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sábado, 10 de março de 2018

O que temos para oferecer?

O que temos para oferecer?

        Provável que todos que nos leem, saibam das passagens evangélicas que relatam o chamado milagre da multiplicação de pães e peixes, operado por Jesus.

        Em síntese, em dois momentos, a multidão, sabendo onde estaria Jesus em dado dia, foram até Ele. O Senhor, tomado de compaixão, curou os que estavam enfermos, devolvendo visão aos cegos, movimento aos paralíticos, voz aos mudos, livramento aos subjugados por espíritos infelizes e infelicitadores e tudo o mais que ali se apresentava com as faces de padecimentos e dores.

        Ao cair do dia, os discípulos aproximaram dEle e sugerem que despeça a todos, pois era visto que estavam famintos, o lugar era ermo, distante das vilas, e, então, poderiam ir em busca de comida.

        Jesus lhes responde que não despediria aquelas gentes em jejum, pois desfaleceriam pelo caminho, considerando muitos terem vindo de longas distâncias.

        E recomenda o Mestre: Dai-lhe vós de comer.

       Prontamente responderam eles: De onde viriam, num deserto, tantos pães para saciar tal multidão?

        O que tendes para lhes oferecer?      -- Questionou Jesus.

        Poucos pães e uns peixinhos, responderam-lhe.

        Mandando que a multidão se assentasse sobre a relva, tomou os pães e peixes e, dando graças, partiu-os e deu-os aos discípulo, e os discípulos à multidão.

        Todos comeram e se saciaram, tendo sido recolhidos vários cestos cheios de pedaços.

        Os que tinham se alimentado foram quase cinco mil homens, (ou quatro mil, em outro feito), além de mulheres e crianças.

        Essas passagens são encontradas nos relatos de Mateus 14:13 a 21 e 15:29 a 39; Marcos 6:30 a 44 e 8:1 a 9; Lucas 9:10 a 17 e João 6:1 a 14.

        Que os encontros se deram, fica patente pelo relato dos quatro Evangelistas.

        Sem nos determos nos possíveis mecanismos utilizados pela grandeza de recursos espirituais de Jesus, na realização desses feitos extraordinários, busquemos, dentre os muitos possíveis entendimentos e lições que daí podemos tirar, aquela para este momento de leitura.

        Cada um que compunha a multidão foi em busca de Jesus, onde Ele estava, sem mais tardança, por mais distante que estivesse no momento, por mais sacrificial fosse a jornada. Encontrando-O, enfermidades foram curadas, mas ainda restava a fome nas entranhas da alma, pelo que a busca era pelo Pão da Vida, o único alimento que poderia saciar e fortalecer, de modo a poder retornar aos compromissos da vida, sem desfalecer pelo caminho. E foram atendidos.

        Destaca-se que Jesus recomenda aos discípulos que eles atendam à multidão, segundo a necessidade que se apresentava.

        Eles não recusam fazê-lo mas ponderam que cada um, por sua vez, pouco disponha de recursos pessoais e espirituais para fazer frente à grandeza das necessidades.

        E o Mestre e Senhor leciona, perguntando: O que temos, vocês e Eu, para atendermos os padecimentos dos que aqui já estão e pelo que vieram em busca, para que, saciados, ao irem de retorno, não desfaleçam e caiam, sem forças, pelas veredas da existência de agora em diante?

        E completa: Deem-me do que vocês dispõem de melhor, por pouco que seja, e Eu completarei com o muito que Eu posso e, sob as graças do Pai, juntos poderemos muito mais. Então, pelas mãos de vocês, meus discípulos, os famintos em multidão serão alimentados.

        A migalha dos seus pães, peixes, recursos pessoais será suprida pelo milagre da multiplicação, que se deu e se dá tantas vezes quantas as necessárias, até que o mundo esteja saciado, em plenitude de espírito, em felicidade e paz.

        Eles estão aqui, vieram de muito longe, estão sem forças, sentados sobre a relva, esperam com ordem e paciência, o amparo Divino.

        As curas exteriores se deram naqueles que precisavam, no entanto, famintos do pão do Espírito, da Luz do Mundo, não podem sair de nosso lado sem o revigorante alimento d’alma.

        Espíritas, cristãos, religiosos de todas as crenças, homens de boa vontade, respondamos ao Celeste Amigo: Que temos para oferecer ao próximo? A multidão tem fome...

        Apresentemos ao Senhor da Vida um tijolo de amor, por migalha que seja, sempre dispostos ao trabalho em benefício do próximo, e sobre esse tijolo Ele erguerá o Reino de Paz sobre a Terra.

        É chegada a hora. Apresentemos os pães e peixes e participemos com o Sublime Médico de todas as almas, do milagre da multiplicação...

        E os que estamos enfermos e famintos, vamos ao encontro dEle, sem mais demora, pois Ele é o Caminho da Verdadeira Vida. Por Ele seremos curados e saciados...

“Editorial do jornal Mundo Espírita, Órgão de Divulgação da Federação Espírita do Paraná – Fevereiro de 2018, número 1603, Ano 85, Curitiba – Paraná.”

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Milagre! Existe, ou não?

Milagre! Existe, ou não?

“Não é, pois, da alçada do Espiritismo a questão dos milagres; mas, ponderando que Deus não faz coisas inúteis, ele emite a seguinte opinião: Não sendo necessários os milagres para a glorificação de Deus, nada no Universo se produz fora do âmbito das leis gerais. Deus não faz milagres, porque, sendo, como são, perfeitas as suas leis, não lhe é necessário derrogá-las. Se há fatos que não compreendemos, é que ainda nos faltam os conhecimentos necessários. ” ¹
1.     A Gênese, capítulo XIII, item 15, Allan Kardec.

Existem ocorrências que têm aparências de fatos extraordinários, que se lhes atribuem sentidos miraculosos. Entretanto, são situações que se dão por Leis Naturais desconhecidas daqueles que propagam os fatos, com base numa interpretação inadequada, nas mais das vezes calcada numa fé cega, quando não se exige explicação.

Os fatos materiais que nos séculos passados não tinham explicações, com o desenvolvimento da Ciência e conhecidas as Leis Naturais que as provocavam, caíram no domínio popular e perderam a condição extraordinária.

No entanto, vive-se ao mesmo tempo duas realidades, a material e a espiritual.  Se os fenômenos materiais a Ciência os elucidaram suas origens e manifestações, o mesmo não se dá com as ocorrências que têm origem no elemento espiritual. Esses são muito mais complexos, pois que são fenômenos inteligentes, acompanhados de emoções, vontades... Trata-se de manifestação de espírito humano, que outrora habitou num corpo, o que se repetiu muitas vezes, sendo que em cada oportunidade em corpo diferente, novo.

Há interferência do mundo espiritual sobre o mundo material, ou seja, os espíritos desencarnados agem sobre os que estão encarnados, auxiliando naquilo de que necessitam, ajudando na solução de seus problemas, quando podem, o que quer dizer, quando a Lei Natural permite. O que corresponde ao mérito já conquistado do paciente encarnado, ou a sua resolução firme de alteração do estado espiritual existente. Há, também, a interferência do espírito encarnado sobre o desencarnado, sendo permanente a via de duas mãos.

Falar-se em “milagre”, entendendo-se como fato extraordinário, inexplicável, sem conhecimento do processo de atendimento, o que, ocorrendo nessas condições, favorecendo um em detrimento de outrem, seria privilégio de um em relação à multidão de necessitados, o que é uma injustiça, pois, se serve a um deveria servir a todos.

A Lei Divina é a Lei Natural, é imutável, não serve exclusivamente a nenhuma criatura, em parte nenhuma do Universo, porque é Lei de Justiça, Lei de Amor.
As dificuldades existentes, as doenças, os aleijões, as misérias e tantas outras coisas que provocam o sofrimento nada mais são que o estado espiritual dos que sofrem, é o distanciamento em que a criatura se encontra do estado de perfeição, individual ou coletivamente.

Jamais a Lei Divina será derrogada para dar exclusividade para esta ou aquela criatura, pois o ser maior de que se denomina Deus, que tem toda a perfeição, no grau absoluto, caso permitisse qualquer oscilação da sua perfeição deixaria de ser o Ser Onipotente.

Existem muitas ocorrências que o vulgo não encontra explicação, porque desconhece as causas, porque acolhe e se satisfaz intelectual e emocionalmente com uma explicação estanque, com a insígnia indiscutível denominada “milagre”.  O que dá solução imediata a todas possíveis indagações sobre a ocorrência, eliminando-se todo o trabalho de análise, pesquisa, buscas trabalhosas para o entendimento.

No entanto, Deus rege todas as coisas através das Leis Naturais, Suas Leis, desde a harmonia dos incontáveis astros da abóboda celeste à germinação da semente, a concepção orgânica no reino animal, o tempo de uma vida no corpo de um ser humano, nada foge a esta Força Ordenadora.

A busca da cura para as doenças difíceis, para as aflições, é obrigação daquele que sofre, no entanto, não cabem mais o imediatismo e o comodismo. É certo que Deus não desampara a nenhuma de suas criaturas, racional ou irracional, mas em relação ao ser humano, que é inteligente e detém muitos recursos espirituais a conhecer e a desenvolver, exige-se uma postura compatível com o seu estado evolutivo.

Com o advento da Doutrina Espírita, que quebrou muitos preconceitos com a luz lançada sobre as causas de muitos fatos que ocorriam desde a antiguidade, que ocasionavam medo e tormentos, dando origem a lendas que perduraram por muitas gerações.  Somente com a revelação da existência do mundo espiritual, que convive com os homens separado apenas pela frequência vibratória diferente, com a ausência da percepção dessa população imensa de desencarnados pela limitação dos órgãos materiais do corpo físico, esta existente para  atender as necessidades dos encarnados, que precisam de oportunidade para consertar os erros e enganos de outras vidas, bem como caminhar evolutivamente em inteligência e moralidade, e encontrar a paz e a felicidade que tanto almeja, harmonizando-se com as Leis Divinas, o que é o objetivo do Criador para todos os homens.

Para encontrar essas verdades reveladas pelo Espiritismo, faz-se indispensável desvestir-se dos preconceitos, principalmente os religiosos, e conhecer os princípios básicos que a Doutrina dos Espíritos apresenta para a compreensão dessa relação com os mortos, segundo a carne, mas vivos espiritualmente, tanto como os habitantes do corpo físico. São princípio básicos, a preexistência e a pós-existência do espírito a vida do corpo físico, a comunicabilidade dos espíritos, a pluralidade das existências e a pluralidade dos mundos habitados.

Ensina Allan Kardec que a Doutrina Espírita é uma Ciência e como toda Ciência precisa ser estudada para que haja entendimento.

A Doutrina Espírita transcende os limites da materialidade, o que as demais Ciências não podem fazer, em conta os protocolos próprios e a ética que as dominam.

O Espiritismo é a Ciência que fluiu da espiritualidade, porque é a Doutrina revelada pelos Espíritos, então não está limitada pelas convenções da academia convencional. Não tem barreira a transpor, pois, não existem as situações que regem os efeitos materiais, vez que a comunicação ocorre no campo extracorpóreo, sendo o pensamento o seu ingrediente essencial, materializando essas manifestações através da escrita (psicografia) e pela expressão oral (psicofonia). Existem várias outras formas de manifestação espiritual, sendo a que estão referidas as mais utilizadas para os efeitos de orientação e instrução.

Em conta o que se expõe acima e tudo mais que se exara na Revelação Espírita, conclui-se pela impossibilidade do que se chama “milagre”; conquanto, as chamadas curas e reversão de casos considerados insolúveis não são mais do que ocorrências naturais, que têm por base o mérito e a fé daqueles que os possuem. Como os méritos e a fé são registros que existem na alma, a avaliação não pertence a nenhuma autoridade deste mundo.

“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. " (Jesus - João, 8:32)


                                                                         Dorival da Silva

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

QUANDO PERCEBER A IRRITAÇÃO

QUANDO PERCEBER A IRRITAÇÃO

Meu irmão, não creia em milagre. Procure compreender que cada homem vive, sofre o resultado de sua própria evolução. Para alcançar o equilíbrio é necessário alcançar o autoconhecimento que permite a disciplina pessoal.

Não estrague o seu dia; coragem, o seu mau humor, a sua ira, o seu ódio, não fazem outra coisa senão destruir, criar desolação, angústia, provocando insegurança em todos os que o cercam.

Não esqueça que para vencer a dor o homem precisa conhecer os seus objetivos, saber administrar o seu interior, pois assim fará sublimação com dignidade. A provação aumenta a visão interior, abre os horizontes da alma, liberta o ser.

Mostre a sua boa vontade em qualquer situação. Revele-se, colabore, seja solidário, trabalhe em benefício de todos; guarde a calma, faça a paz, seja sensato.

Intensifique a consciência do bem, estude, pesquise, trabalhe, não reclame, não se deixe amedrontar pelo desânimo; esteja sempre preparado para não perder o sentido inteligente da vida.

O acadêmico da espiritualidade tem certeza de que o exercício do bem se traduz pela luz no espírito, na qual a visão interior amplia os horizontes, elucida, promove grandes transformações.

Na escolaridade da Terra, aquele que compreendeu o seu significado é solidário, respeitoso e justo com o seu igual; está sempre pronto à renúncia do “EU”, portanto sua vida significa dedicação ao trabalho, compreensão, serenidade, esperança, resignação, calma, perdão, amor, paz, humildade, permanente renovação, alegria constante.

O homem que faz autoconhecimento percebe que o silêncio interior é a celebração plena da vida, o encontro do ser com o SER em todo o Universo, dentro de cada um, num processo constante de aprendizado.

Quando você perceber que a irritação está tomando conta de sua pessoa, reaja, procure em seu interior os momentos de alegria vividos, revise os seus ideais, não lastime, caminhe com determinação. A prece e a vilegiatura respondem a todas as questões humanas, são responsáveis pelo equilíbrio.

O homem marca o seu lugar na Terra pela força de seu trabalho, pelo desprendimento, pela renúncia moral, pelo caráter, pela consciência de seus objetivos; a dignidade humana está sempre presente quando a intenção é boa.

Aquele que crê na justiça do Criador é paciente, benigno, aplicado ao bem, caritativo, esperançoso; sabe suportar, esperar, sofrer as provações com altruísmo; reconhece que não há efeito sem causa, tem perene juventude, é feliz sem exigências.

Amor, trabalho, evolução.


Mensagem extraída do livro "Na luta do cotidiano, A força do amor"  pelo espírito Leocádio José Correia
Psicografado pelo médium  Maury Rodrigues da Cruz
Mensagem extraída do endereço: