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domingo, 25 de março de 2018

Qual a razão da violência? Será o desejo do poder? Qual poder?


Qual a razão da violência? Será o desejo do poder? Qual poder?

Os jornais diários utilizam boa parte de seu tempo com o noticiário sobre a violência contra a pessoa, contra agências bancárias e afins, contra autoridades, enfim, afetam os mais diversos lugares do País, causando mortes, destruições, prejuízos às comunidades, sendo que os agressores matam e morrem.

Os criminosos são frutos da própria sociedade, foram bebês, crianças, adolescentes e ficaram adultos, foram moldados pelos ambientes que os acolheram. Eles têm inteligência, criatividade, carências, desejos, potenciais extraordinários, no entanto, deformados pelas exemplos equivocados.

As normas da Justiça a respeito da criança e do adolescente são muito bonitas, mas a pergunta é: Quem é capaz de aplicá-las adequadamente, para que os resultados culminem no equilíbrio e no bom direcionamento para uma vida de qualidade.

Em grande parte as família estão desestruturadas, mesmo as que estão na condição tradicional: Pai, mãe e filhos.  Os costumes estão deformados, a educação fundamental, com as exceções necessárias, não está existindo nos lares, ocorrendo muita influência no comportamento inconsequente através das mídias.  

Falham os governos e suas políticas, falham as famílias, falham as religiões, falham as escolas. Constroem-se um círculo vicioso, geração a geração, perde-se o respeito ao que é público, pois até os profissionais homens público não respeitam o que é público, não se respeita o próximo, pois os direitos são dos “espertos” e dos “audazes”, causando constrangimento aos que se esforçam numa conduta digna e honesta; boa parte dos templos religiosos se tornaram um bolsa de negócios, embora, impressionem os incautos por um breve tempo, depois caem no descrédito, minando a esperança e distribuindo desalento.

A política social cômoda apresenta a vacina para adolescentes contra o HPV, a oferta gratuita de anticoncepcionais e preservativos nos Postos de Saúde, com a ideia subliminar de que tudo é permitido desde que esteja protegido (a).  Onde a educação comportamental e a educação moral, a responsabilidade consigo e a sociedade? Lógico que não se é contra a vacinação, mas sim a favor da educação.

A violência não surge inopinadamente, ela tem origem e essa origem se encontra na intimidade do indivíduo, como artefato explosivo que aguarda o estímulo, uma ilusória justificativa, uma necessidade, geralmente influenciada, o atendimento a uma ambição que não logra usufruir por outro meio, pois não vê oportunidade, prefere a oportunidade do imediato, o agora, ou num prazo bem pequeno, embora os riscos, que ficam em segundo plano, em conta o desejo de usufruir o que lhe é imponderável, a não ser apoderar-se a qualquer preço, mesmo que criminoso.

Estamos num País denominado cristão, com templos e instituições de inúmeras denominações, que tratam do Evangelho do Cristo, além do uso dos meios televisivos, radiofônicos e da internet, dizem que evangelizam, parece mais “uma força de expressão”, porque falam do evangelho. Os resultados não parecem corroborar com essa afirmativa.  Existem sim templos onde se evangelizam, são os mais humildes, onde existem corações evangelizados, que acolhem, que orientam, que atendem às necessidades do coração. Não são sofisticados, não tem pompa, não exigem contrapartida de seus feitos.

A violência é uma semente que se instalou na alma, que vem desde os primórdios quando a defesa da vida, do alimento, da prole era fundamental, depois veio a posse com a força, a descoberta do poder pela força, da subjugação de indivíduos e de povos. A semente existe instalada e aguarda atmosfera própria para a eclosão, a atmosfera são os fatos sociais negativos, com o desrespeito ao direito de cada pessoa, o não atendimento das necessidades quotidianas, que poderiam ser atendidas, mas, no entanto, não se tem acesso.

A finalidade da religiosidade é dar clareza, lucidez, visão de futuro, pois analisa consequências das atitudes dos indivíduos, gerando uma resistência no nascedouro da força implementadora da violência. A confiança no futuro, a certeza que o mal não perpetuará, embora causar sofrimento, terá fim.  A religiosidade leva o indivíduo à ideia de continuidade da vida, para além dos limites do corpo físico, confia na existência de algo maior, substancial, que lhe dá confiança.

O violento não tem uma religiosidade, pois, isto é religar a Deus, harmonizar-se com a Lei Divina, aproximar-se do Criador; o violento está no polo contrário, distanciando-se do foco da vida, adquirindo dívidas a serem resgatadas em algum tempo.

Alguém pretender qualquer forma de poder pela força, pela subjugação de indivíduo ou povo, locupletar-se de direitos individuais ou coletivos é puro engano, exemplos muito próximos, nas últimas décadas, podem-se contar alguns ditadores considerados poderosos, que nos dias atuais pouca referência a eles são feitas, quase sempre noticiam as consequências danosas em que vivem as populações suas vítimas.

A violência é um engano, tudo o que se consegue por esta via sempre terá frutos amargosos e não tardará se extinguir, o mal não poderá durar mais que o combustível que o alimenta.  

                                                                Dorival da Silva

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Ressuscitará

Ressuscitará

“Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar.” - (João, 11:23.)

Há muitos séculos, as escolas religiosas do Cristianismo revestiram o fenômeno da morte de paisagens deprimentes.

Padres que assumem atitudes hieráticas, ministros que comentam as flagelações do inferno, catafalcos negros e panos de luto.

Que poderia criar tudo isso senão o pavor instintivo e o constrangimento obrigatório?

Ninguém nega o sofrimento da separação, espírito algum se furtará ao plantio da saudade no jardim interior. O próprio Cristo emocionou-se junto ao sepulcro de Lázaro. Entretanto, a comoção do Celeste Amigo edificava-se na esperança, acordando a fé viva nos companheiros que o ouviam. A promessa dEle, ao carinho fraternal de Marta, é bastante significativa.

“Teu irmão há de ressuscitar” - asseverou o Mestre.

Daí a instantes, Lázaro era restituído à experiência terrestre, surpreendendo os observadores do inesperado acontecimento.

Gesto que se transformou em vigoroso símbolo, sabemos hoje que o Senhor nos reergue, em toda parte, nas esferas variadas da vida. Há ressurreição vitoriosa e sublime nas zonas carnais e nos círculos diferentes que se dilatam ao infinito.

O espírito mais ensombrado no sepulcro do mal e o coração mais duro são arrancados das trevas psíquicas para a luz da vida eterna.

O Senhor não se sensibilizou tão-somente por Lázaro. Amigo Divino, a sua mão carinhosa se estende a nós todos.

Reponhamos a morte em seu lugar de processo renovador e enchei-vos de confiança no futuro, multiplicando as sementeiras de afeições e serviços santificantes.

Quando perderdes temporariamente a companhia direta de um ente amado, recordai as palavras do Cristo; aquela reduzida família de Betânia é a miniatura da imensa família da Humanidade.

Mensagem extraída da obra: Vinha de Luz, ditada pelo Espírito Emmanuel, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 151, em 1951.

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Reflexão: Jesus trouxe para a Humanidade, de forma atemporal, mensagem de esperança e renovação.  Seus ensinamentos não envelhecem e quanto mais se lhe compreende mais brilhante a Boa Nova se torna.

O Espírito Emmanuel, generosamente comenta o versículo registrado por João, 11:23 – “Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar.”, na parte que destacamos: “Gesto que se transformou em vigoroso símbolo, sabemos hoje que o Senhor nos reergue, em toda parte, nas esferas variadas da vida. Há ressurreição vitoriosa e sublime nas zonas carnais e nos círculos diferentes que se dilatam ao infinito.”, traz-nos o Senhor fato modificador de entendimento para quem deseja analisar com seriedade.

Seria morrer de fato se não houvesse a possibilidade de ressurgir, mas Jesus coloca para o mundo o reaparecimento de Lázaro, grandioso que transpôs os séculos, no entanto, somente agora, se consegue entender que o retorno do irmão de Marta era correspondente ao ressurgir de todos nós de nosso estado de morte espiritual transitório.

Sempre que colocamos todas as nossas forças para a conquista de bens materiais, poder, evidência social, esquecidos que estamos apenas vivendo uma experiência, com término em momento imprevisto, estamos mortos espiritualmente. É preciso ressuscitar, retornar ao compromisso que assumimos com a nossa consciência antes de reentrarmos no novo corpo físico, este que estamos agora utilizando (isto é a reencarnação).

Ressuscitar é tornar a condição anterior à ilusão de um período que deliberamos viver pela ganância, vaidade, orgulho, egoísmo...

Ressuscitar é, também, retornar à condição anterior do estado de depressão, pânico e tantos outros problemas psicológicos e psiquiátricos.

Ressurgir é voltar ao estado de normalidade espiritual, conquanto poderemos receber ajuda medicamentosa, profissional, amorosa, até que fiquemos novamente em pé, mas será a nossa vontade que nos fará andar, superando com clareza e coragem as nossas inferioridades naturais de quem está no caminho evolutivo. Embrenhar-se novamente nas ilusões e fantasias é morrer outra vez espiritualmente, embora fisicamente possa-se parecer normal.

Jesus nos trouxe a mensagem essencial, os Benfeitores Espirituais aclararam o entendimento, e cabe a cada um de nós o próprio salvamento das mazelas que cultivamos, utilizando-se das claridades que o Mundo Espiritual esparge sobre os homens. Onde estaria o mérito do aprendiz. Como chegaríamos a ser mestres se ainda não aprendemos a ser alunos?


                                               Dorival da Silva