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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Amai-vos

Amai-vos

“Não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade.” - João. (I João, 3:18.)
Por norma de fraternidade pura e sincera, recomenda a Palavra Divina: “Amai-vos uns aos outros.”
Não determina seleções.
Não exalta conveniências.
Não impõe condicionais.
Não desfavorece os infelizes.
Não menoscaba os fracos.
Não faz privilégios.
Não pede o afastamento dos maus.
Não desconsidera os filhos do lar alheio.
Não destaca a parentela consanguínea.
Não menospreza os adversários.
E o apóstolo acrescenta: “Não amemos de palavra, mas através das obras, com todo o fervor do coração.”
O Universo é o nosso domicílio.
A Humanidade é a nossa família.
Aproximemo-nos dos piores, para ajudar.
Aproximemo-nos dos melhores, para aprender.
Amarmo-nos, servindo uns aos outros, não de boca, mas de coração, constitui para nós todos o glorioso caminho de ascensão.
  
Mensagem extraída da obra: Vinha de Lua, ditada pelo Espírito Emmanuel, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 130, publicada em 1951.
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Reflexão: Para amar é preciso que o amor esteja em nós. No entanto, somos imperfeitos e esse sentimento é conquista crescente na intimidade de cada um de acordo com a lucidez alcançada diante da vida.

O exercício de amar se verifica ao choque dos comportamentos contrários ou divergentes ao estado de conforto emocional.  O que não é exatamente a relação com os posicionamentos emocionais opostos aos nossos, tais como: honesto e desonesto; falso e verdadeiro...

O problema que incomoda é encontrar a manifestação de comportamento que reflete identicamente a nossa própria condição emocional. Proporcionando uma reação de descontentamento, de ódio, de inveja, de birra, de desconfiança, de inferioridade, de falsa superioridade, de orgulho, de egoísmo, de...

Então como amar o próximo se não nos amamos? Precisamos nos amar.  Como será isso? Certamente não se dará num passe de mágica? É preciso se conhecer e para isso é preciso conviver com o nosso próximo, principalmente, os mais próximos.  Percebermos as nossas reações diante de tudo o que ocorre nas convivências diárias, não reagirmos como o animal faz por instinto, agredindo inconscientemente, mas utilizando os fatos para verificarmos a nossa posição, e aprofundarmos reflexão sobre as ocorrências.

Isso traz sofrimento para quem se propõe a se amar, leva àquele de bom propósito a buscar remédio eficaz, que é fácil de ser encontrado, que muitas das vezes está no seu próprio armário, muito maltratado, que é o Evangelho de Jesus, comum a todos os credos.

Agora, por certo, não será uma leitura superficial, com os olhos visitando as letras há muito conhecidas e até decoradas, será busca mais aprofundada, pois o nosso estado emocional pede mais consistência, porque estamos sofrendo, meditamos, não desejamos explodir, queremos refrigério consciente, o tratamento definitivo.

“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo”.  (Jesus; Mateus, 11:28 a 30.)

Não é sem razão, que o meio familiar, onde se encontram os próximos mais próximos, com raras exceções, é ambiente tumultuoso, pois, sendo que os iguais no campo dos interesses e das emoções se atraem, além de que são devedores e credores uns dos outros, resultantes de vidas passadas, em que foram parentes ou não, possivelmente vítimas e algozes dentro dos contextos que viveram.

Todos precisamos nos amar e amar o próximo, somente assim anularemos transformando as cargas deletérias que estabelecemos em nossa alma, em virtudes que nos dulcificarão, e, assim, ocorrendo com todos, alçaremos o estado de plenitude, onde estas virtudes se refletirão nos outros e retornarão ampliando a soma de paz e felicidades que todos almejam.

“Entretanto, faz depender de uma condição a sua assistência e a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição está na lei por Ele (Jesus) ensinada. Seu jugo é a observância dessa lei; mas esse jugo é leve e a lei é suave, pois que apenas impõe, como dever, o amor e a caridade.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cristo Consolador – capítulo VI, item 2)

                                                                         Dorival da Silva

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Candeia sob o alqueire


Candeia sob o alqueire

1. Ninguém acende uma candeia para pô-la debaixo do alqueire; põe-na, ao contrário, sobre o candeeiro, a fim de que ilumine a todos os que estão na casa.  (Mateus, 5:15.)

2. Ninguém há que, depois de ter acendido uma candeia, a cubra com um vaso, ou a ponha debaixo da cama; põe-na sobre o candeeiro, a fim de que os que entrem vejam a luz; pois nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente.  (Lucas, 8:16 e 17.)

O Evangelho Segundo o Espiritismo -  Não ponhais a candeia debaixo do alqueire – capítulo XXIV



Reflexão:

       Dois registros de ensinamento verbal de Jesus, que os evangelistas Mateus e Lucas escreveram posteriormente, sendo que Lucas não conviveu pessoalmente com Jesus, fez suas anotações em pesquisa que realizou depois da morte do Senhor em suas jornadas junto aos Apóstolos e outras pessoas que tiveram proximidade com Ele e Dele ouviram ensinamentos.

       A candeia precisa estar sobre o candeeiro, para que ilumine a todos que estão na casa. A candeia podemos considerar todas as pessoas que compreenderam a mensagem de Jesus e faz esforço para vivê-la, se transformando em verdadeiro Cristão. Assim, estarão naturalmente elevadas até ao candeeiro, que são as lideranças de grupos pequenos ou grandes, íntimos ou públicos, onde exercerão as influências modificadoras com esclarecimento, consolo, orientação, sem, no entanto, pretender tomar conta da vida das pessoas, pois esta não é a condição do verdadeiro líder cristão.

      Em se tratando da Doutrina Espírita, precisa-se considerar a sua condição de consoladora pelos conhecimentos e libertadora pela lucidez.

       Antes de desejar iluminar os outros é necessário iluminar-se, conquistar virtudes pelo trabalho no bem, pelos esforços de angariar recursos espirituais. A caridade ensinada por Jesus é o caminho.

       O único combustível capaz de alimentar a luz da candeia cristã é a verdade que flui do Criador, através dos corações enobrecidos, que superaram o egoísmo, a vaidade, a presunção, o desejo de poder, o vício do aplauso, a necessidade de reconhecimento.     É o vencedor do mundo.

         Preparemo-nos para que possamos arder com o combustível Divino, levando a luz da mensagem do Cristo, não somente com as letras do Evangelho, mas como archote luzente de valores que contagia outros corações a seguirem o rastro luminoso iniciado pelo Divino Pastor.

          A candeia precisa estar no candeeiro...

                                     Dorival da Silva

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Cuidados


Cuidados

“Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã, cuidará de si mesmo”. - Jesus. (Mateus, 6:34.)
Os preguiçosos de todos os tempos nunca perderam o ensejo de interpretar falsamente as afirmativas evangélicas.
A recomendação de Jesus, referente à inquietude, é daquelas que mais se prestaram aos argumentos dos discutidores ociosos.
Depois de reportar-se o Cristo aos lírios do campo, não foram poucos os que reconheceram a si mesmos na condição de flores, quando não passam, ainda, de plantas espinhosas.
Decididamente, o lírio não fia, nem tece, consoante o ensinamento do Senhor, mas cumpre a vontade de Deus. Não solicita a admiração alheia, floresce no jardim ou na terra inculta, dá seu perfume ao vento que passa, enfeita a alegria ou conforta a tristeza, é útil à doença e à saúde, não se revolta quando fenece o brilho que lhe é próprio ou quando mãos egoístas o separam do berço em que nasceu.
Aceitaria o homem inerte o padrão do lírio, em relação à existência na comunidade?
Recomendou Jesus não guarde a alma qualquer ânsia nociva, relativamente à comida, ao vestuário ou às questões acessórias do campo material; asseverou que o dia, constituindo a resultante de leis gerais do Universo, atenderia a si próprio.
Para o discípulo fiel, agasalhar-se e alimentar-se são verbos de fácil conjugação e o dia representa oportunidade sublime de colaboração na obra do bem. Mas basear-se nessas realidades simples para afirmar que o homem deva marchar, sem cuidado consigo, seria menoscabar o esforço do Cristo, convertendo-lhe a plataforma salvadora em campanha de irresponsabilidade.
O homem não pode nutrir a pretensão de retificar o mundo ou os seus semelhantes de um dia para outro, atormentando-se em aflições descabidas, mas deve ter cuidado de si, melhorando-se, educando-se e iluminando-se, sempre mais.
Realmente, a ave canta, feliz, mas edifica a própria casa.
A flor adorna-se, tranquila; entretanto, obedece aos desígnios do Eterno.
O homem deve viver confiante, sempre atento, todavia, em engrandecer-se na sabedoria e no amor para a obra divina da perfeição.



Mensagem extraída da obra: Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 152. Obra publicada em 1951.

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Reflexão: Desde a antiguidade,  a partir de Sócrates, depois Jesus, e modernamente o advento da Doutrina Espírita, o homem percebia a verdade possível nas tradições, depois nos Evangelhos do Mestre Galileu, agora nos chega a orientação da Espiritualidade Superior para o encaminhamento à melhoria dos povos destes tempos.

Os tempos modernos apresentam conforto e facilidades materiais, conquanto desconfortos e dificuldades morais e espirituais.  Porquê? Há confusão no entendimento da vida, ainda não se compreende a existência da reencarnação, quer dizer, estar novamente investido de um corpo de carne para se viver uma nova experiência no Mundo material. 

Esse entendimento facilita a compreensão de que se vive vida material, num corpo de carne, ao mesmo tempo se vive uma vida espiritual, sendo que uma interfere na outra, considerando que sempre é a vida do Espírito que permanece quando o corpo perde sua vitalidade por infinitas circunstâncias e morre. 

O conforto e as facilidades permitidas pelas tecnologias são motivações para a geração pelo ser humano de uma ilusão de estar bem, porque suas necessidades materiais estão bem atendidas, apresentando um estado de felicidade ilusório. Produzindo necessidades acessórias e desnecessárias, muitas vezes fantasiosas, perdendo-se tempo e energia preciosos para a economia da vida.

O trânsito do espírito humano pela experiência da reencarnação é algo extraordinário para a evolução do Espírito, se souber aproveitar o tempo que a vida do corpo permite. 

A realidade é que todos os momentos da vida na Terra precisam ser entendidos como uma produção de melhoria da condição espiritual, o que, possivelmente, não se obterá no usufruto permanente de confortos materiais, mesmo que conquistados pelos meios lícitos. É justo que se utilize dos confortos conquistados, mas que não seja isto o objetivo principal da vida, pois, assim, causa um amolentamento da vontade para superar os obstáculos que são imprescindíveis ao melhoramento da vida espiritual.

É bom que façamos reflexões sobre a vida que levamos, se estamos alimentando ilusão, se estamos nos apresentando com valores que ainda não conquistamos, isto é fingimento, é ilusão, desaparecerá no primeiro teste de veracidade, restando a frustração. 

A morte do corpo, o deixar a carne, a desencarnação, não livrará ninguém da verdade, porque descortinará a consciência, mostrando a verdadeira posição do indivíduo diante da vida. 

Como aponta a mensagem inicial: "Depois de reportar-se o Cristo aos lírios do campo, não foram poucos os que reconheceram a si mesmos na condição de flores, quando não passam, ainda, de plantas espinhosas".

É hora de despertar!

                                                          Dorival da Silva

  



sábado, 4 de agosto de 2012

A corrupção começa em casa!



Nos dias que se correm a corrupção grassa nos mais variados segmentos das organizações sociais, sejam: na política, no esporte, em grande parte das governanças nacionais. É grande mácula na tessitura social.  Sendo que o tecido social somente existe porque o elemento primordial existe, o homem.  

A qualidade desse elemento essencial é o resultado de sua formação.  O homem é formado com uma personalidade – persona – a partir de seu surgimento na família, desnudo fisicamente de tudo, com um patrimônio impossível de avaliado, pois está adormecido nas profundidades espirituais, que surgirá gradativamente conforme o amadurecimento dos componentes: físico, intelectual e moral, que ensejarão sua revivência, ampliação, enriquecimento ou deformação.

Ninguém nasce com a destinação de ser corrupto, imoral, criminoso...  Os desvios comportamentais, aquilo que destoa da ética, tem por origem o exemplo e muita vez nos pequenos exemplos. Exemplo: Numa família, toca-se o telefone. A mãe atende.  Pergunta-se se o senhor dos Anzóis se encontra.  -- Deixe-me ver (e o referido senhor está à mesa, à sua vista. À vista da criança de cinco anos que também observa).  A senhora retorna ao telefone e indaga sobre do que se trata? – É sobre uma duplicata. -- Está bem, vou verificar. Abafa o bocal do telefone e relata qual é o interesse e houve do marido: -- Fala que eu não estou. -- Está bem!  Responde ao telefone: -- Ele não se encontra, ligue num outro momento... A criança está atenta. O pai brada: -- Que pagar que nada, esse sujeito é um “chato”!   Possivelmente, o fato nessa casa deve se repetir por outras vezes no transcorrer dos dias, em situações variadas, com a presença do filho. Pois, até se acha vantagem demonstrar a “esperteza”.  Essa criança, salvo exceção, tem grande possibilidade de vir a copiar o desvio de conduta ética dos pais, pois tanto a mãe como o pai exemplificam a mentira, a falta de compromisso com a educação mais elementar.

Essa criança deverá vir a ser um médico, um político, um gestor público, um operador  judicial...  Como agirá quando for detentor de poder.  Será que a multidão de leis conseguirá moldá-lo numa condição moral, lídimo de conduta, capaz de gerir os interesses sociais, sem desvirtuá-los?  Pouco provável. 

A sociedade que quiser ver bem conduzido as riquezas comuns, deverá bem conduzir a educação de seus filhos.   O antídoto contra a corrupção precisa vir antes dela, deverá estar instalado na intimidade da pessoa.  Cada um se apresenta com o que tem cultivado em si mesmo –  “... onde está o teu tesouro, aí estará o teu coração” – S. Mateus, 6:21.

“Em torno de todos existe uma nuvem de testemunhas (Hebreus, XII:1); [... não temais, porque não há nada encoberto que não se deva tornar conhecido, nem oculto, que não se venha a saber.] - (S. Mateus, 10: 26); fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, ... (S. Mateus, XXII: 34 a 40); tratai todos os homens como queríeis que eles vos tratassem.  (S. Lucas, VI: 31).”

 Há dois mil anos a melhor ética está ao alcance de toda a Humanidade e teve a mais grave chancela, a crucificação de quem nada devia, apenas era o maior antídoto à corrupção; nos dias atuais não existe outro medicamento mais eficaz, o seu uso é livre, no entanto, poucos se propõem à autoaplicação de salutar terapia.  

A sociedade estertora, temos contribuição a oferecer.  Qual é o nosso quinhão?

Dorival da Silva


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Passeterapia



Restituí a saúde aos doentes...
Mateus, 10:8.


A proposta de Jesus para que os seus discípulos se aplicassem ao ministério da cura das enfermidades, que afligem as criaturas humanas, encontra suporte abençoado na terapia através dos passes.
A transmissão da energia constituída por raios psíquicos-magnéticos está ao alcance de todas as criaturas que se queiram devotar à ação do bem.
dom de curar  não constitui privilégio de ninguém, embora algumas pessoas sejam mais bem aquinhoadas dos recursos energéticos destinados a esse fim.
Desejando contribuir em favor da saúde do seu próximo, cabe ao interessado equipar-se dos recursos hábeis para o desiderato.
Inicialmente, o desejo sincero de servir torna-se-lhe fundamental para o empreendimento a que se propõe. Interessado em adquirir o conhecimento para lograr os resultados melhores, cabe-lhe conhecer a natureza humana, a constituição orgânica e os fulcros de energia no corpo físico bem como no espiritual, assim como as leis dos fluidos, desse modo, equipando-se com os elementos valiosos indispensáveis ao tentame.
Em seguida, torna-se necessária a consciência do contributo que deve oferecer, trabalhando os sentimentos da simpatia, da amizade e da compaixão, a fim de envolver o enfermo em ondas de energia favorável à sua recuperação.
Cuidados especais são-lhe imprescindíveis, tais como a higiene física e mental, mediante os hábitos superiores da oração e dos bons pensamentos, cultivando as ideias edificantes, reflexionando em páginas portadoras de conteúdos morais relevantes, para servirem de sustentáculo emocional ao equilíbrio.
A mente é a fonte geradora da energia que procede do Espírito e se transforma em ação. Todo e qualquer investimento inicia-se na sede da alma, transformando-se em ideia e corporificando-se em ato.
Pensar corretamente, cultivando os ideais do amor, da fraternidade e do bem, são a regra áurea para uma existência saudável e, portanto, para ser repartida em favor daqueles que se encontram em situação menos favorável.
Adotando atitudes morigeradas e evitando qualquer tipo de comportamento esdrúxulo ou carregado de misticismo, o passista deve manter-se sempre sereno e em condição de sintonia com os abnegados mentores do Mais Além.
A iniciativa do bem nasce no sentimento da criatura humana e encontra ressonância na Espiritualidade que, de imediato, se faz presente através de nobres Amigos dedicados ao labor da misericórdia e do progresso.
Naturalmente, à medida que o passista se afeiçoa à atividade e adquire autoconfiança, mais facilmente registrará as presenças dos nobres guias espirituais que passarão a supervisionar-lhe a tarefa, predispondo-se ao auxílio valioso com segurança por seu intermédio.
O passista é alguém que opta pelo edificante serviço de ajuda ao próximo por ocasião da sua problemática no campo da saúde. Mas, não somente pode ser útil no período de enfermidade, quanto também nos processos de revitalização de energia dos que estão mais debilitados, assim como na renovação de entusiasmo e de forças para o prosseguimento da jornada reencarnacionista.
De igual modo, favorece a solidariedade por meio da conversação edificante, do aconselhamento fraternal, ensejando, a quem necessite, diretrizes dignas para o feliz desiderato existencial.
Trabalhando-se emocionalmente e cada vez mais conscientizando-se da responsabilidade assumida, é imperioso esforçar-se para adquirir e multiplicar os bônus de energia que possa doar. Tal recurso é conseguido como decorrência natural do esforço que empreende e da dedicação ao serviço socorrista.
De bom alvitre também, ter em mente que a investidura curativa não o imuniza contra os agentes do mal, as contaminações, os desgastes, os fenômenos perturbadores, as possíveis obsessões, os transtornos do cansaço e do mal-estar...
Todo indivíduo encontra-se sujeito às intercorrências da jornada empreendida, não havendo regime de exceção, e caso houvesse daria lugar a procedimentos de injustiça nos divinos códigos, privilegiando uns em detrimento de outros.
O trabalho é o campo especial de desenvolvimento dos valores adormecidos no ser, que se agiganta na razão direta em que empreende as atividades de enobrecimento moral e espiritual, desse modo, a ginástica para o Espírito é o contínuo labor em benefício da autoiluminação.
Para bem desincumbir-se, portanto, do mister aceito espontaneamente, é necessário ao passista desfrutar de saúde, especialmente moral, tanto quanto psíquica, emocional e física, a fim de poder transmiti-la com eficiência aos necessitados que o busquem.
Sempre que experimente, porém, algum mal-estar ou qualquer outra sensação desagradável durante a operação socorrista, é justo considerar que algo se encontra desajustado nele próprio, Por certo, deve estar intoxicado pelos resíduos de vibrações negativas, por tentativas de perturbações provindas de fora, por obsessão instalando-se...
Cabe-lhe suspender de imediato o concurso fraternal e, mentalmente, em clima de calma, sem qualquer prática externa, concentrar-se, e, pelo pensamento, procurar eliminar as energias deletérias, expulsando-as das áreas em que se encontram localizadas, fazendo-as sair pelas extremidades inferiores...
Noutras circunstâncias, é de bom alvitre, antes da aplicação dos passes nos enfermos, fazê-la em si próprio através dos recursos mentais de que é portador.
A irrestrita confiança em Deus, conectando-se às Fontes da Vida, proporcionará a correta captação de forças psíquicas e fluídicas que serão transmitidas aos sofredores, auxiliando-os na necessária recuperação.
Em qualquer cometimento, portanto, de natureza espiritual, são indispensáveis o amor e a caridade como recursos transcendentes para os bons resultados do labor em desenvolvimento.
Conscientizando-se de que sempre transitará na faixa vibratória dos próprios pensamentos e atos, a manutenção dos valores otimistas e edificantes torna-se de vital significado.
Restituí a saúde aos enfermos – propôs Jesus – enfermos, que somos ainda quase todos, nEle, o Sublime Psicoterapeuta, encontramos o apoio necessário a fim de servirmos com abnegação, certos de que ao largo do tempo conseguiremos a saúde integral.
Manoel Philomeno de Miranda
Página psicografada por Divaldo Pereira Franco, 
na sessão mediúnica da noite de 19 de janeiro 
de 2009, no Centro Espírita Caminho 
da Redenção, em Salvador, Bahia.

Extraído do  site:
http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=244  

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

REENCARNAÇÃO - A LEI DO AMOR

REENCARNAÇÃO

“Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida, coxo ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.” — Jesus. (MATEUS, capítulo 18, versículo 8.)

Unicamente a reencarnação esclarece as questões do ser, do sofrimento e do destino. Em muitas ocasiões, falou-nos Jesus de seus belos e sábios princípios.
Esta passagem de Mateus é sumamente expressiva.
É indispensável considerar que o Mestre se dirigia a uma sociedade estagnada, quase morta.
No concerto das lições divinas que recebe, o cristão, a rigor, apenas conhece, de fato, um gênero de morte, a que sobrevém à consciência culpada pelo desvio da Lei; e os contemporâneos do Cristo, na maioria, eram criaturas sem atividade espiritual edificante, de alma endurecida e coração paralítico. A expressão “melhor te é entrar na vida” representa solução fundamental. Acaso, não eram os ouvintes pessoas humanas? Referia-se, porém, o Senhor à existência contínua, à vida de sempre, dentro da qual todo espírito despertará para a sua gloriosa destinação de eternidade.
Na elevada simbologia de suas palavras, apresenta-nos Jesus o motivo determinante dos renascimentos dolorosos, em que observamos aleijados, cegos e paralíticos de berço, que pedem semelhantes provas como períodos de refazimento e regeneração indispensáveis à felicidade porvindoura.
Quanto à imagem do “fogo eterno”, inserta nas letras evangélicas, é recurso muito adequado à lição, porque, enquanto não se dispuser a criatura a viver com o Cristo, será impelida a fazê-lo, através de mil meios diferentes; se a rebeldia perdurar por infinidade de séculos, os processos purificadores permanecerão igualmente como o fogo material, que existirá na Terra enquanto seu concurso perdurar no tempo, como utilidade indispensável à vida física.
Extraído da obra: Caminho, Verdade e Vida, cap. 108, Francisco Cândido Xavier/ Emmanuel, FEB


A Lei do Amor
Lázaro
Paris, 1862

            O amor resume toda a doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado. No seu ponto de partida, o homem só tem instintos; mais avança e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o amor é o requinte do sentimento.  Não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior, que reúne e condensa em seu foco ardente todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas.  A lei do amor substitui a personalidade pela fusão dos seres e extingue as misérias sociais.  Feliz aquele que, sobrelevando-se à humanidade, ama com imenso amor os seus irmãos em sofrimento! Feliz aquele que ama, porque não conhece as angústias da alma, nem as do corpo! Seus pés são leves, e ele vive como transportado fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou essa palavra divina, -- amor – fez estremecerem os povos, e os mátires, ébrios de esperança, desceram ao circo.
            O Espiritismo, por sua vez, vem pronunciar a segunda palavra do alfabeto divino. Ficai atentos, porque essa palavra levanta a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação,  vencendo a morte, revela ao homem deslumbrado o seu patrimônio intelectual.  Mas já não é mais aos suplícios  que ela conduz, e sim à conquista do seu ser, elevado e  transfigurado. O sangue resgatou o Espírito, e o Espírito deve agora resgatar o homem da matéria.
            Disse que o homem, no seu início, tem apenas instintos. Aquele, pois, em que os instintos dominam, está mais próximo do ponto de partida que do alvo. Para avançar em direção ao alvo, é necessário vencer os instintos a favor dos sentimentos, ou seja, aperfeiçoar a estes, sufocando os germes latentes da  matéria. Os  instintos são a germinação e os embriões dos sentimentos. Trazem consigo o progresso, como a bolota oculta o carvalho. Os seres menos adiantados são os que, libertando-se lentamente de sua crisálida, permanecem subjugados pelos instintos.
            O Espírito deve ser cultivado como um campo. Toda  a riqueza  futura depende do trabalho atual. E mais que os bens terrenos, ele vos conduzirá à gloriosa elevação. Será então que, compreendendo a lei do amor, que une a todos os seres, nela buscareis os suaves prazeres da alma, que são o prelúdio das alegrias celestes.  

Extraído de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. XI, item8, 43ª ed., LAKE

Nota: Juntamos as duas mensagens por serem complementares, dando-nos a idéia da justiça das reencarnações e os objetivos da vida na matéria.