quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Nossos deveres

Nossos deveres

A partir da ciência que tenhamos das Supremas Leis de Deus e da consciência que guardemos da importância em vivenciá-las, será menos difícil identificar quais são os nossos deveres no seio da vida terrena.

Se pensarmos na sociedade à qual estamos ajustados, serão deveres nossos o trato da boa convivência, o respeito às leis constituídas, a participação consciente nos labores dedicados ao progresso comum, e assim por diante.

Se frenteamos a questão da liberdade, cabe-nos admitir a chance de aplicar as benesses dessa liberdade em favor da alforria da alma, liberando-nos dos condicionamentos retrógrados como preconceitos e animosidades, além de reconhecer que os outros também devem experimentar essa mesma oportunidade, estabelecendo, então, que o limite da nossa é a liberdade do semelhante.

Se considerarmos o progresso, serão deveres nossos a identificação da importância de desenvolver não somente as coisas relativas ao homem corporal, mas, primordialmente, aquelas condizentes com o ser imortal, caminhante consciente da evolução. Cabe-nos ativar o progresso de tudo o que constitua valor para a alma perene, independentemente de onde haja surgido, uma vez que Jesus tem servidores grandiosos em todos os escaninhos da Humanidade.

Se tratarmos da adoração a Deus, cumpre-nos realizar o esforço de amadurecer concepções, rever como estão as nossas relações com o Criador, afastando-nos tanto do fanatismo, gerado pela ignorância presunçosa, quanto do pieguismo, que representa a ignorância acomodada.

Nossos deveres no mundo, diante da Divina Consciência, refletirão sempre a nossa maior disposição de aprender e servir, deverão demonstrar sempre a nossa capacidade de pensar e espalhar o bem, indicando a nossa maior integração com a harmonia das proposições do Senhor.

Procuremos pensar no dever não como uma cruz, que espezinha e pesa, mas, sim, como uma vestimenta confortável e bela, à qual vamos acrescentando rendas e luzes, na medida em que desenvolvamos maior condição de cumpri-lo sem dor, sem amargura, sem frustrações, mas com os júbilos de quem se supera e não aguarda a imposição dos sofrimentos, das pressões provacionais para executá-lo.

Nossos deveres bem atendidos representarão a nossa maioridade espiritual, que nos abre as portas ao Grande Reino pelo qual anelamos há milênios.

Rosângela C. Lima
Psicografia de Raul Teixeira, em 25.02.2001, na Fazenda Recreio, em Pedreira - SP.
Publicada no Jornal Mundo Espírita em julho de 2001.
Em 16.01.2012.

Mensagem extraída  do endereço: 
http://www.raulteixeira.com.br/mensagens.php?not=308

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Flexibilidade

Flexibilidade

Todo comportamento extremista responde por danos imprevisíveis e de lamentáveis consequências, por se sustentar na intolerância e no desrespeito à inteligência e ao discernimento dos demais. 
A consciência equilibrada busca sempre o comportamento mais saudável, expressando-se de maneira gentil, mesmo nas circunstâncias mais severas e afligentes. 
A flexibilidade é medida de cometimento edificante pela faculdade de compreender a postura do outro, aquele que nem sempre sabe expressar-se ou agir como seria de desejar, mas, nada obstante, pensa e tem ideias credoras de respeito e de consideração, que devem ser levadas a sério. 
 Quando se assume uma atitude de dureza, destrói-se a futura floração do bem, porque nenhuma ideia é irretocável de tal maneira que não mereça reparo ou complementação, e diversas mentes elaborando programas são mais eficazes do que apenas uma. 
Ademais, essa imposição representa alta presunção decorrente da vaidade de se deter o conhecimento total ou mesmo a verdade plena. 
 Quando se age dessa maneira, gera-se temor e animosidade por se bloquear as possibilidades dos demais, igualmente portadores da faculdade de pensar, de discernir. 
Uma atitude flexível contribui para o somatório das realizações dignificantes que são confiadas a todos. 
 Não obstante reconhecer o equívoco da mulher surpreendida em adultério, o Mestre foi-lhe flexível, dando-lhe nova oportunidade, embora não concordando com a sua conduta desrespeitosa aos estatutos morais e legais. 
Entre dois ladrões no momento extremo, solicitado por um deles, que se arrependera de existência de erros, concedeu-lhe a bênção da esperança de que também alcançaria o paraíso. 
Obras expressivas e honoráveis de serviço social e de edificações do bem no mundo soçobram e desaparecem em ruínas, quando alguns dos seus membros apresentam-se detentores de inflexibilidade em suas proposituras e comportamentos diários. 
A harmonia do conjunto exige que todos contribuam com a sua parte em favor do equilíbrio geral, mesmo que ceda agora, a fim de regularizar no futuro. 
Se alguém discorda e mantém-se inflexível na sua óptica ocorre o desastre no grupo, que se divide, dando lugar a ressentimentos e queixas, amarguras e dissabores. 
Assevera milenária sabedoria oriental que a floresta exuberante cresce em silêncio e discrição, mas quando tomba alguma árvore é com estrondo que o faz, como a significar que o bem, o lado edificante de tudo, acontece com equilíbrio, enquanto a queda, a destruição, sempre se dá de maneira ruidosa e chocante. 
Todo grupamento humano necessita do contributo valioso da tolerância, da paciência, da compreensão. 
A prepotência é geradora de desmandos e tormentos incalculáveis, que poderiam ser evitados com um pouco de fraternidade. 
Sê flexível, mesmo que penses diferente, que tenhas ideias próprias, felizes, facultando aos outros também serem ouvidos e seguidos.
 
*   *   *
No vendaval, a árvore que não deseja ser arrancada verga-se, para depois retornar a postura. Se pretender manter-se ereta, sofrerá a violência que a derrubará na sucessão das horas. 
O bambu é um dos mais belos exemplos de flexibilidade, pois que se recurva, submete-se com facilidade às imposições que lhe são dirigidas, sem arrebentar-se, mantendo-se vigoroso.
Consciente das responsabilidades que te dizem respeito, não te imponhas pela rigidez. Os teus valores morais serão a tua identificação e o cartão de crédito da tua existência. 
Estás convidado a servir, não a estabelecer diretrizes estritas para os outros, especialmente se te encontras servindo na Seara de Jesus, que sempre te proporciona chances novas, mesmo quando malbarataste aquelas que te foram anteriormente concedidas. 
Fácil é ser inflexível para com o próximo e difícil é submeter-se a situação equivalente, quando se altera a circunstância e mudam-se os padrões apresentados. 
Dialogando, ouvindo e abrindo-se novos conceitos e proposituras, adquire-se a faculdade da gentileza, indispensável ao êxito de todo e qualquer empreendimento humano. 
No dia a dia da existência sempre ocorrem fenômenos inesperados, que alteram a programação mais bem estabelecida, exigindo mudanças de rumo, formulações novas e necessárias.
 
O imprevisto é uma forma de intervenção das leis soberanas, ensejando diferente opção para o comportamento saudável. 
Não sejas, desse modo, aquele que cria embaraços, embora as abençoadas intenções de que te encontras revestido. 
Todos são úteis numa equipe e importantes no conjunto de qualquer realização.
 
Sê, portanto, dócil e acessível, porque sempre há alguém mais adiante, portador de aspereza que, com certeza, suplantará a tua. 
Nunca sentirás prejuízo por ceder em favor do bem comum, da ordem geral, abrindo espaço para outras experiências e atitudes.
 
*   *   *
A flexibilidade é dileta filha do amor, que se expande e enriquece a vida com esperança e paz. 
Todos aqueles que se fizeram temerários e se impuseram não fugiram de si mesmos, do envelhecimento, das enfermidades, da desencarnação. 
Pacientemente e com flexibilidade, Jesus espera por ti e te inspira sem descanso. 
Medita e age conforme gostarias que assim procedessem em relação a ti.
 
Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão
mediúnica de 26 de setembro de 2012, no Centro Espírita
Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia

Extraída do endereço eletrônico: .http://www.divaldofranco.com/mensagens.php?not=316

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Súplica de Amor



Súplica de Amor

Tu, que nos convidaste para o banquete da Boa Nova, embora não dispuséssemos da túnica nupcial, aceitamos a invitação, e aqui estamos.

Tu, que nos convidaste para trabalhar na Tua vinha, embora não tivéssemos condições hábeis para o bom serviço, e assim mesmo nos aceitaste.

Tu, que nos foste buscar perdidos no abismo, depois que tresmalhamos do Teu rebanho, e a ele retornamos.

Tu, sublime amigo dos desventurados, que nunca Te cansaste de chamar-nos ao seio da Tua misericórdia, em nome de Deus, e sempre acompanhas o nosso sucesso dominado pela compaixão, novamente abres os Teus braços, para que repousemos no Teu regaço.
Jesus!
Temos sede de paz.

Anelamos pelo encontro com a saúde integral que somente existe no Teu afável coração.

Permite que, deste conúbio em que desces até nós, e nos mimetizas com as Tuas energias santas, possamos representar-Te em qualquer lugar por onde deambulemos, dizendo a todos que somos os Teus discípulos, fracamente fiéis, carregando o madeiro das próprias aflições.

Jesus, Tu que nos amas, ajuda-nos a aprender a amar, de tal forma que a Tua presença em nós anule a dominação arbitrária das nossas paixões, e sejas Tu a dominar-nos interiormente, como um dia penetraste no Teu discípulo, o cantor das gentes, por intermédio de quem passaste a cantar a Tua mensagem.

Segue conosco Senhor, e ajuda-nos a conquistar o nosso mundo interior para que o Teu reino se estabeleça em nós, e se prolongue por toda a Terra.
Filhos da alma!

Eia, agora! Não depois, nem amanhã, nem mais tarde. O processo de transformação  íntima deve começar neste instante, sem recidivas no mal, sem retorno às situações embaraçosas e perturbadoras. O Mestre conta conosco na razão direta em que contamos com Ele.

Que brilhe, portanto, em nós, a luz que vem dEle, apagando por completo a treva teimosa que permanece nas paisagens do nosso coração.

Bezerra.
Mensagem psicofônica, recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco,
no encerramento da sua palestra na noite de 2 de agosto de 2012, no Grupo
Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, Brasil.
Em 18.1.2013.

Mensagem extraída  do site: http://divaldofranco.com/mensagens.php?not=315

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Jesus expulsa uma legião de demônios e estes entram numa manada de porcos.

Postamos a página abaixo considerando que os apontamentos e os argumentos formam a resposta mais precisa sobre o tema narrado no Evangelho de Mateus, 8:28 a 8:34, de nosso conhecimento.  Entendemos que muitas pessoas gostariam de encontrar elucidação tão lógica, calcada em argumentação lúcida. Pelo que agradecemos ao Diretor de Redação da Revista Eletrônica "O Consolador", Sr. Astolfo O. de Oliveira Filho, que, com grande fidelidade aos Postulados Espíritas, elabora as respostas em esclarecimentos aos seus leitores. 
Dorival da Silva
http://www.oconsolador.com.br/ano6/294/oespiritismoresponde.html
O Espiritismo responde
Ano 6 - N° 294 - 13 de Janeiro de 2013
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
BLOG
ESPIRITISMO SÉCULO XXI

 Uma leitora nos pergunta se nos estudos publicados em nossa revista já foi editada alguma matéria que tenha abordado a passagem em que Jesus expulsa uma legião de demônios e estes entram numa manada de porcos. “Gostaria de entender melhor essa citação”, diz-nos a leitora.

O relato bíblico é narrado no Evangelho de Mateus, 8:28 a 8:34. Ei-lo de forma resumida:
Dois endemoninhados, saindo dos túmulos, vieram ao encontro de Jesus e protestaram, em altos gritos: “Que temos nós contigo, Filho de Deus? vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?” Perto dali, pastava uma grande manada de porcos. Os demônios rogavam-lhe: “Se nos expeles, envia-nos para a manada de porcos”. Disse-lhes Jesus: “Ide”. Tendo eles saído, passaram para os porcos. Toda a manada precipitou-se pelo declive no mar e, então, os porcos se afogaram. Os pastores fugiram e foram à cidade, onde contaram o que havia acontecido. Então a cidade toda saiu ao encontro de Jesus e, ao vê-lo, o povo rogou-lhe que se retirasse de suas terras.

No livro A Gênese, cap. XV, item 34, Kardec fez ligeiras observações sobre o assunto. Eis o que ele escreveu:
“O fato de serem alguns maus Espíritos mandados meter-se em corpos de porcos é o que pode haver de menos provável. Aliás, seria difícil explicar a existência de tão numeroso rebanho de porcos num país onde esse animal era tido em horror e nenhuma utilidade oferecia para a alimentação. Um Espírito, porque mau, não deixa de ser um Espírito humano, embora tão imperfeito que continue a fazer mal, depois de desencarnar, como o fazia antes, e é contra todas as leis da Natureza que lhe seja possível fazer morada no corpo de um animal. No fato, pois, a que nos referimos, temos que reconhecer a existência de uma dessas ampliações tão comuns nos tempos de ignorância e de superstição; ou, então, será uma alegoria destinada a caracterizar os pendores imundos de certos Espíritos”.

Corroborando o pensamento de que os Espíritos “não entraram” efetivamente nos corpos dos porcos, mas simplesmente os assustaram, fato que os levou a precipitar-se no mar, Irvênia Prada, em palestra realizada no dia 10 de setembro de 2011 em São Bernardo do Campo-SP, ao tratar do tema percepções anímicas dos animais, reproduziu o seguinte comentário assinado pelo Espírito de Erasto:
"É certo que os Espíritos podem tornar-se visíveis e tangíveis aos animais e, muitas vezes, o terror súbito que eles denotam, sem que lhe percebais a causa, é determinado pela visão de um ou de muitos Espíritos, mal-intencionados com relação aos indivíduos presentes, ou com relação aos donos dos animais. Ainda com mais frequência vedes cavalos que se negam a avançar ou a recuar, ou  que empinam diante de um obstáculo imaginário. Pois bem! tende como certo que o obstáculo imaginário é quase sempre um Espírito ou um grupo de Espíritos que se comprazem em impedi-los de mover-se. Lembrai-vos da mula de Balaão que, vendo um anjo diante de si e temendo-lhe a espada flamejante, se obstinava em não dar um passo. É que, antes de se manifestar visivelmente a Balaão, o anjo quisera tornar-se visível somente para o animal”. (O Livro dos Médiuns, cap. XXII, item 236.)

Na sequência da palestra, Irvênia Prada disse que por este relato de Erasto e pela observação de muitas pessoas quanto ao comportamento sugestivo de seus animais é possível concluir que os animais têm, sim, a capacidade de perceber a presença espiritual, como certamente se deu no caso da manada de porcos que se precipitou no mar e se afogou. Dessa forma, é provável que, no mencionado episódio, os chamados “demônios” (Espíritos muito necessitados) não propriamente “entraram” nos porcos, mas a eles dirigiram sua necessidade de vampirização de fluido vital, de modo que os animais “perceberam”, “sentiram” as características de suas pesadas vibrações e se "descontrolaram”.

A palestra de Irvênia Prada a que nos referimos é mencionada na reportagemEvidências científicas da vida espiritual publicada em nossa revista no dia 18/9/2011. Eis o link que remete o leitor ao seu conteúdo:http://www.oconsolador.com.br/ano5/227/especial2.html

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Depressão: na periferia do assunto

Crônicas e Artigos
Ano 6 - N° 294 - 13 de Janeiro de 2013


RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)



Depressão: na periferia do assunto

“A depressão é semelhante à noite inopinada em pleno dia. É nuvem ameaçadora que tolda o sol. É tóxico que envenena lentamente as mais belas florações do ser.” – Joanna de Ângelis.

A revista VEJA, edição 2297 de 28 de novembro de 2012, traz uma reportagem de capa intitulada DEPRESSÃO – A PROMESSA DE CURA. No interior da revista, às páginas 152 a 159, encontramos uma reportagem com uma análise da utilização de uma substância anestésica – cetamina – como uma nova arma para o combate à depressão.

Como todos os interessados no assunto já conhecem, não podemos confundir os momentos de tristeza normais perante determinados fatos, tais como, a perda de um ente querido, um plano muito desejado que seja frustrado, uma determinada enfermidade temporária que nos atinja interferindo na nossa rotina, com a doença depressiva. Os momentos de tristeza passageiros não traduzem essa última exatamente porque nela – doença depressiva – a amargura permanece por período indeterminado, sendo capaz de grandes tragédias – o suicídio – quando não devidamente tratada. A doença depressiva atinge a elevada cifra de 20% da população mundial. De 30 a 40% dos pacientes não encontram alívio algum com os recursos terapêuticos desenvolvidos até hoje. E é aí que entra a nova tentativa com essa substância utilizada em anestesia humana e no animal, a cetamina. Da utilização em soldados americanos na década de 60, na guerra do Vietnã, a alucinógeno ilícito nos anos 90, acena-se com ela uma nova possibilidade de tratamento da depressão. O grande problema é que, seja qual for a medicação em uso, ela visa sempre ao efeito que se estampa no corpo físico, não atingindo a causa que está no Espírito imortal com as suas mazelas morais não resolvidas. Discutem a periferia do problema e ignoram o centro, exatamente como quem fala do efeito acreditando tratar-se da causa.

Recorramos a Joanna de Ângelis: “A nostalgia reflete evocações inconscientes, que parecem haver sido ricas de momentos felizes que não mais se experimentam. Pode proceder de existências transatas do Espírito, que ora as recapitula nos recônditos profundos do ser, lamentando, sem dar-se conta, não mais as fruir; ou de ocorrências da atual.

A depressão é sempre uma forma patológica do estado nostálgico.

A depressão é acompanhada, quase sempre, da perda da fé em si mesmo, nas demais pessoas e em Deus... Os postulados religiosos não conseguem permanecer gerando equilíbrio, porque se esfacelam ante as reações aflitivas do organismo físico. Não se acreditar capaz de reagir ao estado crepuscular caracteriza a gravidade do transtorno emocional.

Do mesmo modo, a depressão tem a sua repercussão orgânica ou vice-versa. Um equipamento desorganizado não pode produzir como seria de desejar. Assim, o corpo em desajuste leva a estados emocionais irregulares, tanto quanto esses produzem sensações e inarmonias perturbadoras na conduta psicológica.

A situação se torna mais grave quando se acerca de uma idade especial, 35 ou 40 anos, um pouco mais, um pouco menos, e lhe parece que não conseguiu o que anelava, não se havendo realizado em tal ou qual área, embora noutras se encontre muito bem. Essa reflexão autopunitiva dá gênese a um estado depressivo com indução ao suicídio”. (Da obra: Amor, imbatível amor.)

Enquanto as medicações mais variadas percorrem o corpo físico na tentativa de solucionar o problema da depressão como de outras patologias graves, a consciência endividada cobra a si mesma a reparação do desequilíbrio em que alguém foi lesado. E sempre que lesamos a outrem recebemos o efeito bumerangue do mal praticado por livre e espontânea vontade. A consciência registra o fato e o submete ao porão do inconsciente acreditando ter deletado o fato criminoso. Nas futuras existências, por razões variadas, desse porão escapam fragmentos dos desequilíbrios praticados que passam a minar os dias daquela existência nova no corpo, mas velha em Espírito necessitado de obedecer ao alerta longínquo: vá e não peques mais. É o homem velho visitando o homem novo como o visitante não desejável, mas impossível de ser impedido. A nova substância em estudo – a cetamina – será a solução definitiva? Não acreditamos. Representará um curativo com gaze nova em feridas velhas. Feridas profundas abrigadas na consciência enferma perante si mesma. A cura definitiva de todo e qualquer mal que traga a dor ao ser imortal permanece nos ensinamentos que reverberam através dos séculos passados e dos tempos vindouros Daquele que estará conosco até a consumação dos séculos...


Extraída da Revista "O Consolador", no endereço:
http://www.oconsolador.com.br/ano6/294/ricardo_forni.html

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Doutrina Espírita



Doutrina Espírita

 

Toda crença é respeitável.

No entanto, se buscaste a Doutrina Espírita, não lhe negues fidelidade.

Toda religião é sublime.

No entanto, só a Doutrina Espírita consegue explicar-te os fenômenos mediúnicos em que toda religião se baseia.

Toda religião é santa nas intenções.

No entanto, só a Doutrina Espírita pode guiar-te na solução dos problemas do destino e da dor.

Toda religião auxilia.

No entanto, só a Doutrina Espírita é capaz de exonerar-te do pavor ilusório do inferno, que apenas subsiste na consciência culpada.

Toda religião é conforto na morte.

No entanto, só a Doutrina Espírita é suscetível de descerrar a continuidade da vida, além do sepulcro.

Toda religião apregoa o bem como preço do paraíso aos seus profitentes.

No entanto, só a Doutrina Espírita estabelece a caridade incondicional como simples dever.

Toda religião exorciza os Espíritos infelizes. No entanto, só a Doutrina Espírita se dispõe a abraçá-los, como a doentes, neles reconhecendo as próprias criaturas humanas desencarnadas, em outras faixas de evolução.

Toda religião educa sempre.

No entanto, só a Doutrina Espírita é aquela em que se permite o livre exame, com o sentimento livre de compressões dogmáticas, para que a fé contemple a razão, face a face.

Toda religião fala de penas e recompensas.

No entanto, só a Doutrina Espírita elucida que todos colheremos conforme a plantação que tenhamos lançado à vida, sem qualquer privilégio na Justiça Divina.

Toda religião erguida em princípios nobres, mesmo as que vigem nos outros continentes, embora nos pareçam estranhas, guardam a essência cristã.

No entanto, só a Doutrina Espírita nos oferece a chave precisa para a verdadeira interpretação do Evangelho. 
Porque a Doutrina Espírita é em si a liberalidade e o entendimento, há quem julgue seja ela obrigada a misturar-se com todas as aventuras marginais e com todos os exotismos, sob pena de fugir aos impositivos da fraternidade que veicula.

Dignifica, assim, a Doutrina que te consola e liberta, vigiando-lhe a pureza e a simplicidade, para que não colabores, sem perceber, nos vícios da ignorância e nos crimes do pensamento.

«Espírita» deve ser o teu caráter, ainda mesmo te sintas em reajuste, depois da queda.

«Espírita» deve ser a tua conduta, ainda mesmo que estejas em duras experiências.

«Espírita» deve ser o nome de teu nome, ainda mesmo respires em aflitivos combates contigo mesmo.

«Espírita» deve ser o claro adjetivo de tua instituição, ainda mesmo que, por isso, te faltem as passageiras subvenções e honrarias terrestres.

Doutrina Espírita quer dizer Doutrina do Cristo. E a Doutrina do Cristo é a doutrina do aperfeiçoamento moral em todos os mundos.

Guarda-a, pois, na existência, como sendo a tua responsabilidade mais alta, porque dia virá em que serás naturalmente convidado a prestar-lhe contas. 


Do cap. 80 do livro Religião dos Espíritos, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

Extraída da Revista Eletrônica "O Consolador", no endereço:
http://www.oconsolador.com.br/ano6/293/emmanuel.html

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Aprendendo com André Luiz: 30 Ensinamentos sobre a Vida Espiritual

Crônicas e Artigos
Ano 5 - N° 205 - 17 de Abril de 2011



LEONARDO MARMO MOREIRAleonardomarmo@gmail.com  
São José dos Campos, SP (Brasil)
 

Aprendendo com André Luiz: 30 Ensinamentos sobre
a Vida Espiritual


O extraordinário autor espiritual André Luiz fornece muitas informações valiosas que ilustram, reforçam e desdobram os conceitos imorredouros estabelecidos pela falange de “O Espírito da Verdade”, através da Codificação do grande mestre lionês, Allan Kardec. Dentre os diversos campos que recebem valiosas contribuições de André Luiz, a compreensão sobre a Vida Espiritual, em suas diversas manifestações, e suas implicações sobre os indivíduos encarnados constitui um dos tópicos marcantes. De fato, o Benfeitor Espiritual Emmanuel, ao prefaciar a obra “Nosso Lar” tem ocasião de afirmar “... de há muito desejamos trazer ao nosso círculo espiritual alguém que possa transmitir a outrem o valor da experiência própria, com todos os detalhes possíveis à legítima compreensão da ordem que preside o esforço dos desencarnados laboriosos e bem-intencionados nas esferas invisíveis ao olhar humano, embora intimamente ligadas ao planeta...”.
A seguir, é compilada uma breve e singela seleção de informações extraídas da Série “A Vida No Mundo Espiritual”, apresentando a citação de pelo menos uma obra que aborda o tópico com significativa ênfase. Tal síntese representa um estudo preliminar e, principalmente, uma ferramenta motivacional para que todos nós aprofundemos a leitura e o estudo do estupendo conteúdo legado por André Luiz através da mediunidade inolvidável de Francisco Cândido Xavier.
1)    As habilidades e conquistas específicas dos Mentores Espirituais variam muito de Espírito para Espírito. Porém, há uma unanimidade. Não existe Mentor Espiritual que não trabalhe muito e não existe evolução sem trabalho. Tal inferência remete-nos à frase que André Luiz utiliza para representar toda a obra “Nosso Lar”, a qual se encontra exarada na folha de rosto do referido livro: “Quando o Servidor está pronto, o serviço aparece”, que é uma espécie de paráfrase do conhecido ensino oriental “Quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece”. Vale lembrar-se de “O Livro dos Espíritos”: “Trabalho é toda ocupação útil”. (NOSSO LAR.)
2)     Não conseguimos fingir evolução espiritual quando estivermos na erraticidade, pois nossos pensamentos são detectados com facilidade pelos mentores espirituais. Várias vezes André Luiz pensa enunciar uma interrogação e os mentores respondem sem que ele pronuncie quaisquer palavras, evidenciando que eles liam os pensamentos de André com muita facilidade. Ademais, a vibração espiritual emitida pelo indivíduo em desequilíbrio espiritual é facilmente detectada por Espíritos que estiverem um pouco mais equilibrados. (NOSSO LAR; OS MENSAGEIROS; NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE; E A VIDA CONTINUA...)
3)    As barreiras fluídico-magnéticas são uma realidade em todos os ambientes, e é sempre mais fácil para o Espírito mais evoluído atingir a esfera de atuação do Espírito mais atrasado do que o contrário. Isto ocorre porque as barreiras atuam sobre determinada faixa de densidade perispiritual, sendo que o Espírito que se encontra em nível mais quintessenciado de manifestação de seu envoltório perispiritual passa ileso a essa possibilidade de sobrechoques magnéticos. (NOSSO LAR; OS MENSAGEIROS; MISSIONÁRIOS DA LUZ; OBREIROS DA VIDA ETERNA; NO MUNDO MAIOR.)
4)    Os títulos das personalidades terrestres não representam nossa condição real, pois nem sempre fazemos jus ao que, a priori, deveriam ser as habilidades e os conhecimentos pressupostamente requisitados de alguém que apresente algum título profissional, religioso ou científico. De fato, em algumas situações, muitas vezes nem mesmo o nome ou a forma espiritual utilizados pelo Espírito na última experiência terrestre pode ou deve ser empregado em tarefas no mundo espiritual e em seu intercâmbio com a Crosta terrestre. Fato semelhante aconteceu com o próprio autor de “Nosso Lar”, que não revelou seu verdadeiro nome, preferindo o pseudônimo “André Luiz”. (NOSSO LAR.)
5)    Se não pudermos evitar totalmente as manifestações de viciações e os eventuais fracassos espirituais, tentemos diminuir suas ocorrências, pois a minimização das quedas morais já representa significativa evolução espiritual. Autocontrole, disciplina e conduta física e verbal são passos importantes para a verdadeira conquista da elevação mental e emocional. (SEXO E DESTINO.)
6)    Todas as habilidades conquistadas e experiências úteis verdadeiramente apreendidas durante a vida material, inclusive as profissionais e familiares, são aproveitadas no Mundo Espiritual, constituindo alicerce para nossa matrícula em novos cursos de crescimento espiritual, os quais são abundantes em colônias espirituais como “Nosso Lar”. (NOSSO LAR; OS MENSAGEIROS.)
7)    Aprender a identificar suas próprias mazelas, hábito pouco empreendido no mundo físico, é processo muito frequente nas Colônias Espirituais como “Nosso Lar”. Tal metodologia seria eficaz para evitarmos novas quedas associadas a essas deficiências. Vários Espíritos desencarnados em processo de regeneração narram e comentam suas experiências dolorosas reavaliando os caminhos percorridos e solidificando o amadurecimento espiritual obtido a fim de evitar quedas similares em futuras experiências. (OS MENSAGEIROS; AÇÃO E REAÇÃO.)
8)    O bom aproveitamento das horas de sono físico é fator decisivo para o nosso bem-estar espiritual durante as horas de vigília, funcionando como oportunidade de contato com Mentores Espirituais, para os indivíduos que conseguem vencer as fixações negativas, tais como a sensualidade, o medo, a culpa, entre outras. Vale lembrar o comentário do Codificador em “A Gênese”, quando o mestre francês reitera o valor do ditado popular, “A noite é boa conselheira”, em função de muitas vezes recebermos intuições concretas de nossos guias espirituais sobre como proceder em nosso dia-a-dia. (MISSIONÁRIOS DA LUZ; AÇÃO E REAÇÃO.)
9)    A intercessão espiritual de amigos e mentores é uma realidade constante no Mundo espiritual. Isto ocorre porque a Lei Universal é, antes de qualquer coisa, uma Lei de Amor. Desta forma, a conquista legítima de simpatia por meio da prática do bem é sempre fonte de colaboração e apoio em diversos contextos. (NOSSO LAR; MISSIONÁRIOS DA LUZ.)
10)                 O conhecimento e a vivência do Evangelho, da Psicologia e do Magnetismo físico-perispiritual são imprescindíveis para a prática da Medicina no Mundo Espiritual. (NOSSO LAR; OS MENSAGEIROS; LIBERTAÇÃO; EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS.)
11)                       O planejamento reencarnatório para Espíritos minimamente conscientes é extremamente elaborado para que as chances de crescimento espiritual com segurança sejam as maiores possíveis em relação à condição espiritual prévia à futura experiência física. Para Espíritos mais grosseiros espiritualmente, no entanto, o planejamento é mais simplificado, em função das limitações espirituais do reencarnante. Quanto mais evoluído, mais complexas e amplas são as futuras tarefas e, por conseguinte, mais complexos e trabalhosos são os esforços dos mentores em relação ao planejamento da futura reencarnação. (NOSSO LAR; MISSIONÁRIOS DA LUZ; SEXO E DESTINO.)
12)                       Nossos pequenos gestos de benemerência são integral e rigorosamente considerados em avaliações a respeito de nosso aproveitamento, nossos méritos e, consequentemente, nossas novas oportunidades evolutivas. (NOSSO LAR; AÇÃO E REAÇÃO.)
13)                       O suicídio indireto ou inconsciente atinge grande número de criaturas atualmente, impedindo grandes oportunidades evolutivas. (NOSSO LAR.)
14)                       Raros Espíritos encarnados aproveitam bem as horas de sono físico. Para Espíritos encarnados de evolução mediana é comum dar vazão a experiências variadas, com destaque para aquelas de natureza sexual, durante as horas de sono físico através do desprendimento parcial do corpo físico através do veículo perispiritual. Durante a vigília, os escrúpulos morais seriam maiores e o autocontrole mais eficaz, mas, durante o sono físico, o despreparo espiritual prevaleceria para um grande número de indivíduos, e, apesar de muitos já possuírem informações substanciais sobre a realidade espiritual, a invigilância ainda prevaleceria, em significativa percentagem de criaturas. (MISSIONÁRIOS DA LUZ.)
15)                       A hierarquia espiritual nas colônias espirituais como “Nosso Lar” é bem rigorosa, inclusive com classificação de condições específicas e tarefas, como é o caso dos chamados “Assistentes”, “Instrutores” bem como “Ministros” e “Governadores”. Vale adir que até mesmo para assistir a determinadas conferências, os potenciais assistentes deveriam apresentar os pré-requisitos mínimos para que suas respectivas presenças fossem aceitas. No caso de perguntas para o debate fraterno de ideias, comum no fim de palestras, o rigor seria ainda maior, somente sendo permitido para Espíritos que já tivessem o mínimo de crédito e experiência espiritual na área de estudo abordada na respectiva preleção. (NOSSO LAR.)
16)                       Tanto nas artes como nas Ciências, grande número de trabalhos originais encontra-se, em realidade, no Mundo Espiritual, e não na Crosta terrestre, sendo que, frequentemente, os chamados autores originais da inovação no mundo físico estão apenas transmitindo as intuições que recebem da esfera espiritual. Isto ajuda a explicar o fato de muitas vezes uma descoberta e invenção ser proposta simultaneamente em várias partes do mundo físico, pois diferentes “intermediários” poderiam transmitir as informações quando nossos mentores consideram que determinado avanço está no momento propício para ser alcançado. Obviamente, esta realidade não retira o mérito do autor físico do trabalho, pois para decodificar a “inspiração” ele deverá apresentar os pré-requisitos intelectos solicitados pela área em questão. De qualquer maneira, a “inspiração artística” ou “científica” amiúde não se trata de figura de linguagem, tratando-se, de fato, de uma “inspiração espiritual”. Portanto, muitos trabalhos são elaborados por meio de uma espécie de “mediunidade intuitiva”, e, em alguns casos, de uma mediunidade realmente “ostensiva”, mesmo que o “médium” em questão desconheça o fenômeno, não se dando conta do processo espiritual do qual faz parte. Infelizmente, tal desconhecimento é muito comum em função das parcas noções espirituais, do medo ou dos preconceitos que vicejam, sobretudo em certos meios da chamada “intelectualidade”, em relação a questões relacionadas à Espiritualidade. (OS MENSAGEIROS.)
17)                       Toda prece, sem exceção, é atendida. O que varia é o tipo de resposta, que dependerá da maturidade da rogativa, condição espiritual do indivíduo que eleva seu pensamento através da oração, mérito espiritual estabelecido por suas obras no bem e repercussão da rogativa para outras pessoas. (MISSIONÁRIOS DA LUZ; ENTRE A TERRA E O CÉU.)
18)                       Quanto maior o crédito adquirido pelo médium em função de sua obra no bem, mais efetiva e “próxima” torna-se a proteção de seu mentor espiritual, em função do merecimento espiritual alcançado em concordância com a Lei de Causa e Efeito. (NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE.)
19)                       No trabalho de assistência a Espíritos sofredores somente indivíduos realmente muito equilibrados conseguem excursionar por regiões do “baixo” umbral, sem se desequilibrarem espiritualmente. (NO MUNDO MAIOR.) De fato, mesmo Espíritos já previamente socorridos em uma determinada colônia espiritual de regeneração podem voltar para o umbral se forem indisciplinados mental e emocionalmente, pois o livre-arbítrio é base da Lei de Deus. (E A VIDA CONTINUA...)
20)                       A irradiação de cada um adquire características específicas relacionadas à evolução espiritual daquela entidade que esteja irradiando. Aquilo que é conhecido no plano físico como “aura” é uma realidade, sendo que o brilho, o esplendor, a cor e essa intensidade dependem da evolução espiritual de cada ser. (OS MENSAGEIROS; MECANISMOS DA MEDIUNIDADE.)
21)                       Existe mediunidade não só no mundo físico, mas também no Mundo Espiritual. De fato, mentores espirituais provenientes de esferas elevadíssimas possuem perispíritos extremamente “rarefeitos”, a ponto de necessitarem, muitas vezes, de médiuns em colônias de evolução intermediária para levarem suas mensagens a estes locais. (LIBERTAÇÃO.)
22)                       Muitas vezes os mentores espirituais atuam em regiões inferiores “disfarçados”, ou seja, sem revelarem sua verdadeira condição de Espíritos evoluídos, pelo menos, em um primeiro momento, pois, do contrário, não seriam aceitos pelos Espíritos a quem desejam ajudar. (AÇÃO E REAÇÃO; LIBERTAÇÃO.)
23)                       A forma perispiritual que utilizamos no Mundo Espiritual, pelo menos em colônias mais próximas à Terra, como é o caso de “Nosso Lar”, corresponde quase que exatamente ao envoltório perispiritual que quando encarnados empregamos, guardando, portanto, extraordinária semelhança com o corpo físico, exceto devido a pequenas alterações no aparelho gastrintestinal e no aparelho sexual. (EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS.)
24)                       O Perispírito apresenta várias “camadas” ou várias estruturas de manifestação, sendo que, no momento do sono do corpo perispiritual, o Espírito pode se desdobrar em seu corpo mental para regiões diferenciadas, como aconteceu com o próprio André Luiz quando ele dormiu e sonhou com a sua mãe, estando habitando a colônia “Nosso Lar”. (NOSSO LAR.)
25)                       No Mundo Espiritual próximo à Terra, as colônias apresentam significativa semelhanças com relação à vida na Crosta terrestre. Apesar de todos que habitam a Cidade Espiritual de “Nosso Lar”, por exemplo, poderem desfrutar de condições mínimas de vida, independentemente do que realizarem em termos de trabalho no bem, somente aqueles que são mais efetivos ganham direito a adquirirem determinadas oportunidades. Para que a avaliação da produção no trabalho do bem não seja constrangedora e aparentemente subjetiva, sobretudo para os Espíritos mais imaturos, os mentores espirituais evitam critérios que poderiam parecer injustos (o que não seria verdade) aos olhos menos aptos, o que, por sua vez, poderia forçar os guias espirituais a expor drasticamente as causas morais de determinado indeferimento de solicitação ou de restrição no oferecimento de certas oportunidades evolutivas. Assim sendo, “Nosso Lar” faz uso do chamado “bônus-hora”, que, grosseiramente, poderia ser comparado ao dinheiro da vida física ou, pelo menos, a uma espécie de carta de crédito ou curriculum vitae, em função de serviços prestados. (NOSSO LAR; OS MENSAGEIROS.)
26)                       Mesmo no umbral, estamos sempre sendo amparados pela Providência Divina, dentro dos limites que nós mesmos permitimos no que se refere ao recebimento do amparo espiritual, o qual requer sintonia psíquica com os protetores. Mentores visitam os Espíritos umbralinos, auxiliando espiritualmente e tentando despertar as consciências para uma proposta superior de existência. Entretanto, para alguém cujas vibrações mentais estejam muito arraigadas nas viciações materiais, o despertamento espiritual pode não ser trivial, pois o indivíduo teria que romper com a vibração ambiente, realmente superando o padrão vibratório em que se encontra envolvido, desprendendo-se do comportamento e das peculiaridades dos seres que habitam a mesma região espiritual. (NOSSO LAR; OS MENSAGEIROS. OBREIROS DA VIDA ETERNA; NO MUNDO MAIOR.)
27)                       Existem regiões piores do que o Umbral, as quais André Luiz denomina “Trevas”. De fato, os degraus dos níveis evolutivos são incontáveis no mundo espiritual, em função da evidência concreta das barreiras magnéticas (também chamadas barreiras vibratórias) entre as várias faixas evolutivas. Logo, as regiões de sofrimento bem como as regiões mais elevadas variam extraordinariamente em suas manifestações e intensidades de atitudes morais positivas ou negativas. (NOSSO LAR.)
28)                       A evolução moral realmente prevalece em relação à evolução intelectual no que se refere à prioridade de resgate espiritual de regiões umbralinas. Isto ocorre porque é mais fácil e produtiva a convivência com alguém humilde, de boa vontade, mesmo que ignorante, do que com um indivíduo intelectualizado, porém orgulhoso, ressentido e agressivo, pois tal Espírito, enquanto não se elevar moralmente, tende a ser instrumento de rebeldia e perturbação para a colônia espiritual onde seria socorrido. Ou seja, ele não aproveitaria significativamente a inserção na colônia e ainda prejudicaria o ambiente de trabalho e a boa vontade dos habitantes da referida colônia espiritual. (NO MUNDO MAIOR.)
29)                       Além do corpo mental, André Luiz relata a relevância, principalmente para os seres encarnados, do chamado “duplo etérico” ou “corpo vital”, o qual atua como fonte de energia e elo entre o Perispírito propriamente dito e o corpo físico. O fluido vital que o compõe, quando exteriorizado, é conhecido como ectoplasma (NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE.)

30)                       Centros vitais ou centros de força (também conhecidos como chacras pelos orientalistas) são fulcros energéticos que são inter-relacionados. Tais centros funcionam como pontos de interação e ligação entre os diferentes “corpos”, desde o corpo físico, para o indivíduo encarnado, até o corpo mental para os desencarnados. A compreensão da atuação destes centros é fundamental para o entendimento das conhecidas “curas espirituais”, que seriam mais propriamente denominadas “curas perispirituais”, uma vez que cura espiritual, a rigor, seria a transformação intelecto-moral para melhor de cada um de nós. (EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS.)

Extraído da Revista Eletrônica "O Consolador", no endereço:
http://www.oconsolador.com.br/ano5/205/leonardo_marmo.html