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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Cultiva a paz


Cultiva a paz

“E, se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, ela voltará para vós.” - Jesus. (Lucas, 10:6.)
Em verdade, há muitos desesperados na vida humana. Mas quantos se apegam, voluptuosamente, à própria desesperação? quantos revoltados fogem à luz da paciência? quantos criminosos choram de dor por lhes ser impossível a consumação de novos delitos? quantos tristes escapam, voluntariamente, às bênçãos da esperança?

Para que um homem seja filho da paz, é imprescindível trabalhe intensamente no mundo íntimo, cessando as vozes da inadaptação à Vontade Divina e evitando as manifestações de desarmonia, perante as leis eternas.

Todos rogam a paz no Planeta atormentado de horríveis discórdias, mas raros se fazem dignos dela.

Exigem que a tranquilidade resida no mesmo apartamento onde mora o ódio gratuito aos vizinhos, reclamam que a esperança tome assento com a inconformação e rogam à fé lhes aprove a ociosidade, no campo da necessária preparação espiritual.

Para esmagadora maioria dessas criaturas comodistas a paz legítima é realização muito distante.

Em todos os setores da vida, a preparação e o mérito devem anteceder o benefício.

Ninguém atinge o bem-estar em Cristo, sem esforço no bem, sem disciplina elevada de sentimentos, sem iluminação do raciocínio. Antes da sublime edificação, poderão registrar os mais belos discursos, vislumbrar as mais altas perspectivas do plano superior, conviver com os grandes apóstolos da Causa da Redenção, mas poderão igualmente viver longe da harmonia interior, que constitui a fonte divina e inesgotável da verdadeira felicidade, porque se o homem ouve a lição da paz cristã sem o propósito firme de se lhe afeiçoar, é da própria recomendação do Senhor que esse bem celestial volte ao núcleo de origem como intransferível conquista de cada um.

Mensagem extraída da obra: Vinha de Luz, capítulo 65, Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier (1951).

Reflexão: Quem no mundo não deseja a paz. O desejo da paz transita desde o indivíduo, às coletividades e às nações.  Situação que vem desde a antiguidade e os milênios se contam, e o desejo da paz é permanente. Surgiram nos diversos tempos: Profetas, missionários, gurus, reveladores, guerreiros, conquistadores, líderes Políticos, religiosos... Aonde se encontra a paz?

Por ausência de entendimento mais profundo, busca-se a paz no fortalecimento de exército capaz de conter ou destruir o inimigo; procura-se proteção, no afã de encontrar a paz, cercando-se de defesa protetora tida por intransponível para os inimigos e quem se aventar contra o seu interesse.

Esses arranjos tentados há milênios podem temporariamente silenciar os ruídos lá fora, dando uma falsa sensação de paz, sendo que na intimidade das massas há burburinhos abafados, porque na alma de cada indivíduo que compõe a massa há uma usina de força alimentada pelo combustível de medo, de insegurança, de dúvida e o desconhecimento da realidade da vida espiritual, não sabe que a paz que busca ainda é uma intenção que está voltada para o exterior, que espera ou supõe a ação ou reação dos outros. Há dependência crônica de que a solução da aflição, da insegurança e tudo que impede a paz desejada virá de fora, alguém se apresentará com a solução! Uma entidade, um governo? Quem? Se os milênios de tentativas não solucionaram.

O Benfeitor Emmanuel vem recobrar ensinamento de Jesus esclarecendo: Para que um homem seja filho da paz, é imprescindível trabalhe intensamente no mundo íntimo, cessando as vozes da inadaptação à Vontade Divina e evitando as manifestações de desarmonia, perante as leis eternas.” E amplia: Todos rogam a paz no Planeta atormentado de horríveis discórdias, mas raros se fazem dignos dela.”

Num ponto posterior o Mentor exemplifica em que contexto os indivíduos pretendem encontrar a paz: Exigem que a tranquilidade resida no mesmo apartamento onde mora o ódio gratuito aos vizinhos, reclamam que a esperança tome assento com a inconformação e rogam à fé lhes aprove a ociosidade, no campo da necessária preparação espiritual.
Para esmagadora maioria dessas criaturas comodistas a paz legítima é realização muito distante.”

Leciona o digno Instrutor: Ninguém atinge o bem-estar em Cristo, sem esforço no bem, sem disciplina elevada de sentimentos, sem iluminação do raciocínio. (...)”

Precisa-se entender que Espírito orientador, tal como o autor da página em referência, não faz registro com palavras que não apresentam a precisão necessária do que se quer ensinar, portanto, a inserção anterior deixa muito claro que a paz se dá na intimidade de cada pessoa, o que corresponde dizer que na intimidade de cada espírito, que por ora está investido de um corpo de carne.

Na parte conclusiva do texto, Emmanuel deixa claro que não adianta somente estar informado, ter acompanhado alguns detentores de paz, e nem ter intelectualizado todas as formas de se chegar à paz, é preciso verdadeiramente investir-se do sentimento de paz, conquista inalienável, como aponta: “(...) Antes da sublime edificação, poderão registrar os mais belos discursos, vislumbrar as mais altas perspectivas do plano superior, conviver com os grandes apóstolos da Causa da Redenção, mas poderão igualmente viver longe da harmonia interior, que constitui a fonte divina e inesgotável da verdadeira felicidade, porque se o homem ouve a lição da paz cristã sem o propósito firme de se lhe afeiçoar, é da própria recomendação do Senhor que esse bem celestial volte ao núcleo de origem como intransferível conquista de cada um.

O homem com humildade pode aprender com as clarezas de sua inteligência e através da vivência, da meditação, da análise e compreensão dos resultados encharcar-se de sentimentos de paz, pois faz justiça aos seus esforços. Todo cultivo exige esforço e em se tratando da paz de si mesmo, que servirá de chave para ingresso na paz Universal, por que não trabalhar para tal conquista.

                                                            Dorival da Silva.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Os políticos são deuses?!


Os políticos são deuses?!


Os políticos nascem criança, passam pelas fases naturais da infância, da adolescência e da juventude, vão à escola, muitos cursam a universidade, alguns chegam ao título de doutor em algum segmento do conhecimento. Em grande parte dos que se inclinam para a política partidária desconhecem o tamanho da responsabilidade de que se revestem diante do contingente social. Não falamos da responsabilidade somente diante da Lei Civil e Criminal exaradas nos códigos aprovados pelos próprios políticos. Que as vezes os alcançam ou as vezes não, embora, os desvios que prejudicam severamente os interesses da população, geralmente a mais pobre, nas suas prementes necessidades.

Queremos falar do político como ser espiritual que é como todos os demais seres humanos. A vida do homem político é finita aqui na Terra tanto como dos demais homens. O ser espiritual, que transcende o período material, ou seja, entre o nascer e o túmulo, carrega consigo após a morte física as virtudes e suas alegrias, as (des)virtudes e seus amargores, quanto as alegrias não precisará justifica-las, quanto as mazelas e suas responsabilidades terá que solucioná-las, um dia, quando tiver consciência e forças para essa empreitada, até lá, muito sofrimento terá transcorrido.

A Lei de Deus é justa, permite o livre-arbítrio, o que quer dizer que ele tem a liberdade de plantar (agir) como quiser, no entanto, tem a obrigatoriedade de fazer a colheita dessa lavoura (consequências) em algum tempo, o que poderá ser em vida futura – “há muitos registros sobre isso nas obras básicas e complementares da Doutrina Espírita”. Esse entendimento ficaria melhor se houvesse interesse no estudo de um dos princípios do Espiritismo: A reencarnação.

Assim não fica difícil entender que são Espíritos cuidando de Espíritos, aqui no ambiente experimental (vida cotidiana), todos estão envoltos de células, que compõem os órgãos, os membros e a epiderme e seus atributos, permitindo a manifestação pelos sentidos, tanto quanto a manutenção da vida do corpo celular. Por isso que o desequilíbrio da saúde gera dor em alguma parte do organismo, tanto como dor moral, quando envolve desconforto emocional. A dor física ou moral é sentida pelo Espírito, que tem um corpo, sendo que todas as ocorrências neste reflete naquele e nele perdura por tempo indeterminado, podendo ter continuidade depois da morte do corpo.

Compreendida a razão da vida aqui na Terra, que nada perdura além do atendimento à sua finalidade. Os reinos se renovam permanentemente, nascem crianças todos os dias e morrem pessoas todos os dias, entre o nascer e morrer existe um prazo finito, que ninguém detém seu controle. Para os cargos públicos existem os prazos de duração, as safras agrícolas têm seus tempos, a conservação dos produtos também, os equipamentos eletrônicos, em conta a velocidade de produção dessa indústria atropela todas as possibilidades, o que é o mais moderno em prazo curtíssimo já estará obsoleto, as edificações por mais sólidas que sejam construídas tempo virá que estarão imprestáveis, o que se quer dizer “é que tudo passa”.

Considerando os apontamentos acima, os políticos também passarão, permanecendo as consequências de suas atitudes, as positivas trarão os resultados correspondentes, é o que se espera, as negativas ou omissões não tardarão mostrar as derrocadas e seus desdobramentos danosos, com efeitos incalculáveis, tanto para a sociedade na vida deste Mundo, tanto quanto na vida no Mundo Espiritual.

Na obra: Minutos de Sabedoria, de Carlos Torres Pastorino, capítulo 173, ensina:

              Se você enveredou na senda da política, saiba que não foi por acaso.
               Deus colocou em suas mãos o destino de sua pátria.
               Desperte sua consciência íntima, para assumir essa tremenda responsabilidade.
               Muito lhe foi dado e, por isso, muito lhe será pedido.
               Não deixe que a vaidade e os interesses pessoais o desviem da missão
               que o trouxe ao mundo.
               Conduza a pátria à felicidade e à paz.”

Reflexionando sobre tudo o que se expõe acima, o que analisar no contexto atual de nossa Pátria, com tantos desvios de recursos e aparelhamento de setores do Estado em benefício próprio ou de grupos de interesse por pessoas que se tinha por ilibadas, que desvirtuam a administração pública comprometendo o progresso de um povo, ou seja milhões de Espíritos investidos na matéria para evoluir em todos os aspectos do ser humano, no entanto, estão prejudicados nas coisas básicas como a educação, a saúde, a segurança, a moradia e outras, além de perturbar o equilíbrio moral.

O espírito Emmanuel, mentor de Francisco Cândido Xavier, em sua obra: Vinha de Luz, no capítulo 150, faz análise sobre a “dívida de amor” de um para com o outro, o que serve para reflexão pessoal, principalmente daqueles que exercem atividades coletivas:

Dívida de amor

“Portanto, dai a cada um o que deveis; a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.” - Paulo. (Romanos, 13:7.)

“O homem comum, todavia, gravitando em torno do próprio “eu”, em clima de egoísmo feroz, cerra os olhos às necessidades dos outros. Esquece-se de que respira no oxigênio do mundo, que se alimenta do mundo e dele recebe o material imprescindível ao aperfeiçoamento e à redenção. A qualquer exigência do campo externo, agasta-se e irrita-se, acreditando-se o credor de todos.

Muitos sabem receber, raros sabem dar.

Por que esquivar-se alguém aos petitórios do fragmento de terra que nos acolhe o espírito? Por que negar respeito ao que comanda, ou atenção ao que necessita?

Resgata os títulos de amor que te prendem a todos os seres e coisas do caminho.

Quanto maior a compreensão de um homem, mais alto é o débito dele para com a Humanidade; quanto mais sábio, mais rico para satisfazer aos impositivos de cooperação no progresso universal.

Não te iludas. Deves sempre alguma coisa ao companheiro de luta, tanto quanto à estrada que pisas despreocupadamente. E quando resgatares as tuas obrigações, caminharás na Terra recebendo o amor e a recompensa de todos.”


Não há como negar a transitoriedade da vida do corpo físico, finda a vida do corpo quem poderá negar que o ser pensante, que somos nós mesmos, agora sem a indumentário celular, não terá continuidade. Isto é de domínio público, se não com o ampliado entendimento como nos coloca a Doutrina Espírita, mas a maioria das religiões ensinam sobre a existência da alma, e que contas de seus atos serão prestadas a um Ser Superior (Deus), somente isto seria o suficiente para acautelar qualquer um de bom senso.

Os políticos não são deuses, porque não vieram de um estado celeste, vieram, sim, do seio da própria sociedade, foram eleitos pelos seus compatriotas. É preciso rever tudo isso, sem o apontamento de culpados, pois, com maior ou menor grau de responsabilidade todos somos culpados, se não diretamente por iniciativas desta vida, certamente de outras em que fomos ativistas ou indiferentes por interesse ou por ignorância. A “dívida é de amor”, como nos indica o mentor Emmanuel, se o mal está presente é porque o amor está ausente, como a Nação não é o resultado e um ou de poucos, mas de todos. Onde estamos e o que oferecemos?

Amar a Pátria é fazer o que é preciso e não o que me atende ou aos meus.  O altruísmo é a ferramenta de conserto. Quem se habilita?

                                                                           Dorival da Silva

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Enfermidades da alma

 
 
 
Enfermidades da alma

Gravame de significado perigoso nos relacionamentos humanos é a intriga.

Perversa, é semelhante à erva daninha e traiçoeira que medra no jardim das amizades, gerando desconforto e agressividade.

A intriga é enfermidade da alma que se alastra perigosamente na sociedade, tornando-se terrível inimiga dos bons costumes.

O intrigante é sempre alguém infeliz e invejoso que projeta os seus conflitos onde se encontra, alegrando-se com os embaraços que proporciona no meio social.

À semelhança de cupim sorrateiro, destrói sem ser vista, até o momento em que as resistências fragilizadas em suas vítimas, rompem-se, dando lugar ao caos, à destruição.

Muitas vezes, o insensato não faz ideia do poder mefítico da intriga, permitindo-se-lhe a manifestação verbal ou gráfica, por falta de responsabilidade ou desvio de conduta psicológica.

Da simples referência a respeito de alguém ou de algum acontecimento adulterado pela imaginação enferma, surge a rede das informações infelizes que dilaceram as vidas que lhes são o alvo inditoso.

Ninguém, na Terra, encontra-se indene à difamação das pessoas espiritualmente enfermas, e, quando são atingidas pelas flechas das narrações deturpadas, permitem-se sucumbir, abandonando os propósitos superiores em que se fixavam, sem ânimo para o prosseguimento nos ideais abraçados.

Lamentavelmente a intriga consegue grassar com imensa facilidade em quase todos os agrupamentos sociais, religiosos, familiares, políticos, de todos os matizes, em razão da presença de alguns dos seus membros que se encontram em desarmonia interior.

Todo empenho deve ser aplicado para a vitória sobre a intriga.

Cabe àqueles que são devotados ao bem não darem ouvidos à intriga que se apresenta disfarçada de maledicência, de censura em relação a outrem ausente, aplicando o antídoto do silêncio nesse trombetear da maldade.

Cuidasse o intrigante do próprio comportamento e dar-se-ia conta do quanto necessita de corrigir, em si mesmo, ao invés de projetar no seu próximo o morbo infeccioso.

Toda censura com sinais de acusação é filha da crueldade que se converte em intriga.

São célebres as intrigas das cortes, nas quais os ociosos e inúteis, compraziam-se em tecer redes vigorosas que asfixiavam as melhores expressões do trabalho, que mesmo imperfeitas ou necessitadas de aprimoramento, produziam para o bem...

Nada se edifica ou se faz sem o exercício, em cujo início os equívocos têm lugar.

As mais colossais realizações são resultado de pequenos ou incertos tentames.

O intrigante, porém, sempre ativo e vigilante, porque insidioso, logo se apropria da mínima falha que se observa em qualquer projeto para investir furibundo e devastador.

*   *   *

Jesus referiu-se com firmeza àquele que vê o argueiro no olho do próximo, embora a trave pesada que se encontra no seu.

Sê tu, no entanto, aquele que adota a complacência, que compreende o limite e a dificuldade do outro.

Fala, quando a tua boca possa cantar o bem de que está cheio o teu coração.

A palavra enunciada torna-te servo, enquanto que a silenciada faz-te dela senhor.

Não estás convidado para vigiar o próximo, mas para conviver e trabalhar com ele.

Tocado no sentimento pelo amor, usa a bondade nas tuas considerações em relação às demais pessoas com as quais convives ou não.

Faz-te a criatura gentil por quem todos anelam, estando sempre às ordens dos Mensageiros da luz para o serviço da fraternidade e da construção do bem no mundo.

A palavra é portadora de grande poder, tanto para estimular, conduzir à plenitude, assim como para gerar sofrimento, destruição e amargura...

Guerras terríveis, representando a inferioridade humana, surgiram de intrigas de pequeno porte, que se tornaram ameaças terríveis...

Tratados de paz e de união também são frutos do acordo pela parlamentação e pelos diálogos, pelas decisões de alto porte.

Tem, pois, cuidado com o que falas, a respeito do que ouves, vês ou participas. Serás responsável pelo efeito das expressões que externes, em razão do seu conteúdo.

Convidado a servir na Seara de Jesus, mantém-te vigilante em relação a esta enfermidade contagiante: a intriga!

Tentado, em algum momento, a acusar, a criar situações danosas, resiste e silencia, legando ao tempo a tarefa que te compete.

Isso não quer dizer conivência com o erro, mas interrupção da corrente prejudicial, mantida pela intriga. Antes, significa também a decisão de não vitalizar o mal, mantendo-te em paz, sustentado pela irrestrita confiança em Deus, na execução da tarefa abraçada, seja ela qual for.

A intriga apresenta-se de forma sutil ou atrevidamente, produzindo choques emocionais que se transformam em dores naqueles que lhes padecem a injunção cruenta.

*   *   *

Allan Kardec, o nobre mensageiro do Senhor, preocupado com o próprio e o comportamento dos indivíduos, buscando uma diretriz segura para evitar a intriga e outros desvios na convivência social, indagou aos Guias espirituais, conforme se lê na questão 886, de O Livro dos Espíritos:

-Qual o verdadeiro sentido da palavra  caridade, como a entendia Jesus?

E eles responderam com expressiva sabedoria:

Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.

Nessa resposta luminosa encontra-se todo um tratado de ética para o bem viver, ser feliz e contribuir para a alegria dos outros.

Joanna de AngelisPsicografia de Divaldo Pereira Franco,na reunião
mediúnica de 23 de janeiro de 2012,no Centro Espírita
Caminho da Redenção,em Salvador,Bahia.
Em 17.05.2012

Mensagem extraída do endereço:
 http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=285

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Políticos, todo cuidado é pouco!

Editorial

Ano 8 - N° 385 - 19 de Outubro de 2014


 
Políticos, todo cuidado
é pouco!

Os escândalos de corrupção que vêm sendo desvelados nas últimas semanas em nosso país confirmam duas teses que nos obrigam a refletir seriamente a respeito dos políticos brasileiros e daquilo que deles podemos esperar.

A primeira: o impeachment de um presidente da República e a condenação dos chamados mensaleiros em nada serviram como exemplo do que não se deve fazer no exercício de um mandato outorgado pelo povo.

A segunda: muitos políticos, senão a maioria, pelo menos grande parte deles, não temem a justiça humana e, com toda a certeza, a justiça divina, como se a vida de uma pessoa se encerrasse com a inumação do seu corpo.

A situação chegou a tal ponto no Brasil, que honestidade e idoneidade moral passaram a ser tidas como virtude, tal a sua escassez na vida política deste país.

Com respeito à justiça dos homens, a certeza da impunidade é a base do destemor com que agem os políticos corruptos, um fato inquestionável porquanto, dentre eles, são pouquíssimas as pessoas que têm chegado às barras do tribunal. E quando isso se dá, os condenados recebem penas pífias, como vimos no processo do chamado mensalão, em que os operadores do esquema receberam penas altas e adequadas à gravidade dos seus crimes, não se verificando o mesmo com relação aos supostos mandantes e aos beneficiários dos recursos desviados.

No tocante à justiça divina, quem se diz adepto do Cristianismo deveria ter mais cuidado. Todo aquele que matar com a espada, da espada será vítima. A cada um segundo as suas obras. A semeadura é livre, mas a colheita é compulsória.

A chamada lei de causa e efeito, que era conhecida desde o tempo de Jeremias, constitui um dos princípios fundamentais da doutrina espírita e nada mais é que a confirmação do que Jesus nos ensinou.

Não podemos brincar com coisas sérias. A passagem pela experiência da vida num plano material como este em que vivemos não tem por fim a curtição ou o gozo, como muitos imaginam, mas objetivos definidos que não é bom menosprezar. 
 
Daquilo que fizermos aqui teremos de prestar contas e, queiramos ou não, esse momento do ajuste pode ser bem desagradável.

Processa-se neste momento no Brasil a definição dos que vão estar à frente da administração pública da União e dos Estados, como se definiu no início do mês a composição de parte do Senado da República e das câmaras legislativas de âmbito estadual e federal.

Nosso colaborador José Lucas relatou há pouco, em artigo publicado nesta revista, que o conhecido médium e orador José Raul Teixeira foi certa vez efetuar uma palestra numa importante cidade brasileira. Quando se dirigia, com seus anfitriões, ao restaurante onde iriam almoçar, enquanto esperavam que o semáforo abrisse para atravessarem larga avenida, ele viu uma mulher andrajosa perto dali, a procurar comida num cesto de lixo. A cena causou-lhe tamanha impressão que ele perdeu a vontade de almoçar, embora necessitasse fazê-lo. 
 
Já no restaurante, enquanto tentava recompor-se mentalmente, pensando naquele ser que nada tinha, e ele ali num restaurante com seus amigos, apareceu-lhe um Espírito amigo que o acompanha nas tarefas doutrinárias. O benfeitor espiritual o acalmou, dizendo que mesmo que ele fosse dar comida limpa àquela senhora, ela recusaria. E, em breves pinceladas, narrou-lhe a história daquela mulher, que nesta existência era a reencarnação de um famoso político brasileiro, ainda hoje muito conceituado, que, por haver prejudicado tanto o povo, tinha reencarnado numa condição miserável, devido ao mecanismo do complexo de culpa que o acometeu após a morte do corpo. Voltara assim à existência corpórea numa condição miserável para aprender a valorizar aquilo que ele tanto desprezara na vida anterior: as dificuldades financeiras do próximo. Curiosamente, o nome do famoso político a que ele se referira estava afixado na esquina próxima, dando nome à avenida, motivo pelo qual aquela mulher, por um mecanismo de fixação inconsciente, não se afastava do local, onde outrora lhe prestaram grandes homenagens. 
 
Não se tratava de um castigo divino, mas sim o cumprimento da lei de causa e efeito, segundo a qual cada pessoa colhe na vida aquilo que plantou na vida com seus atos, pensamentos e sentimentos.

Em face desse e de tantos casos semelhantes que deparamos na literatura espírita, não nos custa lembrar aos políticos que assumirão em breve seus postos de trabalho: – Amigos, tomem tento: todo cuidado é pouco!


Editorial extraído da Revista Eletrônica "O Consolador", que poderá ser acessada através do endereço:
 http://www.oconsolador.com.br/ano8/385/editorial.html

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Obsessão pandêmica

Na atualidade sociomoral do planeta terrestre, dois fenômenos em torno dos relacionamentos humanos fazem-se assinalar de maneira expressiva: o coletivismo e o individualismo.
No primeiro caso, conforme assinalam diversos estudiosos da conduta, há uma necessidade de realizações coletivistas, nas quais o indivíduo perde a sua identidade, consumido pelas aspirações e sentimentos do mesmismo do grupo atuante. A sua capacidade de decidir e de opinar é asfixiada na avalancha opinativa do todo, eliminando a possibilidade de melhor aprofundar a investigação em torno das questões apresentadas, facilitando-se a sua divulgação apressada, não poucas vezes insensata...
Assumem-se idênticas posturas, laboram-se com semelhantes objetivos e as extravagâncias sobrepõem-se aos nobres projetos do idealismo saudável, seguindo-se a onda dominadora do tudo igual.
Rapidamente as novidades tomam corpo e são divulgadas, igualando os comportamentos e os hábitos sociais, lamentavelmente, nas suas expressões menos elevadas, no entanto, mais cômodas e prazerosas.
A globalização social padroniza  o que é certo e programa dentro dos seus esquemas de interesses negocistas o conveniente e sedutor, anestesiando as mentes sonhadoras e independentes que terminam por ser vencidas em face do volume da massa que triunfa e pela algazarra das vozes em desalinho...
Desaparece o espaço para a iluminação pessoal, a introversão edificante e a análise de situação diante dos acontecimentos que se sucedem rapidamente.
Tem-se a impressão de que o viver e o gozar agora são essenciais e que, logo mais, tudo mergulhará no caos...
Os hábitos sadios, a cidadania, o ético são nivelados ao espúrio e ao vulgar pelos multiplicadores de opinião, pelos líderes de audiência nos veículos de comunicação de massa, na insensatez e na alucinação dos sentidos.
São apresentados como legítimos os comportamentos anteriormente tidos como alienantes, mas que, de súbito, ganham prestígio, porque propostos por personalidades famosas, mas que alcançaram o destaque por meios pouco recomendáveis.
As conquistas coletivistas igualam executivos e trabalhadores, políticos e artistas, comerciários e juristas em padrões estranhos, que são aceitos, de forma a não os diferenciar, em cujos grupos são exaltados o egoísmo, o imediatismo, o poder de qualquer maneira, lícita ou desonestamente.
É certo que há significativas exceções, que se constituem modelos para o futuro da sociedade, quando soçobrar este período de avalanchas de desequilíbrio.
Os encontros sociais quase sempre são vazios de conteúdo, nos quais discute-se muito e ouve-se pouco, porquanto cada qual está fixado no seu próprio interesse, logrando-se realizar encontros volumosos com pessoas solitárias, evocando-se os grupos antigos que se reuniam nas hoje decadentes cortes, conforme as ambições, apoiando-se uns nos outros ou sorrindo e conspirando uns contra os outros, em insidiosas armadilhas propostas pela hipocrisia e pela desconfiança.
O segundo grupo, fugindo da balbúrdia, pretende que sejam evitados problemas individuais e gerais, refugiando-se na intimidade dos seus lares ou gabinetes, dos seus escritórios, suspeitosos e irascíveis, como utilizando-se de mecanismos protetores de defesa em que se encastelam.
Outros tantos indivíduos, escamoteando os transtornos sociofóbicos, recorrem à comunicação virtual e alienam-se da família, daqueles que se lhes afeiçoam, assim como dos demais companheiros de jornada, para as incursões doentias no fantástico e maravilhoso mundo da Internet, no qual ocultam as dificuldades pessoais e exibem os anelos frustrados de glória e de realização pessoal.
Olvidando-se do instinto gregário, que reúne todos os animais à volta uns dos outros, isolam-se, muito perturbando-se nos sombrios guetos em que se acolhem.
A facilidade da convivência  fraternal, os júbilos dos encontros amigos, os diálogos edificantes entre aqueles que se estimam, o intercâmbio de ideias no calor da vivência com o seu próximo cedem lugar às fugas espetaculares, que permitem ampliar o medo da morte, da doença, do desemprego, da traição, mas principalmente os medos absurdos da vida e do amor.
Temem amar, receando não serem correspondidos, o que representa insegurança pessoal e desequilíbrio emocional, por impedir-se a inefável alegria de intercambiar sentimentos dignificantes.
Ambos os grupos, a pouco e pouco, em distanciando-se, perdem a faculdade do relacionamento saudável, do calor da convivência, da emoção resultante da permuta de ideias e de aspirações.
Naturalmente permanece expressiva e inatacável faixa de mulheres e homens saudáveis, que se sustentam na comunicação pessoal acolhedora, nas buscas de mais adequadas soluções para os problemas e desafios do momento, interessados no bem-estar de todos e certamente no progresso individual e social.
Nos referidos grupos coletivistas e individualistas, mesmo quando parecem viger sentimentos religiosos, ei-los adstritos aos significados egoísticos que abraçam, insensíveis às necessidades da Humanidade que sofre e aguarda ajuda para desenvolver-se.
Como a vida pertence ao Espírito, encontrando-se no corpo ou fora dele, os seus sentimentos e pensamentos mesclam-se em perfeito intercâmbio com aqueles que lhes são afins.
Predominando as paixões inferiores na grande maioria dos reencarnados e desencarnados que povoam o orbe planetário e o seu entorno, é compreensível que terminem identificando-se psíquica e moralmente, dando lugar às infestações e obsessões tanto individuais quanto coletivas.
Sutilmente, participando dos interesses dos incautos na viagem corporal, seus inimigos desencarnados instilam-lhes ideias doentias até apossarem-se do seu raciocínio, fazendo-os tombar inermes nas suas hábeis armadilhas.
Noutras ocasiões, agridem-nos com violência, produzindo-lhes surtos de morbidez que os avassalam, arrastando-os indefesos aos seus objetivos infelizes.
Geram-se transtornos emocionais, psíquicos e com igual intensidade enfermidades simulacros.
Os fluidos morbíficos, ingeridos psiquicamente pelo reencarnado, misturam-se aos complexos mecanismos das neurocomunicações cerebrais, da mitose celular, dando lugar a desorganizações fisiológicas, agredindo o sistema imunológico através do qual agentes destrutivos da fauna microbiana atacam o organismo, instalando enfermidades reais ou provocando sintomas perturbadores.
A Divindade sempre proporciona os recursos hábeis para a precaução ao terrível flagelo e para a sua recuperação quando já instalado.
Desatentos, porém, e comprazendo-se na inferioridade dos sentimentos, perseguidores e perseguidos optam pelo combate inglório da ignorância, ampliando a área dos vitimados pela obsessão.
Os estímulos exagerados ao prazer e não ao comedimento abrem as comportas morais para a simbiose emocional e se torna difícil estabelecer a fronteira separativa do que é lícito e se pode fazer em relação ao tudo conseguir devendo o máximo fruir.
O espetáculo, pois, da obsessão pandêmica choca e comove, sensibilizando o inefável amor de Jesus, que promove as reencarnações de nobres Mensageiros para o esclarecimento da sociedade a respeito da angustiante situação, através da reconquista ética do amor, do dever, da fraternidade, do perdão, da oração e da caridade.
As trombetas do Além soam e convocam os servidores do Bem a que bradem e cantem o poema da saúde e da paz, embora a algazarra generalizada, conseguindo sensibilizar muitos que ainda podem ser despertados e liberados da situação deplorável.
O  vigiai e orai torna-se de incomum significado terapêutico, neste momento, a fim de prevenir a sociedade a respeito da infeliz pandemia, assim como para libertar os ergastulados nas amarras e prisões da momentânea enfermidade moral-espiritual.

Manoel Philomeno de Miranda
(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica da noite de 11 de julho de 2007, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.) – Extraída da revista Reformador (FEB) de junho de 2008.