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segunda-feira, 12 de março de 2018

Morte Assistida!?



Morte Assistida!?

Há poucos dias se lia nos meios de comunicação que uma pessoa iria a um País estrangeiro para se submeter à morte assistida para fugir do medo e da dor de uma doença autoimune de que era acometida. 

Conquanto o respeito à decisão particular de cada pessoa, mesmo em atitude extrema e definitiva com a própria vida, preciso é esclarecer, conforme a Doutrina Espírita, de que a vida do ser pensante é a alma, quando está envolvida num corpo carnal, para as experiências necessárias, que pode ser uma expiação ou prova, o que corresponde a liberação definitiva dessas aflições que faz parte de sua herança de outras existências.

A morte assistida, embora todas as justificativas técnicas, médicas e até filosóficas, moralmente corresponde a um suicídio, que terá severas consequências para o que se submete como para os que a sugerem e implementam, pois é impedir o cumprimento de planejamento que o próprio padecente implorou quando se encontrava em sofrimento atroz antes de adentrar a esta vida material, acovardando-se diante do compromisso consigo mesmo, desconsiderando que é a Lei Divina que se cumpre em seu favor, comprometendo-se em muito para as existências futuras, além de adentrar sofrimento bem maior que àquele que no corpo material se apresenta. 

Não há sofrimento por maior que possa parecer no corpo físico que não tenha correspondência com a condição espiritual do que sofre, na verdade, é a manifestação da mazela interior que se manifesta maculando a máquina de carne, que lhe serve de mata-borrão expungindo a nódoa espiritual. 

O sofrimento que se apresenta no corpo físico, com as limitações, dependências de terceiros, submissão a tratamentos incômodos, tem atenuantes, como os analgésicos e os medicamentos adequados a cada situação que a medicina do mundo aplica eficazmente, como recursos que a Divindade permite em favor da alma em ressarcimento de seus débitos, é acréscimo de misericórdia.  Para isso não é preciso se ter religião e nem acreditar na existência de Deus, pois a misericórdia Divina não depende do entendimento da criatura. No entanto, se o sofredor tem fé e crença verdadeiras no Criador de todas as coisas, terá melhores condições para superar os seus males com coragem, resignação, confiança e esperança que tudo vai passar, mesmo que o corpo físico sucumba à doença, mas que a sua alma se libertará do sofrimento. 

Não se justifica interromper uma vida voluntariamente para fugir de sofrimento, uma vez que não é o corpo que cria a doença, é a alma, com sua carga energética desequilibrada, em razão da consciência comprometida, que provoca a manifestação da doença no corpo, de acordo com o feito que causou tal comprometimento. Não basta eliminar o organismo doente, sem sanar o mal da alma.

A chamada morte assistida, apensar de todas as justificativas que se possa intentar, não passa de ilusão, pois tira dos olhos do Mundo a presença do sofrimento, mas não se dá nenhum suporte à alma que continuará padecendo enormemente longe dos olhos dos que ignoram que a vida não pertence ao corpo e que ela é independente e nunca se extingue, que somente sofre ou é feliz segundo as suas obras. Onde estaria a justiça de Deus se alguém sofresse o que não é de sua conta. Deus é justo! 

                                            Dorival da Silva

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Fé que transporta montanha

Fé que transporta montanha

A fé vem sendo tratada nos tempos modernos pelas vias massificadoras de comunicação televisiva, radiofônica e pela rede internacional de computadores...

Permanece, em maior parte, a prática incisiva de dominação da fé condicionada a alguém ou a algum templo.  Utilizam-se do nome Jesus e do evangelho como moeda fácil, no afã de autenticidade e por fazer valer interesses escusos fantasiam, teatralizam tentando fazer banalidades se tornarem verdades irrefutáveis.

Todos os dias se faz necessário apresentar algo fantástico para prender a atenção dos incautos com promessas de efeitos extraordinários, ludibriando as massas daqueles que se permitem, porque alimentam uma fé cega, dependente de outrem, que como o cego ter um guia cego ambos cairão na ribanceira.

“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo.  ( Mateus, 11:28 a 30). ” -- Entretanto, faz depender de uma condição a sua assistência e a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição está na lei por Ele [Jesus] ensinada. Seu jugo é a observância dessa lei; mas esse jugo é leve e a lei é suave, pois que apenas impõe, como dever, o amor e a caridade.” (1).

A fé que transporta montanha (de problemas da vida, dificuldades normais da própria senda evolutiva, que afligem, pois, o homem precisa vencer as suas limitações) é lucidez, confiança na superação das próprias limitações, utilizando com sabedoria as ferramentas que a vida lhe coloca às mãos.

Para se alcançar na vida o alívio das aflições, Jesus fala que é necessário “tomar sobre si o seu jugo” e que se aprenda com Ele a “brandura e a humildade de coração” , assim a alma estará em repouso, no entanto, existe uma condicionante  “o seu jugo é suave e seu fardo é leve”, “que apenas impõe como dever o amor e a caridade.”

O ensinamento de Jesus não é ouvir prédicas, embora isso possa ser útil se quem ensina é honesto e quem ouve passa o conteúdo pelo crivo da razão, através de meditação rigorosa, descartando o que não seja útil para a evolução moral e espiritual. Isto é a parte menor do processo evolutivo, falta a condição primordial: amor e caridade.  

A verdadeira caridade moral, que também se extrai da caridade material, vez que toda ação no bem exige a participação da emoção, da tolerância, da compreensão, é a única condição a proporcionar as modificações íntimas da alma humana. A brandura e a humildade de coração, de que Jesus se refere, é modificação consciente do indivíduo, sabendo suportar as dificuldades que lhe são próprias para a superação dos vícios, da ganância, da inveja, do ódio, do sensualismo, do orgulho, da prepotência, do egoísmo... Sendo que em grande compreensão: a caridade é o amor em ação.

A condição: “que apenas impõe como dever o amor e a caridade” não é norma de Jesus, porque a ela Ele também está submetido, é Lei Natural (Lei de Deus) da qual o Mestre é o revelador. 

Portanto, o homem precisa de ser livre para buscar e para entender, é ser autônomo, não precisa de tutela para a sua fé, vez que Deus lhe deu a liberdade (o livre arbítrio), “buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á, e pedi e se vos dará”.

Note-se que sempre há uma ação, uma disposição, faz-se necessário a mão na obra. A passividade, na expectativa que alguém fará a parte de cada um é um engano.  A solidariedade é sempre bem-vinda, mas como apoio, e não deverá fazer a parte particular que compete a cada pessoa. “A cada um segundo a suas obras.” Jamais se pagará pela deficiência dos outros ou se gozará felicidades tendo por conta a virtude dos outros. “Deus é Justo.”

Assim, não é possível caminhar com as pernas que não sejam as próprias e nem encontrar a paz e a felicidade às expensas de outrem.

A fé transporta montanha, na medida da confiança que ela proporciona.

(1)-Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo VI – O Cristo Consolador, item 2.
                                                                            

Dorival da Silva

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Dê uma chance a você mesmo

Dê uma chance a você mesmo.

Talvez você tenha feito perguntas como estas:

        Quem sou eu? De onde vim ao nascer?  Para onde irei depois da morte? O que há depois dela?

        Por que uns sofrem mais do que outros? Por que uns têm determinada aptidão e outros não?

        Por que alguns nascem ricos e outros pobres? Alguns cegos, aleijados, débeis mentais, enquanto outros nascem inteligentes e saudáveis? Por que Deus permite tamanha desigualdade entre seus filhos?

        Por que uns, que são maus, sofrem menos que outros, que são bons?

        No entanto, a maioria das pessoas, vivendo a vida atribulada de hoje, não estão interessadas nos problemas fundamentais da existência. Antes se preocupam com seus negócios, com seus prazeres, com seus problemas particulares. Acham que questões como “a existência de Deus” e “a imortalidade da alma” são de competência de sacerdotes, de ministros religiosos, de filósofos e teólogos. Quando tudo vai bem em suas vidas, elas nem se lembram de Deus e, quando se lembram, é apenas para fazer uma oração, ir a um templo, como se tais atitudes fossem simples obrigações das quais todas têm que se desincumbir de uma maneira ou de outra. A religião para elas é mera formalidade social, alguma coisa que as pessoas devem ter, e nada mais; no máximo será um desencargo de consciência, para estar bem com Deus.  Tanto assim, que muitos nem sequer alimentam firme convicção naquilo que professam, carregando sérias dúvidas a respeito de Deus e da continuidade da vida após a morte.

        Quando, porém, tais pessoas são surpreendidas por um grande problema, a perda de um entre querido, uma doença incurável, uma queda financeira desastrosa – fatos que podem acontecer na vida de todo mundo – não encontram em si a fé necessária, nem a compreensão para enfrentar o problema com coragem e resignação, caindo, invariavelmente, no desespero.

        Onde se encontra a solução?

        Há uma doutrina que atende a todos estes questionamentos. É o Espiritismo.

        O conhecimento espírita abre-nos uma visão ampla e racional da vida, explicando-a de maneira convincente e permitindo-nos iniciar uma transformação íntima, para melhor.

        Mas, o que é o Espiritismo?

        O Espiritismo é uma doutrina revelada pelos Espíritos Superiores, através de médiuns, e organizada (codificada) por um educador francês, conhecido por Allan Kardec, no século XIX.

        O Espiritismo é, ao mesmo tempo filosofia, ciência e religião.

        Filosofia, porque dá uma interpretação da vida, respondendo questões como “de onde eu vim”, “o que faço no mundo”, “para onde irei depois da morte”.  Toda doutrina que dá uma interpretação da vida, uma concepção própria do mundo, é uma filosofia.

        Ciência, porque estuda, à luz da razão e dentro de critérios científicos, os fenômenos mediúnicos, isto é, fenômenos provocados pelos espíritos e que não passam de fatos naturais. Todos os fenômenos, mesmo os mais estranhos, têm explicação científica. Não existe o sobrenatural no Espiritismo.

        Religião, porque tem por objetivo a transformação moral do homem, revivendo os ensinamentos de Jesus Cristo, na sua verdadeira expressão de simplicidade, pureza e amor. Uma religião simples sem sacerdotes, cerimônias e nem sacramentos de espécie alguma. Sem rituais, culto a imagens, velas, vestes especiais, nem manifestações exteriores.
       
          E quais são os fundamentos básicos do Espiritismo?

        A existência de Deus que é o Criador, causa primária de todas as coisas. A Suprema Inteligência. É eterno, imutável, imaterial, onipotente, soberanamente justo e bom.

        A imortalidade da alma ou espírito. O espírito é o princípio inteligente do Universo, criado por Deus, para evoluir e realizar-se individualmente pelos seus próprios esforços. Como espíritos já existíamos antes do nascimento e continuaremos a existir depois da morte do corpo.

        A reencarnação. Criado simples e sem nenhum conhecimento, o espírito é quem decide e cria o seu próprio destino. Para isso, ele é dotado de livre-arbítrio, ou seja, capacidade de escolher entre o bem e o mal. Tem a possibilidade de se desenvolver, evoluir, aperfeiçoar-se, de tornar-se cada vez melhor, mais perfeito, como um aluno na escola, passando de uma série para outra, através dos diversos cursos.  Essa evolução requer aprendizado, e o espírito só pode alcançá-la encarnando no mundo e reencarnando, quantas vezes necessárias, para adquirir mais conhecimentos através das múltiplas experiências de vida. O progresso adquirido pelo espírito não é somente intelectual, mas, sobretudo, o progresso moral.
 
        Não nos lembramos das existências passadas e nisso também se manifesta a sabedoria de Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente.  Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são nossos filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos que, presentemente, se encontram junto de nós para a reconciliação. A reencarnação, desta forma, é a oportunidade de reparação, assim como é, também, oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual. Pelo mecanismo da reencarnação vemos que Deus não castiga. Somos nós os causadores dos próprios sofrimentos, pela lei de “ação e reação”.

        Todavia, nem todas as encarnações se verificam na Terra. Existem mundos superiores e inferiores ao nosso. Quando evoluirmos muito, poderemos renascer num planeta de ordem elevada. O Universo é infinito e “na casa de meu Pai há muitas moradas”, já dizia Jesus.

        A comunicabilidade dos espíritos. Os espíritos são seres humanos desencarnados e continuam sendo como eram quando encarnados: bons ou maus, sérios ou brincalhões, trabalhadores ou preguiçosos, cultos ou medíocres, verdadeiros ou mentirosos. Eles estão por toda parte. Não estão ociosos. Pelo contrário, eles têm as suas ocupações. Através dos denominados médiuns, o espírito pode comunicar-se conosco, se puder e se quiser.

        A comunicação se dá de conformidade com o tipo de mediunidade, sendo as mais conhecidas: pela fala (psicofonia), pela escrita (psicografia), pela visão (vidência) e a intuição, da qual todos guardamos experiências pessoais.

        Como o Espiritismo interpreta o Céu e o Inferno?

        Não há céu nem inferno. Existem, sim, estados de alma que podem ser descritos como celestiais ou infernais. Não existem também anjos e demônios, mas apenas espíritos superiores e espíritos inferiores, que também estão a caminho da perfeição – os bons se tornando melhores e os maus se regenerando.

        Deus não esquece de nenhum de seus filhos, deixando a cada um o mérito das suas obras. Somente desta forma podemos entender a Suprema Justiça Divina.

        Por que o Espiritismo realça a caridade?

        Porque fora dos preceitos da verdadeira caridade, o espírito não poderá atingir a perfeição para a qual foi destinado. Tendo-a por norma, todos os homens são irmãos e qualquer que seja a forma pela qual adorem o Criador, eles se estendem as mãos, se entendem e se ajudam mutualmente.
       
             Por que fé raciocinada?

        A fé sem raciocínio não passa de uma crendice ou mesmo de uma superstição. Antes de aceitarmos alguma coisa como verdade, devemos analisa-la bem. “Fé inabalável é aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade.” (Allan Kardec)

        E onde podemos encontrar mais esclarecimentos sobre o Espiritismo?

        Começando pela leitura dos livros de Allan Kardec:

        O LIVRO DOS ESPÍRITOS. O livro básico da Doutrina Espírita. Contém os princípios do Espiritismo sobre a imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida futura e o porvir da humanidade.

        O LIVRO DOS MÉDIUNS. Reúne as explicações sobre todos os gêneros de manifestações mediúnicas, os meios de comunicação e relação com os espíritos, a educação da mediunidade e as dificuldades que eventualmente possam surgir na sua prática.

        O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. É o livro dedicado à explicação das máximas de Jesus, de acordo com o Espiritismo e sua aplicação às diversas situações da vida.

        O CÉU E O INFERNO, denominado também “A Justiça Divina Segundo o Espiritismo”. Oferece o exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual. Coloca ao alcance de todos o conhecimento do mecanismo pelo qual se processa a Justiça divina.

        A GÊNESE. Destacam-se os temas: Existência de Deus, origem do bem e do mal, destruição dos seres vivos uns pelos outros, explicações sobre as leis naturais, a criação e a vida no Universo, a formação da Terra, a formação primária dos seres vivos, o homem corpóreo e a união do princípio espiritual à matéria. Você poderá ler, ainda, os livros psicografados por Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco, Yvonne Pereira, José Raul Teixeira, etc. e os livros de Léon Denis, Gabriel Delanne e de tantos outros autores, encontrando-se entre eles estudos doutrinários, romances, poesias, histórias e mensagens de alento. 

        Depois desta simples leitura, você poderá ter dúvidas e perguntas a fazer. Se tiver, é bom sinal. Sinal que você está procurando explicações racionais para a vida. Você as encontrará lendo os livros indicados acima e procurando uma Sociedade Espírita seguramente doutrinária e indiscutivelmente Espírita. A Federação Espírita do Paraná e as Uniões Regionais Espíritas poderão fornecer a relação de Sociedades Espíritas de sua localidade.

        Pense nisso. Pense agora.

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Ensinamentos extraídos de folheto elaborado pela Federação Espírita do Paraná. www.feparana.com.br; e-mail: fep@feparana.com.br;  momento.com.br; mundoespirita.com.br 

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Exaltação ao Livro Espírita

Exaltação ao Livro Espírita

Repositório feliz da trajetória histórica da Humanidade, o livro é o silencioso mensageiro dos tempos, apresentando os fastos das culturas do passado e as narrativas sobre homens e mulheres que desfilaram pelas páginas das diferentes épocas e jazem hoje amortalhados, porém vivos, aguardando ser consultados.

Desde as escritas rupestres às estelas de pedras, às argilas, papiros, pergaminhos, tábuas, peles de animais até o momento grandioso da descoberta do papel, a partir dos sinais toscos e informes até às letras e caracteres bem definidos, as mensagens vivas referindo-se às glórias e misérias da humanidade passaram através dos seus registros de uma para outra geração, eternizando os acontecimentos.

Foi ele que auxiliou o desenvolvimento da razão humana e contribuiu decisivamente para a conquista do conhecimento, abrindo mais amplos e grandiosos espaços para o pensamento.

Imortalizado através dos evos, alcançou este momento relevante de tecnologia insuperável, permanecendo insubstituível.

Não obstante a glória da ciência virtual, ele prossegue oferecendo contribuição própria indispensável ao processo de evolução das criaturas.

Perpetuando o pensamento oriental, rico de sabedoria e de mística, na Grécia e em Roma preservou para o futuro a genialidade de Trucídides, de Ésquilo, de Hesíodo, de Sócrates, de Platão, de Aristóteles, de Hipócrates, de Leucipo, de Epicuro, de Heródoto, de Pitágoras, de Homero, de Cícero, de Ovídio e de incontáveis mensageiros de Deus e do progresso para auxiliarem o ser humano no avanço inevitável para a aquisição da sabedoria.

Posteriormente, em diferentes períodos, fez-se a alavanca para impulsionar a cultura, tornando-se responsável pelos momentos grandiosos das decisões magnas da sociedade.
Através de Shakespeare ou de Charles Dickens, de Dante Alighieri ou de Voltaire, de Teresa de Jesus, a santa de Ávila, ou de Jean Jacques Rousseau, de Sór Juana Inés de la Cruz ou do Marquês de Beccaria penetrou no bojo das criaturas humanas e fez desmoronar as masmorras da ignorância ou construiu-as na emoção de muitos, assinalando profundamente cada época.

Graças a Goethe através de Os sofrimentos do jovem Werther, induziu ao suicídio inúmeros adolescentes frustrados afetivamente que se identificavam com o drama da infeliz personagem, sulcando vidas com amargura. O mesmo aconteceu com Tolstoi, no seu Anna Karenina, de que se arrependeria dolorosamente mais tarde...

No entanto, noutros momentos desencarcerou milhões de vidas quando se apresentou como fonte geradora de esperanças no formato de Obras espirituais em todas as culturas, culminando em O Novo Testamento, que retrata o maior momento da História.

Apesar da missão sublime de que se encontra investido, nem sempre aqueles que o escrevem dão-se conta da sua significação e objetivo.

Por isso, no livro espírita encontramos a mensagem de vida eterna desvestida de sortilégios e dogmatismos, refletindo a transparente claridade da Vida exuberante.

Foi Allan Kardec quem o brindou com eloqüente entusiasmo e imbatível coragem, lutando contra os preconceitos e as paixões servis ao apresentar em Paris, em 1857, o Espiritismo, despido de sofismas e silogismos, das complexidades de sistema e dos conflitos de escolas filosóficas através de O Livro dos Espíritos hoje patrimônio da Humanidade.

Contendo as questões mais palpitantes do pensamento histórico analisadas pelos Imortais, é síntese de sabedoria em todos os sentidos, que as conquistas da ciência contemporânea vêm confirmando a cada dia.

Escrito com clareza meridiana e acessível aos diferentes níveis culturais, tem resistido às revoluções das diversas ideologias sem sofrer qualquer prejuízo de conteúdo ou de forma, transcorridos cento e quarenta e quatro anos quase após a sua publicação.

Base de sustentação da Doutrina Espírita, desdobra-se em outros que são fundamentais para a compreensão do ser, do destino, da dor, dos objetivos essenciais, quais sejam: O Livro dos MédiunsO Evangelho segundo o Espiritismo,O Céu e o Inferno e A Gênese em incomparável harmonia entre a ciência, a filosofia e a religião, unindo a razão ao sentimento, a ética à moral, o pensamento à emoção, como ninguém dantes o conseguira.

Graças a esse conjunto estrutural, desdobra-se em novos livros de orientação e consolo, de esclarecimento e debate, de informações valiosas e de revelações incomuns, dignificando a vida e todos os seres que habitam a Terra, por elucidar que o processo evolutivo é inestancável, a todos facultando a glória da plenitude.

Por essas razões, exaltamos o livro espírita, nele encontrando Jesus descrucificado e libertado dos mitos com que O ocultaram através dos tempos, retornando ao planeta, a fim de erguê-lo na escala dos mundos e impulsioná-lo no rumo do Pai.
Vianna de Carvalho 
Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, na reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção, na noite de 24 de janeiro de 2001, em Salvador, Bahia.
Esta mensagem poderá ser acessada na origem através do endereço:

 
http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=77


quinta-feira, 9 de junho de 2016

Terrorismo de natureza mediúnica

Terrorismo de natureza mediúnica

       
Sutilmente vai-se popularizando uma forma lamentável de revelação mediúnica, valorizando as questões perturbadoras que devem receber tratamento especial, ao invés de divulgação popularesca de caráter apocalíptico.
Existe um atavismo no comportamento humano em torno do Deus temor que Jesus desmistificou, demonstrando que o Pai é todo Amor, e que o Espiritismo confirma através das suas excelentes propostas filosóficas e ético-morais, o qual deve ser examinado com imparcialidade.
Doutrina fundamentada em fatos, estudada pela razão e lógica, não admite em suas formulações esclarecedoras quaisquer tipos de superstições, que lhe tisnariam a limpidez dos conteúdos relevantes, muito menos ameaças que a imponham pelo temor, como é habitual em outros segmentos religiosos.
Durante alguns milênios o medo fez parte da divulgação do Bem, impondo vinganças celestes e desgraças a todos aqueles que discrepassem dos seus postulados, castrando a liberdade de pensamento e submetendo ao tacão da ignorância e do primitivismo cultural as mentes mais lúcidas e avançadas...
O Espiritismo é ciência que investiga e somente considera aquilo que pode ser confirmado em laboratório, que tenha caráter de revelação universal, portanto, sempre livre para a aceitação ou não por aqueles que buscam conhecer-lhe os ensinamentos. Igualmente é filosofia que esclarece e jamais apavora, explicando, através da Lei de Causa e Efeito,  quem somos, de onde viemos, para onde vamos, porque sofremos, quais são as razões das penas e das amarguras humanas... De igual maneira, a sua ética-moral é totalmente fundamentada nos ensinamentos de Jesus, conforme Ele os enunciou e os viveu, proporcionando a religiosidade que integra a criatura na ternura do seu Criador, sendo de simples e fácil formulação.
Jamais se utiliza das tradições míticas greco-romanas, quais das Parcas, sempre tecendo tragédias para os seres humanos, ou de outras quaisquer remanescentes das religiões ortodoxas decadentes, algumas das quais hoje estão reformuladas na apresentação, mantendo, porém, os mesmos conteúdos ameaçadores.
De maneira sistemática e contínua, vêm-se tornando comuns algumas pseudorrevelações alarmantes, substituindo as figuras mitológicas de Satanás, do Diabo, do Inferno, do Purgatório, por Dragões, Organizações demoníacas, regiões punitivas atemorizantes, em detrimento do amor e da misericórdia de Deus que vigem em toda parte.
Certamente existem personificações do Mal além das fronteiras físicas, que se comprazem em afligir as criaturas descuidadas, assim como lugares de purificação depois das fronteiras de cinza do corpo somático, todos, no entanto, transitórios, como ensaios para a aprendizagem do Bem e sua fixação nos painéis da mente e do comportamento.
O Espiritismo ressuscita a esperança e amplia os horizontes do conhecimento exatamente para facultar ao ser humano o entendimento a respeito da vida e de como comportar-se dignamente ante as situações dolorosas.
As suas revelações objetivam esclarecer as mentes, retirando a névoa da ignorância que ainda permanece impedindo o discernimento de muitas pessoas em torno dos objetivos essenciais da existência carnal.
Da mesma forma como não se deve enganar os candidatos ao estudo espírita, a respeito das regiões celestes que os aguardam, desbordando em fantasias infantis, não é correto derrapar nas ameaças em torno de fetiches, magias e soluções miraculosas para os problemas humanos, recorrendo-se ao animismo africanista, de diversos povos e às suas superstições. No passado, em pleno período medieval, as crenças em torno dos fenômenos mediúnicos revestiam-se de místicas e de cerimônias cabalísticas, propondo a libertação dos incautos e perversos das situações perniciosas em que transitavam.
O Espiritismo, iluminando as trevas que permanecem dominando incontáveis mentes, desvela o futuro que a todos aguarda, rico de bênçãos e de oportunidades de crescimento intelecto-moral, oferecendo os instrumentos hábeis para o êxito em todos os cometimentos.
A sua psicologia é fértil de lições libertadoras dos conflitos que remanescem das existências passadas, de terapêuticas especiais para o enfrentamento com os adversários espirituais que procedem do ontem perturbador, de recursos simples e de fácil aplicação.
A simples mudança mental pra melhor proporciona ao indivíduo a conquista do equilíbrio perdido, facultando-lhe a adoção de comportamentos saudáveis que se encontram exarados em O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, verdadeiro tratado de eficiente psicoterapia ao alcance de todos que se interessem pela conquista da saúde integral e da alegria de viver.
Após a façanha de haver matado a morte, o conhecimento do Espiritismo faculta a perfeita integração da criatura com a sociedade, vivendo de maneira harmônica em todo momento, onde quer que se encontre, liberada de receios injustificáveis e sintonizada com as bênçãos que defluem da misericórdia divina.
A mediunidade, desse modo, a serviço de Jesus, é veículo de luz, de seriedade, dignificando o seu instrumento e enriquecendo de esperança e de felicidade todos aqueles que se lhe acercam.
Jamais a mediunidade séria estará a serviço dos Espíritos zombeteiros, levianos, críticos, contumazes de tudo e de todos que não anuem com as suas informações vulgares, devendo tornar-se instrumento de conforto moral e de instrução grave, trabalhando a construção de mulheres e de homens sérios que se fascinem com o Espiritismo e tornem as suas existências úteis e enobrecidas.
Esses Espíritos burlões e pseudossábios devem ser esclarecidos e orientados à mudança de comportamento, depois de demonstrado que não lhes obedecemos, nem lhes aceitamos as sugestões doentias, mentirosas e apavorantes com as histórias infantis sobre as catástrofes que sempre existiram, com as informações sobre o fim do mundo, com as tramas intérminas a que se entregam para seduzir e conduzir os ingênuos que se lhes submetem facilmente...
O conhecimento real do Espiritismo é o antídoto para essa onda de revelações atemorizantes, que se espalha como um bafio pestilencial, tentando mesclar-se aos paradigmas espíritas que demonstraram desde o seu surgimento a legitimidade de que são portadores, confirmando o Consolador que Jesus prometeu aos seus discípulos e se materializou na incomparável Doutrina.
Ante informações mediúnicas desastrosas ou sublimes, um método eficaz existe para a avaliação correta em torno da sua legitimidade, que é a universalidade do ensino,  conforme estabeleceu o preclaro Codificador.
Desse modo, utilizando-se da caridade como guia, da oração como instrumento de iluminação e do conhecimento como recurso de libertação, os adeptos sinceros do Espiritismo não se devem deixar influenciar pelo moderno terrorismo de natureza mediúnica, encarregado de amedrontar, quando o objetivo máximo da Doutrina é libertar os seus adeptos, a fim de os tornar felizes.
Vianna de Carvalho
Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no

dia 7 de dezembro de 2009, durante o XVII Congresso Espírita
Nacional, em Calpe, Espanha.
Em 09.04.2012.

A mensagem também poderá ser lida na fonte, através do endereço:
http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=279

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O fenômeno da morte


O fenômeno da morte

Presente e constante na existência humana, o fenômeno da morte constitui uma fatalidade da qual ninguém consegue eximir-se.
Ocorrendo a cada momento nas células, que também se renovam, ocasião chega em que a anóxia cerebral se encarrega de parar as funções do tronco encefálico, interrompendo a ocorrência biológica da vida física.
Todos os seres que nascem morrem, dando prosseguimento ao milagre da vida em outra dimensão, aquela de onde tudo procede.
O objetivo essencial da existência física, em consequência,  é a construção e a vivências dos valores éticos responsáveis pelo progresso incessante do Espírito até o momento em que alcança a plenitude.
Mesmo nos reinos vegetal e animal, o processo de nascimento e morte obedece à planificação do desenvolvimento evolutivo da essência divina presente em tudo e em toda parte como fundamental manifestação da vida.
Desde quando criado o ser, o deotropismo atrai-o com força dinâmica inescapável...
Ao atingir a fase do instinto, desenham-se-lhe no psiquismo, pelas experiências, os pródromos da razão, passo gigantesco no rumo da angelitude.
Fixar os valores que dignificam e elevam, que o libertam das heranças grosseiras da fase antropológica primitiva, torna-se-lhe, portanto, imposição inevitável que o arrasta no rumo da ascese, que se lhe constitui meta a ser conquistada.
Passo a passo, experiência após vivência, a ânsia de alcançar a paz e a sabedoria estimula-o ao prosseguimento, mesmo quando sob ações penosas do sofrimento, decorrente da desatenção e da rebeldia ante as leis que regem o universo.
Parte integrante do Cosmo, essa unidade minúscula que é o ser humano, à semelhança de uma micropartícula que forma a unidade atômica, deve manter a sua constância sob o comando da consciência lúcida que reflete o estágio em que se encontra.
As ocorrências desastrosas por falta de discernimento, por teimosia dos instintos agressivos, retardam-lhe a marcha, sem dúvida, porém, não impedem que ocorram novas oportunidades vigorosas em provações ou expiações pungitivas que se encarregam de corrigir as anfractuosidades morais e os desvios comportamentais, impondo a conduta correta como a solução adequada para o equilíbrio e o bem-estar.
Viver é automático, porém, bem viver, selecionando as questões que promovem os sentimentos e a inteligência em níveis mais elevados, para a conquista da sabedoria, deve ser o objetivo de máxima importância para todo viajante na indumentária carnal.
Sócrates, totalmente lúcido e decidido a demonstrar a sua grandeza moral em fidelidade a tudo quanto ensinou e viveu, recebeu a morte como um grande bem.
Instado a fugir por Críton, que houvera organizado um plano audacioso com os seus demais amigos, surpreendeu-se e o repreendeu, demonstrando que as leis, mesmo quando injustas, devem ser obedecidas, de modo que a sociedade aprenda a estabelecer códigos de nobreza.
Caso fugisse, evidenciaria que era realmente o que dele diziam os inimigos, especialmente aqueles que o levaram ao tribunal com infâmias grosseiras.
E sofismando a respeito da existência, qual fizeram antes os juízes, anuiu com tranquilidade à sentença infame, demonstrando que a existência física é uma experiência de iluminação e não uma pousada para o prazer infinito.
Buda, de igual maneira, despedindo-se dos discípulos que aguardavam mais informações, a fim de darem continuidade à divulgação dos seus pensamentos, informou que lhes legava o dharma – a ordem universal imutável – e, serenamente abandonado por muitos que antes o assistiam, silenciou a voz e retornou à pátria da imortalidade.
Jesus é o exemplo máximo, porque no auge dos sofrimentos pôde pronunciar frases que assinalariam com vigor a sua despedida, desde o perdão aos crucificadores que não sabiam o que estavam fazendo (Lucas, 23:34), até entregar a mãezinha aos cuidados do discípulo amado e este ao seu carinho (João, 19:26-27), rompendo os laços da consanguinidade terrestre em favor da fraternidade universal.
Foi mais além, dialogando com o ladrão que lhe suplicava ajuda e socorrendo-o com a resposta da sublime esperança da sua entrada no reino dos Céus (Lucas, 23:43), assim que se desvencilhasse das asperezas dos erros, e se cumprisse tudo para quanto viera, num inolvidável silêncio após o tudo consumado(João, 19:30).
Logo mais, porém, retornava em júbilo na madrugada esplendente de sol e de beleza, confirmando a imortalidade e o triunfo da vida sobre contingência material, de modo que os amigos e quantos outros que o viram pudessem superar a injunção corpórea e voar nos rumos do Infinito.
Francisco de Assis, sofrido pela ingratidão de alguns dos melhores companheiros, ferido e maltratado, sem forças nem resistências orgânicas, exauriu-se lentamente, cantando sempre até o último hausto, a ponto de ser censurado por tanta alegria...
Todos aqueles que descobriram a imortalidade enfrentaram o fenômeno da consumpção dos tecidos orgânicos com estoicismo e naturalidade, alegrando-se com o término da tarefa terrestre abraçada, de modo a retornarem vitoriosos ao grande Lar de onde partiram no rumo do planeta terrestre.

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Reflexiona diariamente a respeito da tua partida em direção à imortalidade, preparando-te, a fim de que não te fixes em interesses mesquinhos retentivos da retaguarda material.
Treina o pensamento em considerações constantes em torno da desencarnação, porquanto ela chegará, talvez, quando menos a esperes.
Se tiveres a felicidade de enfermar por longo prazo, diluindo os liames retentivos do corpo físico, isto será uma bênção.
Mas se fores convocado repentinamente, deixa-te conduzir com alegria, certo de que viverás.
Nada obstante, prepara-te conscientemente para enfrentar esse fenômeno terminal, agradecido ao corpo que te vem servindo de instrumento para a evolução, bem como a tudo quanto te ocorre na atual conjuntura evolutiva.
 
                                                                    Joanna de Ângelis.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na tarde de
2 de junho de 2014, na residência de Dominique e
Armandine Chéron, em Vitry-sur-Seine, França.
Em 8.12.2014.
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