arrogância, a violência, a deslealdade, a infidelidade...  As consequências continuam nos afetando, causando sofrimentos a nós mesmos e aos outros.
       Sobre o texto: “A Nuvem”, o autor faz um paralelo onde situa a personalidade – a vida atual – como o divisor de dois espaços, que podemos considerar dois estados de alma, quando registra: “Abaixo circulam as fraquezas humanas, as paixões, o egoísmo, o preconceito, as dores, as incertezas e os conflitos.
       Acima, a imensidade plena de luz, a amplidão estelar, as harmonias, o bem, a paz infinita.”  Mostra-nos o que somos e como estamos e onde deveremos chegar. Não adianta alimentarmos ilusões, procurarmos subterfúgios, postarmo-nos na condição de vítimas, é imprescindível caminhar, abandonar os antigos ranços que alimentam a nossa vaidade e fortalecem o nosso egoísmo.
      A mensagem de Jesus tem por finalidade proporcionar aos Espíritos, que somos todos nós, oportunidade de entender que a vida material é a grande oportunidade para a renovação, considerando o esquecimento do passado, permitindo que vivamos novamente com os nossos defeitos para corrigi-los, para que nos harmonizemos com aqueles que rivalizamos, que agora são nossos filhos, pais, irmãos...  A oportunidade é para que nos tornemos verdadeiros cristãos, sem outro propósito, se não o bem pelo bem.
      Toda a promessa de Jesus é para o melhoramento da alma, objetivando a paz e a felicidade que acontecerão na própria alma, pois, a herança recai sobre aquela que a conquistou.

(¹) – Paulo (I Coríntios, 5:7)

                                                  Dorival da Silva                     

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A Nova Literatura Mediúnica

Crônicas e Artigos
Ano 9 - N° 433 - 27 de Setembro de 2015



JOSÉ PASSINI
jose.passini@gmail.com
Juiz de Fora, MG (Brasil)





A Nova Literatura Mediúnica


“E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.” Paulo (I Cor,14:29)

As palavras de Paulo – inegavelmente a maior autoridade em assuntos mediúnicos dos tempos apostólicos – deveriam servir de
 alerta àqueles que têm a responsabilidade da publicação de obras de origem mediúnica.

A literatura mediúnica tem aumentado de maneira assustadora. Diariamente aparecem novos médiuns, novos livros, alguns bem redigidos, se observados quanto ao aspecto gramatical, mas de conteúdo duvidoso, se analisadas as revelações fantasiosas que iludem muitos novatos, ainda sem conhecimento doutrinário que lhes possibilite um exame criterioso daquilo que leem.

Muitos desses livros se originam de Espíritos ardilosos que, de maneira sutil, se lançam no meio espírita como arautos de novas revelações capazes de encantarem leitores menos preparados, aqueles sem um lastro de conhecimento doutrinário que lhes possibilite um exame lúcido, capaz de os levar a conclusões esclarecedoras.

Muitas pessoas que conheceram recentemente a Doutrina, antes de estudarem Kardec, Léon Denis, Gabriel Delanne e outros autores conceituados; antes de lerem as obras de médiuns como Francisco Cândido Xavier, Yvonne A. Pereira, Divaldo Franco, José Raul Teixeira, estão se deparando com obras fantasiosas, escritas em linguagem vulgar, contendo o que pretendem seus autores – encarnados e desencarnados – sejam novas revelações.

Bezerra de Menezes, Emmanuel, André Luiz, Meimei, Manoel Philomeno de Miranda, Joanna de Ângelis e tantos outros Espíritos se tornaram conhecidos e respeitados pelo conteúdo sério, objetivo, seguro, esclarecedor de suas obras, sempre redigidas em linguagem nobre.

Esses Espíritos conquistaram, pouco a pouco, o respeito, a credibilidade e a admiração do público espírita pelo conteúdo de seus escritos, na forma de mensagens ou de livros, publicados espaçadamente, como que dando tempo a um estudo sereno e criterioso do seu conteúdo.

Nos dias que correm, infelizmente, o quadro se modificou. Muitos médiuns, valendo-se de nomes já conhecidos pelo valor de suas obras, tentam impor-se aos leitores espíritas, não pelo valor das mensagens em si, mas escorados em nomes respeitáveis.

Sabendo-se que nomes pouco importam aos Espíritos esclarecidos, é de se perguntar por que os benfeitores que se notabilizaram através de Francisco Cândido Xavier haveriam de continuar usando seus nomes em mensagens transmitidas através de outros médiuns? Se o importante é servir à causa do Bem, por que essa continuidade na identificação, tão pessoal, tão terrena? Não seria mais consentâneo com a impessoalidade do trabalho dos Servidores do Bem deixar que o valor intrínseco da mensagem se revele, sem estar escorado num nome conhecido? Por que não deixar que a mensagem se imponha pelo valor de seu conteúdo? Por que escudar-se em nomes respeitáveis, quando o texto não resiste a uma comparação, até mesmo superficial, de conteúdo e, às vezes, até mesmo de forma?Por que essa ânsia insofreável de publicar tudo o que se recebe – ou que se imagina ter recebido – dos Espíritos? Onde o critério, a sobriedade tantas vezes recomendada na obra de Kardec? Será que o público espírita já leu, estudou, analisou, entendeu toda a produção mediúnica produzida até agora?Ao dizer isso não se está afirmando que a fase de produção mediúnica está encerrada.

Sabe-se que a Doutrina é dinâmica, que a revelação é progressiva. Progressiva, e não regressiva, pois há obras que estão muito abaixo daquilo que se publicou até hoje, para não dizer que há aquelas que nunca deveriam estar sendo publicadas.

Infelizmente, os periódicos espíritas, de modo geral, não publicam análises dessas obras que estão sendo comercializadas, ostentando indevidamente o nome da Doutrina.

Impera, no meio espírita, um sentimento de falsa caridade, um pieguismo mesmo, que impede se analise uma obra diante do público. Essas atitudes é que encorajam médiuns ávidos de notoriedade à publicação dessa verdadeira avalanche de obras que vão desde aquelas discutíveis a outras verdadeiramente reprováveis.

Nesse particular, é justo se chame a atenção dos dirigentes de núcleos espíritas, sejam centros, sejam livrarias, a fim de que avaliem a responsabilidade que lhes cabe quanto ao que é dado a público em nome do Espiritismo.

O dirigente – ou o grupo responsável pela direção de uma casa espírita – responderá perante o Alto, sem a menor dúvida, pela fidelidade aos princípios doutrinários de tudo o que se divulga em nome do Espiritismo, seja na exposição oral, num livro, ou simplesmente num folheto. O mesmo se diga relativamente àqueles responsáveis pelas associações intituladas “clube do livro”. 
 
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Extraído da Revista Eletrônica "O Consolador", que poderá ser acessada através do endereço: http://www.oconsolador.com.br/ano9/433/ca5.html

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Fora da caridade não há salvação

Fora da caridade não há salvação
                     
           Meus filhos, na máxima: Fora da caridade não há salvação estão encerrados os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra, porque à sombra desse estandarte eles viverão em paz; no céu, porque os que a houverem praticado acharão graças diante do Senhor. Essa divisa é o facho celeste, a luminosa coluna que guia o homem no deserto da vida, o para a Terra da Promissão. Ela brilha no céu, como auréola santa, na fronte dos eleitos, e, na Terra, se acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: “Passai à direita, benditos de meu Pai.” Reconhecê-los-eis pelo perfume de caridade que espalham em torno de si. Nada exprime com mais exatidão o pensamento de Jesus, nada resume tão bem os deveres do homem, como essa máxima de ordem divina. Não poderia o Espiritismo provar melhor a sua origem, do que apresentando-a como regra, por isso que é um reflexo do mais puro Cristianismo. Levando-a por guia, nunca o homem se transviará. Dedicai-vos, assim, meus amigos, a perscrutar-lhe o sentido profundo e as consequências, a descobrir-lhe, por vós mesmos, todas as aplicações. Submetei todas as vossas ações ao governo da caridade e a consciência vos responderá. Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não basta: é necessária uma virtude ativa. Para fazer-se o bem, mister sempre se torna a ação da vontade; para se não praticar o mal, basta as mais das vezes a inércia e a despreocupação.

Meus amigos, agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do Espiritismo. Não é que somente os que a possuem hajam de ser salvos; é que, ajudando-vos a compreender os ensinos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos. Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer que verdadeiro espírita e verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que pertençam.
                                                           
                                       Paulo, o apóstolo. (Paris, 1860.)

Capítulo XV de  O Evangelho Segundo o Espiritismo, Instrução dos Espíritos, item 10,  Allan Kardec.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Em família


Em família

“Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus.” 
Paulo. (1ª Epístola a Timóteo, 5:4.)

A luta em família é problema fundamental da redenção do homem na Terra. Como seremos benfeitores de cem ou mil pessoas, se ainda não aprendemos a servir cinco ou dez criaturas?  Esta é indagação lógica que se estende a todos os discípulos sinceros do Cristianismo.

Bom pregador e mau servidor são dois títulos que se não coadunam.

O apóstolo aconselha o exercício da piedade no centro das atividades domésticas, entretanto, não alude à piedade que chora sem coragem ante os enigmas aflitivos, mas àquela que conhece as zonas nevrálgicas da casa e se esforça por eliminá-las, aguardando a decisão divina a seu tempo.

Conhecemos numerosos irmãos que se sentem sozinhos, espiritualmente, entre os que se lhes agregaram ao círculo pessoal, através dos laços consanguíneos, entregando-se, por isso, a lamentável desânimo.

É imprescindível, contudo, examinar a transitoriedade das ligações corpóreas, ponderando que não existem uniões casuais no lar terreno. Preponderam aí, por enquanto, as provas salvadoras ou regenerativas. Ninguém despreze, portanto, esse campo sagrado de serviço por mais se sinta acabrunhado na incompreensão. Constituiria falta grave esquecer-lhe as infinitas possibilidades de trabalho iluminativo.

É impossível auxiliar o mundo, quando ainda não conseguimos ser úteis nem mesmo a uma casa pequena – aquela em que a Vontade do Pai nos situou, a título precário.

Antes da grande projeção pessoal na obra coletiva, aprenda o discípulo a cooperar, em favor dos familiares, no dia de hoje, convicto de que semelhante esforço representa realização essencial.

Extraída do livro Pão Nosso, do espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier - cap. 117

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Diferentes Estados da Alma



Cada indivíduo tem um estado de alma. Nos grupos de almas se forma um ambiente vibratório particular e afim entre si. Essa ocorrência se verifica tanto na vida do encarnado (física), como do desencarnado (espiritual).

Esse estado de alma corresponde à condição evolutiva do ser, no campo intelectual e moral. E uma das formas de se perceber as diferenças evolutivas entre indivíduos e grupos são as manifestações de toda ordem (intelectual ou comportamental), considerando que nas suas mais variadas configurações é a exposição do elemento espiritual, que na vida material, habita num corpo de carne, por ora, pois, finito. 

Os Espíritos constituem um mundo à parte, fora daquele que vemos? “Sim, o mundo dos Espíritos, ou das inteligências incorpóreas.” (1)  Qual dos dois, o mundo espiritual ou o mundo corporal, é o principal na ordem das cosias? “O mundo espiritual, que preexiste e sobrevive a tudo.” (2) Os Espíritos ocupam uma região determinada e circunscrita no espaço? “Os Espíritos estão por toda parte. Povoam infinitamente os espaços infinitos. Há os que estão sem cessar ao vosso lado, observando-vos e atuando sobre vós, sem que o saibais, já que os Espíritos são uma das forças da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para a execução de seus desígnios providenciais. Nem todos, porém, vão a toda parte, pois há regiões interditas aos menos adiantados.” (3) – Grifo nosso.

A intenção cultivada e as ações do indivíduo atraem, por afinidade, uma nuvem de Espíritos, como apresenta a Doutrina Espírita, através das indagações de Allan Kardec aos Espíritos reveladores do mundo espiritual (vejam as perguntas e respostas acima) – aliás, também consta na mensagem epistolar de Paulo (Hebreus, 12-1): (...), tendo em torno de nós tão grande nuvem de testemunhas, (...) --; assim é que ocorre a interação de homens e mulheres encarnados com os desencarnados, por pura afinidade de gostos e de sentimentos, da mesma forma, entre grupos de pessoas.

A qualidade dos pensamentos e dos sentimentos é responsabilidade intransferível de cada pessoa, sendo de sua conta tudo o que advier de seus desejos alimentados e realizados, sabendo-se que existe uma nuvem de Espíritos observando e atuando sobre cada encarnado e ainda que os Espíritos são uma das forças da Natureza – o que leva a lembrar de Jesus, quando leciona: “Vigiai e orai para que não caiais em tentação” -- Marcos, 14-38 --,  e, ainda, “... não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal...”(Mateus, 6-13), conforme a Oração Dominical.

É certo que com maior frequência pensa-se na influência negativa dos Espíritos sobre a vida do encarnado, que o leva a prejuízos de toda ordem, mas, há nisso um equívoco, porque o mal existe enquanto durar a causa. Quais as causas?  O pensamento em desajuste com a moral desequilibrada. Realizações ignóbeis.  Qual o remédio? As regras do bem viver de Jesus: Amar ao próximo como a si mesmo; não desejar ao próximo... O objetivo é a reforma das condições morais da cada um. Permanecer no erro e se negar a evoluir moralmente é problema particular, por isso o livre-arbítrio, todos devem aprender a autonomia moral, num aperfeiçoamento constante, pois os meios de afinidade e influências são infinitos.

Se existe uma população enorme de Espíritos num estado de ignorância e/ou com intenções maléficas, existe outra população de Espíritos nobres, que galgaram a escala dos esforços de aprimoramento intelectual e moral, que de mesma forma atuam incessantemente na tentativa de levantar os caídos, os fracos e os equivocados da vida, oferecendo-lhes apoio e ensinamentos pelas mais variadas vias de manifestação, tais como: religiões sérias, filosofias nobres, programações individuais e coletivas para aplicação de programas de melhoramento, através das organizações polico-sociais, governos, administradores, escolas das mais variadas aplicações educativas.

Não existe uma só alma desamparada, mas a cada uma de acordo com suas obras. “Deus é justo”. Disponibiliza para a criatura todos os recursos existentes para o seu soerguimento, cabendo este assimilá-lo de acordo com as suas possibilidades.  Conquistar as condições é aproximar-se de Deus através da transformação interior, vencendo o egoísmo e o orgulho.  O mal não vem de Deus, é obra do próprio homem, enquanto comprazer-se na sua própria inferioridade moral. A influência dos Espíritos sempre haverá, vez que o mundo material e espiritual se transfunde atuando um sobre o outro, cabendo aos encarnados a opção da felicidade ou da infelicidade de acordo com a sua disposição moral. 

Portanto, ser bem ou mal amparado é por conta de cada um.

1, 2 e 3 – O livro dos Espíritos – Allan Kardec – questões: 84, 85 e 87)

Dorival da Silva

sexta-feira, 22 de junho de 2012

HORA DA DIVULGAÇÃO ESPÍRITA



Na gênese dos males que afligem o homem e a Humanidade, permanece a ignorância.

Seja por desconhecimento da verdade ou se expresse em forma de desprezo por ela, a ocorrência é a mesma.

O único antídoto eficaz e mais imediato para esse mal é o ensino, que acende a luz do discernimento com que o homem descobre e adota os princípios hábeis para a felicidade, mediante os comportamentos coerentes em relação à vida.

A dor, irrompendo devastadora, no organismo individual ou social, é uma metodologia rápida para o despertamento da consciência, terapêutica promotora de revolução grave, que traduz a mudança de atitude, renovando as paisagens íntimas sob o clamor da afeição, linguagem de momentâneo efeito, que predispõe para o conhecimento libertador.

O amor, em doação espontânea, promove os fatores que ensejam a abertura do sentimento e da razão para o saber, através do qual se logram os valiosos tesouros para a conduta equilibrada.

A fome, a enfermidade, a carência de recursos financeiros sensibilizam, convidando-nos ao auxílio.

Na matriz, porém, dessas afligentes conjunturas, jaz a ignorância das Divinas Leis, desrespeitadas por precipitação ou má fé, nos vários estados de rebeldia galvanizadora.

Na etiopatogenia das alienações de natureza psiquiátrica ou por obsessão, está viva e atuante a ignorância, que aguarda a terapia do esclarecimento, como medida de socorro imediato para posterior ou simultâneo atendimento que favoreça a libertação.

O conhecimento é luz acesa na noite da ignorância, clareando os rumos.

A Doutrina Espírita, porque representa a mais completa expressão do divino pensamento, que pode ser examinado e vivido pela razão, não deve enclausurar-se em chavões ultrapassados, aprisionando-se em limites que atendam a paixões e “pontos de vista”, por mais respeitáveis se apresentam.

Doutrina de livre exame, também o é de livre ação, convidando cada consciência a assumir responsabilidades, após iluminada pelo ensino espírita, de cujos resultados responderá, hoje ou depois, sem mecanismos de evasão, nem justificações urdidas por meio de maquiavelismo de qualquer natureza.

Há muita angústia aguardando a contribuição espírita, e muita loucura necessitando de socorro espírita.

Todos os nobres contributos lavrados na Codificação Kardequiana – viga mestra, inconfundível e indispensável, do edifício do Espiritismo – independentes da ação de grupos ou consensos humanos, são de valiosa e urgente necessidade de aplicação.

Obviamente, a ação em grupo, o trabalho em equipe, resultando da permuta de experiência como dos estudos bem dirigidos, torna-se de alto significado.

Todavia, não somente através de tal metodologia, senão, também, pela atividade individual, abnegada e rica de devotamento de cada espírita.

O apóstolo Paulo encontrou Jesus, e, não obstante sofrendo as suspeitas da grei, doou-se à tarefa do esclarecimento e da iluminação de consciência, até a morte, já então amado pelos companheiros, escrevendo com sabedoria e renúncia a história da doutrina cristã nas paisagens ermas dos corações e das terras que percorreu...

Pedro levantou-se do delíquio moral da negação, saindo a ensinar e a viver o Cristo, tornando-se o maior exemplo de fé viva do colégio Galileu, que conheceu e viveu com o Mestre...

Allan Kardec, sofrendo calúnias, e acusações indébitas, permaneceu fiel aos ditames da “Vozes dos Céus”, trazendo à Terra o Consolador , sem excogitar da conveniência de pessoas ou de grupos que o apedrejaram e feriram com todas as armas da covardia e da inveja, fazendo o legado do Pentateuco insuperável e sempre atual, porque elaborando com os metais da verdade, trabalhados no fogo da dedicação e do sacrifício integral.  

Não há, portando, por que malbaratar-se recursos nem desperdiçar tempo, enquanto os desafios permanecem vitimando e destruindo vidas.

Todos os espíritas sinceros, estudiosos e afeiçoados ao bem, encontram-se convocados para o ministério do auxílio, através da difusão dos postulados espíritas, que, propiciando perfeito entendimento das lições evangélicas, representam a medicação oportuna e urgente para a massa desesperada, o homem aturdido...

Sem complexidades nem estruturações estapafúrdias, trabalhemos na sã divulgação do Espiritismo.

Não basta apontar erros. Indispensável saná-los. 

Muito cômodo é estabelecer e impor diretrizes para os outros. Urgente, no entanto, vivê-las.

Fácil é condenar e agredir. O desafio, porém, é mudar a situação.

O conhecimento espírita objetiva reformular as atuais conceituações e transformar as estruturas vigentes, facultando felicidade às criaturas, sem o que perde a finalidade.

Esta é, por consequência, hora de decisão espírita.

Uma página espírita breve é carta de alento ao homem em depressão.

Uma palestra espírita é classe de otimismo e ensino para a ignorância em predomínio.

Um livro espírita é curso de profundidade para despertamento e conduta dos que se atêm no desconhecimento dos valores e da oportunidade da vida.

Uma conferência espírita é fecundo veio aurífero de informação e roteiro, ao alcance de quem pensa.

Um debate espírita é intercâmbio  de esclarecimentos com que se reformulam conceitos.

A ação espírita, em qualquer lugar, é vida nova, atraente, chamando a atenção para a liberdade e a saúde.

Firmar-se no contexto da revelação espírita para ensinar e informar é fundamental, nos momentos que vivemos.

Na hora da Informática com os seus valiosos recursos, o espírita não se pode marginalizar, sob pretexto pueris, em que disfarça a timidez, o desamor causa ou a indiferença pela divulgação, porquanto o único antídoto à má Imprensa, na sua vária expressão, é a aplicação dos postulados espíritas, hoje ainda ignorados e confundidos com as superstições, crendices, sofrendo as velhas  conotações infelizes com que o caluniaram no passado, aguardando ser despojado das mazelas que lhe atiraram os frívolos e os déspotas, os fanáticos e os de má fé, quanto os que se apoiavam nos interesses subalternos inconfessáveis...

Hora de mentalidades abertas às informações de toda ordem, este é o nosso momento de programar tarefas, fomentar a divulgação por todos os meios, tornando-se cada companheiro honesto e dedicado, nova “carta-via” para a estruturação de um homem melhor, portanto, de uma sociedade mais justa, uma humanidade mais feliz.

Caridade para com o Espiritismo é dever de todos que nele haurem paz e vigor, sendo nossa maneira de exercê-la, divulgá-lo, levá-lo à ignorância e àqueles que sofrem a férrea prisão, sem desânimo e  nem tergiversação de nossa parte. (*)


(*) A presente mensagem foi escrita com a participação do espírito Hugo Reis. Nota do médium.


Extraído da obra mediúnica Reflexões Espíritas, capítulo 28, pelo espírito Vianna de Carvalho, psicografia de Divaldo Pereira Franco. 

quinta-feira, 17 de março de 2011

Carta aos Cristãos Modernos

          Recorrendo à sabedoria de Paulo, em razão das suas memoráveis Epístolas, que disseminaram e preservaram o pensamento sublime de Jesus na sociedade do seu tempo, e que eram lidas e copiadas com ternura pelos afeiçoados discípulos, é perfeitamente saudável que repitamos a conduta do Apóstolo dos Gentios ante as dificuldades e os desafios destes modernos dias de cultura e de civilização, embora a impossibilidade de repetir-lhe a sabedoria.
                 Queridas irmãs e queiros irmãos em Cristo:
                Que permaneça em vossa mente e em vosso coração a paz que deflui da consciência tanquila como efeito da conduta reta e dos pensamentos dignos.
         A sociedade hodierna vive momentos graves na história do seu processo evolutivo.
        As incomparáveis conquistas da ciência e da tecnologia, do direito e da ética colocam-na no Dante jamais esperado patamar do progresso, oferecendo-lhe conforto e prazeres nunca antes alcançados, ao mesmo tempo abrindo-lhe horizontes de inconcebíveis possibilidades de conquistas gloriosas em relação ao futuro.
    Nada obstante, pairam sob os seus céus róseos e transparentes as ameaças do horror e do desespero que lentamente alcançam os seus membros descuidados, atirando-os uns contra os outros e fazendo-os mergulhar no fundo poço das aflições superlativas.
    As bênçãos da comunicação virtual, por exemplo, ensombram-se com a facilidade com que se difundem o crime, o terror, o despautério, envolvendo crianças, jovens, adultos e idosos nas suas teias perversas e constritoras, que os atam à marginalidade...
        Competindo com a facilidade de ampliar as informações em torno do belo, do bom e do saudável, os enfermos morais utilizam-na para a anarquia, a vulgaridade agressiva, a destruição.
    Armas e equipamentos que promovem a desgraça encontram-se ao alcance de qualquer pessoa que lhes examine os sites cruéis, ao tempo em que são violados os códigos secretos das criaturas e das instituições que perdem sua identidade, passando a ser exploradas habilmente pelos famigerados hackers.
       As facilidades para os e-books que promovem a cultura também ensejam a perversão dos costumes, o aumento da pornografia e do erotismo, estimulando com vigor os instintos primários dos seus leitores em detrimento da razão e da consciência ilibada.
      Os cidadãos, aturdidos com o progresso rápido que não logram assimilar e deter por um momento, são devorados pela ansiedade, atirando-os à drogadição, ao sexo vulgarizado, ao alcoolismo destruidor em mecanismos de autodestruição, por não suportarem as pressões que os esmagam de todos os lados.
     A violência de todo matriz, especialmente o furto e o roubo, a agressão e o homicídio com requintes de crueldade atemorizam, transformando as ruas e avenidas elegantes do mundo em antros de perdição e de vandalismo.
   Os esportes, à semelhança do passado em Roma, divertem as massas, enriquecem os novos gladiadores e os seus patrões, divertem e geram fanáticos temíveis e destruidores.
      Cansados da bajulação que lhes chega e do excesso que passam a dominar, esses jovens desestruturados psicologicamente, explorados pelos mafiosos de todos os tipos, tombam nas armadilhas dos profissionais do sexo vil, de administradores corruptos dos seus bens, sendo usados, e quando diminuem as performances são excruciados e atirados ao obscurantismo, caso eles próprios não se hajam desgastados física, moral, emocional e psiquicamente...
     A história das civilizações do passado, suas grandezas e misérias, seus poderes de um momento e sua decadência logo depois, não serviu de lição para os novos césares e governantes arbitrários, que continuam ameaçando de aniquilamento o  mundo com as suas armas de altíssimo poder destrutivo. 
  Promove-se democracia com a força dos exércitos, disfarçando ou tentando dissimular os interesses esconsos que tais guerras objetivam.
     Nos dias transatos, ao lado dos inimigos dos poderosos, que sempre surgem e os ameaçam, foram as estruturas morais dos nobres, burgueses e governantes que perderam o sentido psicológico, levando os seus membros a chafurdarem nos fossos da sensualidade, do canibalismo, da volúpia pelo gozo exacerbado, afogando em sangue todos quantos se lhes opunham...
    A decadência de um povo tem início na degradação do seu governo, das suas autoridades.
     Para despertar a consciência individual e coletiva, que se encontrava obumbrada, Jesus veio à Terra nos dias tormentosos e trouxe a mais extraordinária mensagem de amor e de dignificação humana, nunca antes ou depois apresentada. Apesar disso, porque feria os interesses sombrios dos poderosos, ele foi crucificado...
   Tentaram silenciar-lhe a voz, matando-o, como sempre fazem os perversos, olvidando que ideias somente são combatidas com outras superiores, e como as suas eram normas para a felicidade humana, ultrapassaram o tempo, arrastaram multidões, para logo depois serem mutiladas, adaptadas aos interesses mesquinhos dos imperadores e chefes religiosos, sem que, no entanto, desaparecessem.
  Aquelas lições exaradas na cátedra da natureza e vivenciadas no seu exemplo conseguiram superar todos os mecanismos constritivos e adulteradores, permanecendo como estrelas apontando rumos na noite dos tempos, para serem ressuscitadas pelo Espírito de Verdade, conforme ele o prometera.
  Chegado o momento anunciado, as Vozes dos Céus  desceram à Terra e passaram a conclamar os seres humanos à ordem, ao dever, ao amor olvidado e submetido pela hanseníase do egoísmo.
   Os ouvidos e a visão do mundo no entanto ainda se encontram incapazes de escutar e de ver a realidade, compreendendo a situação em que a barca terrestre navega, sofrendo as tempestades deste momento e quase soçobrando...
      A empáfia e o autoritarismo dos transitórios viajantes não lhes permitem a compreensão e a reflexão em torno dos compromissos de todos para com a vida e o próximo, preferindo a anestesia da razão pelos tóxicos do gozo exacerbado, diante do medo que têm dos enfrentamentos com a consciência e o si profundo.
      Apesar da situação afligente e ameaçadora, correm os ventos da esperança e da alegria, soprados pelos mensageiros da imortalidade, que se encontram vigilantes, trabalhando os Espíritos lúcidos para que assumam as suas responsabilidades e laborem em favor dos melhores dias do porvir, que podem ser alcançados.
      Cabe aos cristãos novos proceder de maneira compatível com os ensinamentos do Mestre de Nazaré, revividos e atualizados pelos embaixadores espirituais, de forma que a dor e o desespero fujam por fim, envergonhados da Terra, cedendo o lugar à alegria  e à felicidade que estão reservadas para todos os servidores do bem.
    Reconstruir a cultura dentro de padrões morais saudáveis, aplicando os recursos valiosos já conquistados em benefício da sociedade, em vez dos grupos econômicos que exploram e exaurem o povo, constitui compromisso inadiável.
    Ter a coragem de enfrentar, se for o caso, o opróbrio e a humilhação na defesa dos fracos e desvalidos, erguendo-os da miséria em que se encontram para os níveis da educação e da oportunidade de crescimento, lutando pacificamente pela instalação da justiça social em todos os campos da sociedade, representa estar vinculado ao programa de dignificação humana.
  A evolução moral é lenta, fixando-se pela repetição, superando os vícios clamorosos que se encontram em predomínio no cerne do ser, será a responsável pela mudança dos valores atualmente aceitos e considerados, em que se destacam a astúcia e o atrevimento, o desrespeito e a vilania, substituídos pela ética do bem, da fraternidade e do mérito de cada um.
  Não mais tergiversar ante o dever ou negociar com a mentira e o ultraje, somente para manter-se entre os triunfadores da ilusão, com eles conivindo.
   Mais do que nunca, o senhor necessita de mulheres e homens dispostos a dar-lhe, se necessário, a vida, em holocausto de amor e de silencioso sacrifício.
     Não mais existem os circos, as praças para as execuções dos hereges e infiéis, as fogueiras e os cárceres sombrios para aqueles que são dedicados a Jesus. Pelo menos na forma, no entanto permanecem no conteúdo, pela maneira como são vistos e considerados os seus servidores autênticos, sorvendo os amargos frutos da intriga e da insensatez, da perseguição por inveja e das tribulações morais...
  É indispensável viver o evangelho em toda a sua magnitude.
    Não se vos impõe o abandono do mundo, em forma de fuga psicológica, tentando ocultar os conflitos a serviço de Deus, como aconteceu em vários períodos do cristianismo.
     Deve-se viver com normalidade, enfrentar as situações difíceis com honradez, permanecendo vinculados a Jesus em todos os momentos.
   Quando não se age dessa forma e abraça-se-lhe a doutrina, certamente é o que dela fizeram os seres humanos, não o que foi ensinado por Jesus.
  No ardor dos testemunhos e das provações, é indispensável manter-se a alegria de viver, demonstrando que o tributo da justiça aos que são aplicados e ricos de amor é a paz da consciência que se enfloresce de júbilos.
     Desse modo, cultivai as expressões simples da existência, a generosidade para com todos e para com a natureza,  mantendo-vos igualmente modestos, desataviados, sem as complexidades  que perturbam a essência do ser espiritual.
   Desenvolvei a solidariedade entre todos, especialmente com os membros da grei espírita, onde desenvolveis os sentimentos e vos habilitais para a luta renovadora.
    Evitai o ressentimento e o melindre, a maledicência e a inveja, porque todos eles corrompem o coração e entorpecem o discernimento, embriagando o ser com os tóxicos do egoísmo exacerbado.
    Sede afáveis, gerando simpatia sem afetação e ternura sem pieguismo onde quer que vos encontreis.
   Quem conhece Jesus, conforme desvelado pelo espiritismo, lentamente torna-se-lhe um verdadeiro êmulo, qual sucedeu ao pobrezinho de Assis.  
... E em todas as circunstâncias em que vos encontreis, cantai hosanas ao senhor pelos vossos atos.
    O século é perverso e não tem sentimentos, portanto indiferente a tudo quanto vos aconteça.
      Aí  estão as indústrias do divertimento, da banalidade, da insensatez, da exploração de todo gênero, arrastando os incautos e levando-os de roldão no rumo do abismo da frustração.
       Tende tento e esparzi a luz da verde.
    Sede fiéis ao compromisso assumido desde antes do berço  e levai-o adiante em hinos de louvor e de ação como nos primeiros dias do martirológio  que ficaram no passado.
        Nunca temais aqueles que somente alcançam o corpo e nada podem fazer ao Espírito.
      Jesus seguirá convosco e em todos os momentos senti-lo-eis.
       Que ele vos abençoe e vos guarde em sua paz.

       A servidora de sempre,
Joanna de Ângelis
Paris, 12 de julho de 2010.
Psicografia de Divaldo  Pereira  Franco,
extraída do livro: Entrega-te a Deus,  capítulo 30.

Epístola: cada uma das cartas ou lições dos apóstolos dirigidas às primeiras comunidades cristãs
Apóstolo dos Gentios: Paulo de Tarso
Hodierno: atual
Despautério: dito ou ação absurda, grande tolice
Constritor: fazer pressão; oprimir
Hacker: termo vulgarizado para denominar o especialista em informática que usa seu conhecimento
               para interesses ilícitos; do meio computacional, hacker tem sua acepção positiva, identificando
               um perito;nessa área, quem pratica atividade ilegais, usando do seu grande conhecimento, é
               chamado cracker
E-book: livro em suporte eletrônico, especialmente para distribuição via internet
Matiz: nuança; gradação
Excruciar: atormentar, martirizar
Esconso: oculto
Transato: passado
Exacerbar: intensificar; exagerar
Obumbrar: obscurecer
Olvidar: esquecer
Exarar: registrar
Cátedra: disciplina, ramo de conhecimento
Constritivo: que faz pressão, oprime
Soçobrar: naufragar; afundar
Empáfia: orgulho vão, presunção
Laborar: trabalhar
Exaurir: esgotar completamente
Opróbrio: degradação social
Vilania: ofensa
Tergiversar: usar de evasivas
Conivir: condescender
Holocausto: imolação
Desataviado: desprovido de adorno, de enfeite
Grei: comunidade
Êmulo: que nutre admiração por alguém, imitando seus exemplos
Hosana: saudação jubilosa
Incauto: imprudente; ingênuo
Tento: juízo
Martirológio: lista de mártires