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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Outra vez o amor...

Outra vez o amor... 

Quantas vezes vamos falar de amor? 

Existe uma carência muito grande de amor. Certamente porque ainda não se compreendeu o que é o amor, confunde-se com sensação. A sensação é algo limitado, passageiro, que a intervalos pode-se repetir, não exatamente igual como se deu de outra vez, tal como sentir frio ou calor, sede ou fome... O amor é sentimento, flui da alma.  

Grande parte da humanidade não sabe ser amada porque não sabe amar.  Sendo o amor um sentimento, não poderá ser colhido em nenhum outro lugar que não na intimidade da alma humana. Exala tal como o perfume da flor, está presente, existe.  

Esse sentimento surgiu com o próprio Espírito humano, é latente, se desenvolve no caminhar da existência do ser, transitando os milênios de experiências. É conquista tão importante como a inteligência, pois o resultado dessa comunhão é a lucidez, a plenitude do ser, a felicidade real.  

O perfume da flor não é aquisição exterior, está na origem; na alma é a mesma coisa, a alma que ama se ama primeiro, a virtude está intrínseca.  
Quem ama contagia os que a cerca, assim como a flor perfuma quem se aproxima.  

Almas que amam interligam-se num halo imperceptível, vivem um estado indizível, pois somente os que alcançam este estágio fruem da conquista, incompreensível aos que estão à margem. 

Amar amando-se é a meta.  Não é meta material.  Não é feminino e nem masculino. Não é sensual. É sentimento. É meta celestial. 

                                                         Dorival da Silva

domingo, 8 de dezembro de 2019

Educação no Lar


Educação no Lar

Cada dia a violência torna-se mais constante e perversa, atingindo índices insuportáveis. Todo o sentido ético da existência humana vem desaparecendo para dar lugar à agressividade, ao desrespeito aos códigos do dever e do respeito que nos devemos todos uns aos outros. As estatísticas sobre o comportamento primitivo são alarmantes, inclusive, na intimidade doméstica, na qual não vigem a consideração nem a compreensão entre pais e filhos, irmãos e demais membros da família.

O feminicídio covarde assusta e a cada dia aumenta na razão direta em que se avolumam os desequilíbrios de toda ordem, inclusive, de natureza sexual, que se fazem naturais na sociedade. A mulher, quase sempre desrespeitada, vem sofrendo tratamento incompatível com os princípios da cultura e da civilização.

Nas escolas confundem-se as más condutas de alguns mestres despreparados para o mister, assim como de alunos deseducados e cínicos que se agridem reciprocamente, assim como aos professores, especialmente femininos.

A desordem reina de maneira assustadora e as pessoas estão praticamente armadas umas contra as outras, demonstrando nas feições carrancudas os tormentos íntimos que as afligem e descaracterizam.

Sem dúvida, vivemos momentos muito graves na infeliz civilização dos nossos dias, nos quais o amor e a honra perderam o significado, estimulando os valores insensatos do aventureirismo.

Há uma necessidade urgente de reorganizar-se o lar, de voltar-se para os costumes retos e as famílias equilibradas, reconstruindo-se o ninho doméstico e tornando-o essencial para uma existência feliz.

Narra-se que oportunamente o jovem Edison entregou à genitora uma carta que o seu professor encaminhara-lhe. Indagada sobre o conteúdo, ela explicou ao filho que se tratava de uma informação na qual o professor explicava-lhe ser necessário que ela mesma educasse e instruísse o filho, por ser ele portador de inteligência brilhante e de muitos valores morais que necessitavam ser trabalhados.

Edison, o criador da lâmpada elétrica entre outros notáveis descobrimentos, sensibilizou o mundo e o deslumbrou com as suas conquistas. Após a desencarnação da mãezinha, dispôs-se a arrumar papéis e outros objetos, havendo reencontrado a carta em uma gaveta. Abriu-a e leu-a.

Tomado de surpresa, constatou que a carta dizia exatamente o contrário do que a sua mãe lera: Seu filho é um doente mental e não tem condições de frequentar a escola. Assim cancelamos sua matrícula.

A nobreza dessa senhora incomum transformara o diamante bruto em estrela luminosa que clareia o mundo até hoje.

Ninguém mais nem melhor do que os pais para serem os primeiros educadores, porque o lar é a primeira escola, no qual se corrigem as heranças morais negativas, as tendências nefastas, as paixões primitivas e mediante os exemplos de amor e de treinamento para o bem são desenvolvidos os sentimentos morais que jazem adormecidos.

O ser humano está fadado a conquistar as estrelas, mas necessita muito antes de autoiluminar-se, conhecendo as imensas possibilidades espirituais e morais que lhe jazem adormecidas no imo do ser.

Na convivência doméstica caldeiam-se as paixões que se transformam em fontes de bênçãos e de plenitude.
Divaldo Pereira Franco
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, de 28.11.2019.
Em 29.11.2019.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Volta à gentileza


Volta à gentileza

Infelizmente, as notáveis conquistas da ciência aliada à tecnologia ainda não lograram facultar ao ser humano o retorno à gentileza. Propiciaram, sim, fantásticas contribuições para o conforto e o esclarecimento de incontáveis enigmas que o vinham atormentando através dos séculos, sem, no entanto, proporcionar-lhe sentimentos que vêm desaparecendo nos relacionamentos sociais, que lamentavelmente se tornam cada vez menos frequentes.

O individualismo, que resulta de muitos instrumentos técnicos de comunicação, embora facilitando a existência, tem isolado os indivíduos no mundo de cada qual, sempre mais distante da convivência fraternal, retirando o calor da afetividade. Vai-se ficando indiferente ao contato pessoal, à conversação calorosa, ao distanciamento uns dos outros.

Pequenos gestos de gentileza vão sendo substituídos pelo silêncio e pelo aborrecimento quando o indivíduo se sente convidado à participação de qualquer atividade pessoal, exceto naqueles de interesse imediato. Diversos princípios éticos são esquecidos propositalmente e substituídos por carrancas que desanimam qualquer pessoa que deseje uma comunicação verbal agradável.

Tem-se a impressão de que se deseja distância que favoreça dificuldade de gerar trabalho ou favores não desejados.

As saudações, que demonstraram grau de cultura e civilização, vão desaparecendo, e a preocupação apenas consigo leva ao atropelamento dos outros pelos caminhos, sem a mínima preocupação de solicitar-se escusas. Os demais parecem antipáticos e se evitam novos relacionamentos, bastando-se com os jogos, os desafios e diversos recursos do iPhone.

O ser humano tem necessidade de convivência com a natureza, a flora, a fauna, os ideais de engrandecimento e a presença de outros de sua espécie. Com esse estranho comportamento, muito fácil se instalam transtornos de conduta, distúrbios emocionais e distância da beleza, da arte, da vida religiosa, do bem-estar. Surgem, então, a depressão e outras patologias afligentes.

Pessoa alguma existe que seja tão plena que não necessite de outra para relacionar-se, conviver, discutir e até mesmo discordar. O estar vivo é movimentar-se, lutar, construindo melhores situações para si próprio, para a Humanidade. Muitas pessoas vivem angustiadas pelo tempo vazio de que dispõem e passam horas queixando-se do nada fazer, de sua vida não ter sentido.
Entretanto, leituras edificantes aguardam mentes interessadas, trabalho fraternal em favor do próximo abre-se convidativo para quantos desejam honestamente ser felizes.

Os solitários vagueiam inditosos ou enchem as casas de repouso, tornando-se espectros tristes da sociedade que deles se esqueceu. Bem provável que foram eles que se olvidaram do grupo social quando eram jovens e podiam produzir fraternidade bem como edificar mundo melhor.

Mesmo neste momento de desamor e egoísmo pode-se reverter a situação, passando-se a ser solidário e iniciar novas experiências sempre enriquecedoras.

Multiplicam-se organizações de ajuda à natureza assim como à Humanidade, aguardando cooperadores. Seja você aquele que tem a coragem de voltar à gentileza e reumanizar-se, pois que ainda é tempo.










Divaldo Pereira Franco
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 16.5.2019.


domingo, 26 de agosto de 2018

Aborto em debate público. O que moralmente se conclui?


Aborto em debate público. O que moralmente se conclui?


O Supremo Tribunal Federal promoveu audiência pública nos dias 3 e 6 de agosto de 2018, coordenada pela ministra Rosa Weber, sobre a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.  Entre os expositores estão representantes do Ministério da Saúde, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), da Academia Nacional de Medicina, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Conselho Federal de Psicologia e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Houve manifestações abrangendo pessoas físicas com potencial de autoridade e representatividade, organizações não governamentais, sociedade civil e institutos específicos, além de entidades da área de saúde, institutos de pesquisa, organizações civis e instituições de natureza religiosa e jurídica.

Argumentações contrárias e favoráveis, explicações jurídicas, científicas, religiosas etc. Conquanto a magnificência do evento, em conta a grandiosidade do tema, trata-se de eliminar a possibilidade de uma existência orgânica, para a vivência e experiência material de um Espírito, circunstância regida por Lei Natural em favor da alma humana, que se quer descriminalizar pela lei transitória do homem para se comprometer grandemente por se desrespeitar a Lei Divina, a Lei da Vida.

Seja a gestação de um dia, seja de 12 semanas, em se interrompendo voluntariamente o seu curso estará interferindo na Lei que tudo rege e ninguém com o mínimo de senso poderá alegar desconhecimento de tratar-se da Lei Divina.
Moisés apresentou para a Humanidade de todos os tempos o Decálogo, em um dos seus postulados indica “não matar”, o que se conhece por Lei de Deus, e ninguém em sã consciência poderá dizer que não se refere ao ser humano.

Jesus posteriormente veio dizer a todas as Gentes, o que ecoa grandemente nos dias atuais, sendo a humanidade mais capaz de entender a mensagem, porque a inteligência geral está aumentada, as ciências evoluíram e a comunicação é instantânea, de que não veio derrogar a Lei, mas cumpri-la,  no entanto, sintetizou: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” — (Mateus, capítulo 22, versículo 39.); Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas.  (Mateus, 7:12.); Tratai todos os homens como quereríeis que eles vos tratassem.  (Lucas, 6:31.).

O bom senso diz que nenhuma lei humana, nenhuma orientação científica, nenhuma orientação religiosa pode sobrepor a Lei Natural, porque ela é permanente e não se dobra diante da instabilidade dos interesses do homem. A única possibilidade admitida é se, verdadeiramente, a mãe gestante corre risco de vida, que não poderá ser utilizado subterfúgio para se justificar diante da lei dos homens a legalidade do ato, o que só por isto seria crime.

O problema é de consciência, parece que isto não diz muito aos materialistas, que por ora têm apenas uma visão estreita da vida e julgam poder solucionar com suas canhestras convicções, apenas com base nas suas opiniões e saberes calcados no próprio materialismo, que em nada se preocupam com a condição espiritual de cada indivíduo agora e depois desta vida corporal.

Busca-se uma justificativa para descriminalizar o aborto até  12ª semana, dizendo-se solucionador de um problema de saúde pública e morte de mães em clínicas clandestinas, ou nas mãos despreparadas para a realização de tal crime com segurança, é a ação de menor esforço, porque o que se precisa é levar o esclarecimento à massa populacional sobre a vida desde a infância, ampliar o acesso à educação integral de verdade, do desafio de libertar uma quantidade enorme de gente da miséria social e da ignorância cultural, visando o planejamento familiar adequado às suas condições.

Quando se fala de consciência, é ter a lucidez de que o homem não é o corpo físico, embora precise dele para sua evolução, a vida na sua essência não é material, não se extingue com o corpo físico, ela continua depois do desaparecimento da massa carnal, porque existia antes do presente corpo e continuará a existir após ele, e a vida ressurgirá no corpo físico incontáveis vezes, em conta a lei de reencarnação.  Os senhores e senhoras que hoje defendem a descriminalização do aborto em discussão, certamente encontrarão grande dificuldade para retornar num novo corpo físico no futuro, vez que ninguém há neste mundo que não precisará retornar à vida no corpo físico e isso somente se dará com a gestação no ventre de uma mãe, em conta que trabalham para fechar a porta de retorno para o seu próximo, através do renascimento, dificultando essa via para si mesmos.  Quanta falta faz estudar e compreender a lei da reencarnação? Não é porque não acredita que a reencarnação deixa de existir,  queiram ou não estão reencarnados. É da Natureza.

Será que os defensores do aborto, postados nas justificativas colhidas em interesses governamentais, científicos, sociais ou econômicos, sabem a causa dos que nascem aleijados, com doenças graves, os que se apresentam com idiotia, má formação congênita, a frigidez nas mulheres e a impotência nos homens, a infertilidade etc. etc. Nada acontece sem uma razão e uma necessidade. Trata-se da lei de causa e efeito, também conhecida como a lei de retorno.  Se alguém nascesse com qualquer defeito, degenerescência por mínima que seja, seria uma imperfeição da natureza, o que seria uma injustiça do responsável pela criação, como o filho não é criação dos pais, que somente oferecem os recursos materiais, doando atributos genéticos, então, o único responsável seria o Criador, mas não é assim, o Criador é perfeito e suas leis são perfeitas, somente resta a responsabilidade recair sobre o próprio renascente, que se apresenta em novo corpo com as consequências de seu estado de consciência, na tentativa de oportunidade para solucionar o seu crime. Trata-se da dor da alma, do remorso, do arrependimento dos crimes que ficaram sem solução no passado e que se refletem no presente.

Ser doutor em leis, doutor em ciências, doutor em questões sociais, doutor em questões religiosas, doutor ...  doutor ... , ou não,  não dá direito a impedir o funcionamento da Lei Natural sem assumir grave responsabilidade e o infrator deverá dar solução diante da própria consciência, em qualquer tempo, pois o despertar da consciência ocorrerá em algum momento da eternidade, porque Deus é justo.

O livre-arbítrio é Lei Natural, todos tem a liberdade de se postar segundo o seu entendimento, no entanto assumirão a responsabilidade do que se der, o que for virtuoso trará consequências boas e ajudará no progresso particular e coletivo, se se trata de negativas, mas sem premeditação,  terá suas consequências e servirá de aprendizado, no entanto, os erros premeditados, sabendo que é crime, terá desfecho danoso, imediato, ou, ainda, quando houver o despertamento que afetará de pronto a consciência dos envolvidos, de resgate obrigatório em algum tempo, certamente em vida ou vidas posteriores, vez que quase nunca é possível a solução na vida em que se deu o crime.

Os Benfeitores Espirituais lecionam: “A semeadura é livre, no entanto, a colheita é obrigatória”.

O ser humano, ciente de que é um Espírito e sua vida não terá fim, tem o dever de lutar pela vida, pois está cuidando de outras vidas que também não terão fim, que formam a família universal e para isso foram criados. Não é difícil deduzir que Deus espera de cada ser humano o trabalho de  cocriação na evolução da Humanidade e não a destruição da ferramenta evolutiva que disponibiliza a favor do próprio homem.

A vida em primeiro lugar! 

                                                                       Dorival da Silva.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Fim do Mundo, quem se preocupa com isto?!



Fim do Mundo, quem se preocupa com isto?!

Certamente todos que estão atentos com a vida se preocupam com o tal fim do mundo. Diante de fatos que se apresentam nos noticiários sobre mandatários que atacam outros mandatários em escala mundial, terrores que destroem vidas em nome de divindade, armas mortíferas existentes em todas as partes armando mãos que matam e desestruturam a sociedade de diversos países. Os elementos poluidores da atmosfera que se faz irrespirável, da água que mesmo tratada se toma com desconfiança, dos alimentos que estão contaminados com defensivos e outros recursos para a “melhoria da produção”, do consumo desenfreado de tudo. 

E o que pensar dos comportamentos esdrúxulos da sociedade, a título de liberdade, faz-se o que quer ou acha-se no direito de fazer o que pensa que pode, pois ninguém o impede, é a hipocrisia!  Aceita-se a libertinagem como se liberdade fosse.  

Estamos num país continental chamado Brasil, que também se chamou Terra de Santa Cruz, considerado o maior País Cristão.  No entanto, os fatos mostram uma “terra arrasada”, embora a riqueza do país, a beleza de suas paisagens, há dores em muitas partes, são as escolas e alunos sofridos, são as filas nos hospitais, corredores que servem de estacionamento de macas e cadeiras de roda apoiando gementes e acompanhantes aflitos pela demora do atendimento ou do não-atendimento; médicos, enfermeiros, professores e pais atormentados pelo desejo de atender as necessidades básicas da vida.  Levando o olhar para o outro lado vê-se cadeias e penitenciárias abarrotadas, se são criminosos, de diversos níveis, são seres humanos, mas são tratados desumanamente, se precisam de educação para reinserir-se na sociedade, oferece-se a escola da criminalidade mais soez, que se reproduzirá indefinidamente, perturbando a vida social que se equilibra na possibilidade de normalidade; é a sociedade carcomida. 

Por outro lado, a estatística publicada a alguns dias informa que a cada cinco crianças que nascem um é filho de adolescente e há relato de que mais de cinquenta por cento dos brasileiros sabe de pelo menos uma mulher que provocou aborto.  Então vejamos, o tamanho do problema existente somente neste País. 

E o fim do Mundo? Possivelmente haverá convulsões telúricas, porque de tempos em tempos elas ocorrem para acomodar as alterações provocadas pelo tempo, pelas extrações minerais e vegetais e as do uso. Esses termos, fim dos tempos, fim do Mundo, não se trata propriamente do término físico das coisas, mas, sim, a chegada de uma Nova Era, que corresponde a uma nova realidade espiritual do Planeta. Fim do Mundo moral desgastado, impróprio para a continuidade do aprimoramento dos que se elegeram para a sua permanência. Como o Espírito Humano muda de categoria evolutiva o ambiente de vivência também acompanha se melhorando de forma condizente com seus habitantes, pois estes que influenciam. 

Parece um contrassenso, mas é questão de entendimento, nada na Natureza, no aspecto amplo do desenvolvimento, acontece abruptamente, nem no campo material e nem no campo moral.  A Lei Natural dá oportunidades inúmeras para que os Espíritos ligados à Terra se ajustem à normalidade e se harmonizem com a Lei da Vida; quando isto não é mais possível, dada a rebeldia e a recrudescência no mal, são transladados para outro Mundo em início civilizatório, lá encarnando, como oportunidade de aprendizado e cooperação com a Lei Divina, que rege todos os Mundos.  Assim, gradativamente, o Planeta Terra vai se aliviando daqueles que não se esforçam pela mudança para melhor e, ao mesmo tempo, vai recebendo o nascimento de outros espíritos melhores, que aguardam no Mundo Espiritual ou que vêm de outros Orbes planetários melhorados. 

Considerando essa condição evolutiva e como aponta Allan Kardec, quando no Mundo a massa de Espíritos melhores (aqui entendo de toda a Humanidade vinculada ao Planeta – que são os encarnados e os desencarnados, em conta que todos influenciam na qualidade de vida da Terra) superar os que preferem a permanência no mal e com a ausência dos que tenham esgotado as suas possibilidades de permanecer nesse Planeta, em conta a incompatibilidade vibratória, então se perceberá a renovação da Vida Planetária. É a Nova Era, o Mundo regenerado, e o fim do Mundo de imoralidade e maldade.

                                                         Dorival da Silva

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Amadurecimento espiritual


Amadurecimento espiritual

          O Espírito Humano, viajor no tempo que não tem fim, sendo de sua responsabilidade a qualidade da viagem e o aproveitamento das possibilidades a seu favor.

        A viagem terá mais ou menos dificuldades de acordo com o estágio evolutivo. Poderá atrasar-se indefinidamente em situação de sofrimento, perturbação, revolta...  Caberá a si mesmo a modificação do estado em que se encontrar.

        A meta para todos é o estado de paz e felicidade; essa conquista é pessoal.  Conquanto depender das relações coletivas, o desenvolvimento é individual, o que quer dizer que o coletivo é o resultado das qualidades individuais.   

        A existência de boa convivência familiar configura melhores possibilidades em sociedade.  As experiências bem-sucedidas promovem a confiança e a segurança nas ações de progresso.  As experiências de resultados negativos, se superadas as causas e as consequências, mostram que os sofrimentos não compensam, apesar de serem lições, deixam suas marcas.

        Prestar atenção na vida, o que corresponde a meditar nas decisões e ações a serem encetadas no roteiro existencial, favorece sobremaneira o amadurecimento espiritual, pois, procura-se antever os resultados e as consequências.

        Toda ação proporcionará resultado positivo ou negativo, contra o próprio ou a outrem, ou a ambos, com consequências que poderão se desdobrar em questões materiais e emocionais, quase sempre as vinculando.

        Os problemas materiais podem ser resolvidos facilmente se os reflexos emocionais permitirem. Assim os problemas gerados pelas ações levadas a efeito com irresponsabilidade desdobram no campo espiritual ligando os indivíduos pelo ressentimento, ódio, mágoa, desejo de vingança...

        Quando a ação é labor no bem, isto gera vibrações de alegria, de agradecimento, que perduram no tempo, somando-se com outras de mesmo teor, formando um patrimônio sustentador da paz e felicidade.

        O amadurecimento espiritual não acontece num átimo de tempo, nem numa ação fortuita. Essa estrutura espiritual é obra de vivências, da compreensão da necessidade do equilíbrio, da temperança diante das circunstâncias da vida, ponderações diante das próprias ações, como das dos demais que rumam no caminho evolutivo.

        O ninho familiar é o grande laboratório de amadurecimento, para os que se acham na condição de filhos, como de pais. Na família forma um caldo vivencial, conquanto entrelaçados os seus elementos, permanecem individualizados, cada um acolhendo a experiência com os sentimentos que lhe é possível, diante da elevação moral e intelectual que lhe é própria. Nenhum dos componentes é perfeito, embora cada elemento se encontre num patamar evolutivo único, apesar da proximidade evolutiva entre si.

        O contributo da mensagem de Jesus amplia em muito o amadurecimento espiritual, vez que traz entendimento para as dificuldades que se deparam no correr da vida. Jesus faz a ligação entre a vida material e a vida espiritual. Reporta-se aos sofrimentos e aflições da alma humana nos contextos da existência, mas esclarece que há libertação dos males, num novo contexto de vida, no campo espiritual.

        Somente os rebeldes e os renitentes permanecem em sofrimento até que se autorizem sinceramente à modificação do seu estado, contornando o orgulho, o egoísmo... Aplicando na sua existência as regras do bem-viver, respeitando a si mesmo e ao próximo.

        A Doutrina Espírita que veio na condição de “terceiro revelador”, dando complemento as revelações de Moisés e as de Jesus, sendo promessa do próprio Cristo, vem dar mais luz ao entendimento naquilo em que não pôde fazer, em conta as condições intelectuais e morais dos homens de sua época.

        Essa terceira revelação, o Espiritismo, demonstra fatos relevantes para o aprimoramento do Espírito Humano, pois lança luz a infinitas indagações, principalmente sobre a continuidade da vida após a morte do corpo físico, aí, o codificador do espiritismo, Sr. Allan Kardec, faz, com a ajuda dos Espíritos, um raio X do mundo espiritual.  A Doutrina Espírita não é obra de uma pessoa, o Sr. Kardec foi o organizador, na qualidade de pedagogo, oferecendo contribuição da sua condição de homem culto e sábio de seu tempo, no entanto, é obra dos Espíritos evoluídos, que no tempo determinado por Jesus, veio fazer fluir através da Espiritualidade Maior, àquilo que já existia no Mundo, através das religiões, dos profetas, das filosofias, das ciências, dos saberes populares, no entanto estavam esparsos, sendo tudo juntado e organizado, formando uma Nova Ciência, uma Nova Filosofia,  com consequências morais – Nova Religião, mas sem hierarquia, sem cerimônias, tendo como fundo a religação do homem a Deus, pelos laços da inteligência, da fé racionada e da moral.

        Todos os esforços para o amadurecimento espiritual é aproximar-se de Deus, o que quer dizer, adentrar à plenitude da vida, quando as influências materiais estarão vencidas.


                                                  Dorival da Silva