Anjo misericordioso
As
mais belas palavras entretecidas em forma de uma auréola de gratidão
não expressam, realmente, a grandeza de que te revestes, anjo querido.
Sendo
uma estrela luminífera, escondes a tua claridade no corpo físico, a fim
de não ofuscares os caminhos que percorres, particularmente quando te
tornas mãe.
O
brilho, porém, da tua luminosidade exterioriza-se e clareia a noite
densa do processo de crescimento daqueles que vêm aos teus braços, na
condição de filhos, na ansiosa busca do progresso e da plenitude.
Os
teus silêncios, nos momentos de testemunho, transformam-se em canções
de inigualável beleza, dando sentido psicológico e harmonia à vida,
porque te sacrificas em benefício daqueles que Deus te concedeu por
empréstimo sublime para os conduzires ao Seu coração inefável.
O
teu devotamento contínuo constitui a lição preciosa de perseverança de
quem acredita na Vida e no triunfo do Bem Eterno, nunca desistindo de
lutar e de doar-se.
A
tua paciência gentil e a tua serena abnegação, mesmo nas horas
difíceis, são poemas vivos de amor incomum, que terminam por transformar
as estruturas morais humanas deficientes em resistência e vigor para os
enfrentamentos da reencarnação.
A
tua serenidade, quando tudo parece conspirar contra o êxito daqueles
que educas, e a tua certeza de que o amor tudo pode, convertem-se na
segurança que se faz indispensável para que a vitória seja alcançada.
As
ingratidões dos filhos não te desanimam, as vicissitudes da existência
não te desarmonizam, os embates do cotidiano não te enfraquecem, e
prossegues a mesma, sofrida, às vezes, perseverando, porém, nos deveres a
que te entregas com doação total.
Aprendeste
a sorrir quando os teus filhos estão alegres e a chorar ante as suas
preocupações e fracassos, nunca cedendo espaço ao desespero ou à
revolta, quando eles não conseguem superar os impedimentos e tombam em
momentâneos fracassos…
Nesses
momentos, renovada em forças e revestida de coragem, ergue-os,
dando-lhes as mãos generosas e direcionando-lhes os passos no rumo
certo, a fim de que recomecem e se recuperem.
Estejas
na opulência ou na pobreza total, a tua maternidade é sinal do poder de
Deus que te consagrou como cocriadora, na condição de anjo do lar, a
fim de que o mundo cresça e a vida humana alcance a meta para a qual foi
organizada.
É certo que nem todos os filhos sabem compreender a tua grandeza, os teus sacrifícios e lutas, mas isso não te é importante.
Consideras
antes que o teu é o dever de os amar em quaisquer situações em que se
encontrem, educando-os sem cessar, amparando-os continuamente e
emulando-os ao avanço com os seus próprios pés, mesmo quando tenham as
pernas trôpegas e feridos os sentimentos.
Sabes
que as melhores condecorações para exornarem os heróis são as
cicatrizes internas que permanecem no coração e na alma do lutador após
as refregas. Por isso mesmo, insistes e perseveras sem descanso,
trabalhando com esses diamantes brutos que deves lapidar, a fim de que
permitam o brilho da Estrela Polar – Jesus! – no recesso do ser.
...E
se, por acaso, a desencarnação te arrebatar do corpo, impedindo-te
continuar cuidando deles, permanecerás, no Além-túmulo, inspirando-os,
acariciando-os e envolvendo-os em vigorosa proteção.
*
Doce mãezinha!
Quando
as criaturas da Terra dedicam um dia ao teu amor, apenas um entre
trezentos e sessenta e quatro outros, sinalizando que já estão
despertando para o significado do teu apostolado, apesar das imposições
mercadológicas que esperam lucros, nessa oportunidade, quando todos
deveriam oferecer-te somente amor, desejamos homenagear-te,
envolvendo-te em ternura e em gratidão, pela nobre tarefa que
desempenhas e pelas bênçãos que a todos nos concedes.
Maria,
a Mãe Santíssima da Humanidade, coroe-te de paz e de alegria, no teu e
em todos os dias da tua existência, anjo misericordioso de todos nós!
Amélia Rodrigues
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na manhã de 10 de março de 2006, na residência de George e Akemi Adams, em Santa Monica, Califórnia, EUA. Em 23.4.2018. |
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sábado, 26 de maio de 2018
Anjo misericordioso
segunda-feira, 12 de março de 2018
Morte Assistida!?
Morte Assistida!?
Há poucos dias se lia nos meios de comunicação que uma
pessoa iria a um País estrangeiro para se submeter à morte assistida para fugir
do medo e da dor de uma doença autoimune de que era acometida.
Conquanto o respeito à decisão particular de cada pessoa,
mesmo em atitude extrema e definitiva com a própria vida, preciso é esclarecer,
conforme a Doutrina Espírita, de que a vida do ser pensante é a alma, quando
está envolvida num corpo carnal, para as experiências necessárias, que pode ser
uma expiação ou prova, o que corresponde a liberação definitiva dessas aflições
que faz parte de sua herança de outras existências.
A morte assistida, embora todas as justificativas
técnicas, médicas e até filosóficas, moralmente corresponde a um suicídio, que
terá severas consequências para o que se submete como para os que a sugerem e
implementam, pois é impedir o cumprimento de planejamento que o próprio
padecente implorou quando se encontrava em sofrimento atroz antes de adentrar a
esta vida material, acovardando-se diante do compromisso consigo mesmo,
desconsiderando que é a Lei Divina que se cumpre em seu favor, comprometendo-se
em muito para as existências futuras, além de adentrar sofrimento bem maior que
àquele que no corpo material se apresenta.
Não há sofrimento por maior que possa parecer no corpo
físico que não tenha correspondência com a condição espiritual do que sofre, na
verdade, é a manifestação da mazela interior que se manifesta maculando a máquina
de carne, que lhe serve de mata-borrão expungindo a nódoa espiritual.
O sofrimento que se apresenta no corpo físico, com as
limitações, dependências de terceiros, submissão a tratamentos incômodos, tem
atenuantes, como os analgésicos e os medicamentos adequados a cada situação que
a medicina do mundo aplica eficazmente, como recursos que a Divindade permite
em favor da alma em ressarcimento de seus débitos, é acréscimo de
misericórdia. Para isso não é preciso se
ter religião e nem acreditar na existência de Deus, pois a misericórdia Divina
não depende do entendimento da criatura. No entanto, se o sofredor tem fé e
crença verdadeiras no Criador de todas as coisas, terá melhores condições para
superar os seus males com coragem, resignação, confiança e esperança que tudo
vai passar, mesmo que o corpo físico sucumba à doença, mas que a sua alma se
libertará do sofrimento.
Não se justifica interromper uma vida voluntariamente
para fugir de sofrimento, uma vez que não é o corpo que cria a doença, é a alma,
com sua carga energética desequilibrada, em razão da consciência comprometida,
que provoca a manifestação da doença no corpo, de acordo com o feito que causou
tal comprometimento. Não basta eliminar o organismo doente, sem sanar o mal da
alma.
A chamada morte assistida, apensar de todas as
justificativas que se possa intentar, não passa de ilusão, pois tira dos olhos
do Mundo a presença do sofrimento, mas não se dá nenhum suporte à alma que
continuará padecendo enormemente longe dos olhos dos que ignoram que a vida não
pertence ao corpo e que ela é independente e nunca se extingue, que somente
sofre ou é feliz segundo as suas obras. Onde estaria a justiça de Deus se
alguém sofresse o que não é de sua conta. Deus é justo!
Dorival da Silva
segunda-feira, 15 de janeiro de 2018
Os hábitos de hoje e as consequências espirituais
Os hábitos de hoje e as consequências espirituais
A
vida no corpo físico é passageira, porque a vida não precisa do corpo para a
sua existência. Essa vida é espírito quando fora do corpo e alma quando dá vida
a um corpo. É uma situação complexa que pequena parcela da humanidade se dá
conta e até mesmo as academias de ciências não prestam atenção.
Na
Terra, a vida num estado mais aperfeiçoado é a do próprio homem, denominado
estágio “hominal”, porque além de tudo que os reinos vegetal e animal possui
tem ele desenvolvido a inteligência e a consciência, goza com seus aprendizados
nobres e sofre com seus desarranjos morais.
Existe
uma parcela comportamental que são os hábitos negativos, que se expressam
constantemente sem o crivo da razão, tornando-se manifestação semiconsciente, e
pela repetição torna-se como que coisa natural nas comunicações e convivências
no grupo social, fazendo parte da comunicação daquele indivíduo.
São
observáveis naqueles que têm o hábito da reclamação, de xingamento, de palavra
chula, apontamento de defeito (em tese ou apenas por força do costume) de
expressão ou moral dos outros, a título de gracejo ou justificativa de suas
próprias atitudes, sempre apresentando uma coloração picante.
Nem
sempre pessoas com esse perfil são más, as vezes até são generosas em algumas
circunstâncias, tratam com honestidade seus negócios, têm comportamento
adequado na condução de sua vida, no entanto, mantêm hábitos doentios. Na vida
material tem a complacência dos seus conviventes, embora incomode os mais
educados, causam a si mesmos prejuízos de vários matizes que não percebem,
embora sofram as consequências durante a vida.
Terminada
a jornada no corpo físico volta à vida real do Espírito, que é o mundo
espiritual, de onde todos vieram, no entanto, apesar de uma vida regular, mesmo
tendo conquistado alguns valores durante a sua vida terrena, se localizará em
faixa vibratória compatível com o seu estado espiritual, porque fora do corpo
físico esses hábitos nocivos apresentam-se na forma pensamento, criando imagem
e som, não favorecendo a convivência em ambiente que não seja entre os seus
iguais. O que traz grande sofrimento porque o indivíduo percebe que poderia
estar em situação mais favorável em muitos aspectos, mas a manifestação quase
que involuntária dos seus maus hábitos não o habilita.
Conquanto seja possível
a sua reeducação na vida do espaço, será de esforço muito grande; em boa
porcentagem dos que assim se encontram é preciso nova reencarnação e através da
educação desde o berço não permitir que a ressonância dos velhos costumes
aflore na existência nova o que exigirá esforço dos pais e do próprio
reencarnante.
Dorival da Silva
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quinta-feira, 14 de setembro de 2017
A máquina divina
Elucidações de Emmanuel
|
por Francisco Cândido Xavier
|
A máquina divina
Meu amigo,
O corpo físico é a máquina divina que
o Senhor nos empresta para a confecção de nossa felicidade na Terra.
Os vizinhos do bruto precipitam-na ao
sorvedouro da animalidade.
Os maus empregam-na criando o
sofrimento dos semelhantes.
Os egoístas valem-se dela para
esgotarem a taça de prazeres fictícios.
Os orgulhosos isolam-na sem proveito.
Os vaidosos cobrem-na de adornos
efêmeros para reclamarem o incenso da multidão.
Os intemperantes destroem-na.
Os levianos mobilizam-na para
menosprezar o tempo.
Os tolos usam-na inconsideradamente,
incentivando as sombras do mundo.
Os perversos movimentam-lhe as peças
na consecução de desordens e crimes.
Os viciados de todos os matizes
aproveitam-lhe o temporário concurso na manutenção da desventura de si
mesmos.
Os indisciplinados acionam-lhe os
valores estimulando o ruído inútil em atividades improdutivas.
O espírito prudente, todavia, recebe
essa máquina valiosa e sublime para tecer, através do próprio esforço, com os
fios da caridade e da fé, da verdade e da esperança, do amor e da sabedoria,
a túnica de sua felicidade para sempre na Vida Eterna.
Da obra
intitulada Nosso Livro, psicografada pelo médium Francisco
Cândido Xavier, publicado em 1950.
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Reflexão: Nos
dias atuais em que há um endeusamento de si mesmo, visando a exuberância
física, com os excessos musculares, com adornamentos metálicos e outros
materiais, com enfeites pictóricos, intervenções plásticas alteradoras da
estrutura original, entre outros fazeres excepcionais, quando a “máquina
divina” não pede nada disso.
O Espírito
Emmanuel, com a lucidez que lhe é característica, com visão que transcende os
limites da materialidade, mostra que o instrumento corporal tem outra
finalidade. “O corpo físico é a máquina divina que
o Senhor nos empresta para a confecção de nossa felicidade na Terra.” O Benfeitor diz que o Senhor empresta a Máquina Divina... Essa informação leva à meditação: Embora o
corpo sirva
exclusivamente a um indivíduo, ele não lhe pertence definitivamente. Poderá
sê-lo retirado a qualquer momento, restituindo-lhe à Natureza de onde veio,
desintegrando-se definitivamente para integrar outras construções orgânicas
ou não.
“...
empresta a máquina divina para a confecção da nossa felicidade na Terra.” Trata-se de equipamento fungível. O “Ser
pensante”, a Alma, precisa de tal máquina para sua vida temporária no mundo material na busca das experiências espirituais. Toda a alquimia com as coisas da Terra
é visando o aprimoramento da Alma, intelectual e moralmente.
Tudo o que
se valoriza intensamente no corpo implementa-se com as mesmas colorações no envoltório
da Alma, o que se denomina na Doutrina Espírita por perispírito, corpo sutil
que envolve o "Ser Pensante" - a Alma - e permanece após a morte do corpo físico. Com essa apresentação permanece-se durante a erraticidade (período entre a desencarnação e a próxima
reencarnação), com exceções e graduações próprias de cada situação.
“O Senhor nos empresta (o corpo
físico) para a confecção de nossa felicidade na Terra.” Há que se entender que o Mentor faz referência a felicidade que se
construirá na Alma, portanto, patrimônio infungível, terá continuidade após a
morte. Assim não limita a confecção de felicidade para gozo apenas enquanto
na vida material, mas para sempre. Dessa forma, transferir a condição de
usufruir felicidade com os elementos da matéria é pura ilusão, mesmo porque a
matéria nada poderá perceber, sendo o sentir um atributo da Alma.
A vida no
ambiente da Terra flui em dois planos, sendo o plano espiritual, a condição
primeira, -- pois de lá veio para lá retornará --; o plano no corpo físico é
uma viagem de oportunidades para aprendizado e aprimoramento da Alma. Numa análise mais profunda a Alma vive os
dois planos ao mesmo tempo, embora quem está na indumentária física não
perceba.
Emmanuel,
o Espírito benfeitor, faz correlação entre a condição moral e a
empregabilidade da máquina divina, que foi emprestada pela Divindade para a
confecção da felicidade, mas, o homem, pela Lei Natural tem o livre-arbítrio,
confecciona o sofrimento, para si, se não ocorre imediatamente virá no
futuro, e para os outros proporciona dificuldades, tornando para si dívidas a
serem sanadas em algum tempo. Abaixo tornamos aos registros do Benfeitor:
“Os vizinhos do bruto precipitam-na
ao sorvedouro da animalidade.
“Os maus empregam-na criando o
sofrimento dos semelhantes.
“Os egoístas valem-se dela para
esgotarem a taça de prazeres fictícios.
“Os orgulhosos isolam-na sem
proveito.
“Os vaidosos cobrem-na de adornos
efêmeros para reclamarem o incenso da multidão.
“Os intemperantes destroem-na.
“Os levianos mobilizam-na para
menosprezar o tempo.
“Os tolos usam-na inconsideradamente,
incentivando as sombras do mundo.
“Os perversos movimentam-lhe as peças
na consecução de desordens e crimes.
“Os viciados de todos os matizes
aproveitam-lhe o temporário concurso na manutenção da desventura de si
mesmos.
“Os indisciplinados acionam-lhe os
valores estimulando o ruído inútil em atividades improdutivas.”
Fechando o texto de orientação, Emmanuel, resumidamente fala de como bem utilizar a máquina divina e os resultados a se alcançar, que transcende os limites desta existência material e segue o caminho da eternidade:
“O espírito prudente, todavia, recebe
essa máquina valiosa e sublime para tecer, através do próprio esforço, com os
fios da caridade e da fé, da verdade e da esperança, do amor e da sabedoria,
a túnica de sua felicidade para sempre na Vida Eterna.”
Dorival da Silva
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sábado, 10 de setembro de 2016
O grande futuro
“Mas agora o meu reino não é daqui” – Jesus. (João, 18:36.)
Desde os primórdios do Cristianismo, observamos aprendizes
que se retiram deliberadamente do mundo, alegando que o Reino do Senhor não
pertence à Terra.
Ajoelham-se, por tempo indeterminado, nas casas de adoração,
e acreditam efetuar na fuga a realização da santidade.
Muitos cruzam os braços à frente dos serviços de regeneração
e, quando interrogados, expressam revolta pelos quadros chocantes que a
experiência terrena lhes oferece, reportando-se ao Cristo, diante de Pilatos,
quando o Mestre asseverou que o seu reino ainda não se instalara nos círculos
da luta humana.
No entanto, é justo ponderar que o Cristo não deserdou o
planeta. A palavra dEle não afiançou a negação absoluta da felicidade celeste
para a Terra, mas apenas definiu a paisagem então existente, sem esquecer a esperança
no porvir.
O Mestre esclareceu: – “Mas agora o meu reino não é daqui.”
Semelhante afirmativa revela-lhe a confiança.
Jesus, portanto, não pode endossar a falsa atitude dos
operários em desalento, tão-só porque a sombra se fez mais densa em torno de
problemas transitórios ou porque as feridas humanas se fazem, por vezes, mais
dolorosas. Tais ocorrências, muita vez, obedecem a pura ilusão visual.
A atividade divina jamais cessa e justamente no quadro da luta
benéfica é que o discípulo insculpirá a própria vitória.
Não nos cabe, pois, a deserção pela atitude contemplativa e,
sim, avançar, confiantemente, para o grande futuro.
Mensagem extraída da obra: Pão Nosso, Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, capitulo 133.
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Reflexão:
O Reino de Jesus ainda não pôde ser instalado neste Mundo, porque não é
um reino de materialidade, não se consubstancia no que é tangível, em
atendimento às expectativas do materialismo reinante. Esse reinado
acontece no acolhimento, compreensão e vivência de Suas verdades, o que passa
pela inteligência, pela razão e pelo sentimento. O que proporciona modificação
profunda nos hábitos e formas de vida no Planeta.
A mensagem excelente legada por Jesus, mostrando as pegadas para se construir o Seu reino na Terra, não foi compreendida, tornou-se mote de disputas irracionais, de descrédito, de interesse mesquinhos, de guerras hediondas, de multiplicação de credos exploradores da ignorância e da boa-fé e tantos outros desvios que a cegueira do homem foi capaz de produzir a título de fé, adoração, e tantas adjetivações e substantivações que se possa implementar.
No entanto, a partir de 1857, com a publicação da Codificação Espírita, elaborada por Allan Kardec, que sistematiza as informações trazidas pelos Espíritos, através das comunicações mediúnicas, que no seu bojo amplia o entendimento dos registros dos Apóstolos de Jesus, mais especificamente àqueles de cunho moral, colhendo dos Espíritos Superiores as elucidações clarificadoras das verdades, com lógica.
Dessa forma, feita a revelação extraordinária a respeito do Mundo Espiritual pelos próprios Espíritos, dando conta de seus estados e de como a eles chegaram, revelando suas vivências quando no corpo físico, mostrando a correlação entre a vida que se vive no Mundo material e a que se vive no Mundo espiritual. Mostrando que não há interrupção da vida, mas sim a sua continuidade, muito embora, em estado vibratório diferente, porque sem a indumentária física.
Revelou-se a reencarnação e a desencarnação, o entrar e o sair da carne, em cada retorno à matéria, num novo corpo, tratando-se de recomeço, oportunidade justa, para se refazer de desastres morais de vida passada, bem como aproveitar as experiências exitosas para ampliar em vivências mais complexas, sendo estas ferramentas evolutivas.
O Reino de Jesus, a ser erigido no íntimo dos seres humanos, aplicando suas lições, as regras do bem viver, em suas ações desde as menores até as grandiosas, sempre respeitando voluntariamente, conscientemente, o próximo, tanto como a Natureza, porque há uma interação com a Vida, com conhecimento de causa, embasada nas Leis Divinas, àquelas mesmas enunciadas por Jesus, quando lecionava aos Apóstolos.
O Cristo, não deserdou a Terra, apenas informou que não estava naquele momento aqui o Seu Reino, apenas se iniciara, seria preciso expor todo um planejamento que escoaria pelos tempos afora, que transcenderia todas as possibilidades de daquele tempo, além de estar as suas minúcias tão distantes dos homens mais aquinhoados de inteligência daquela época, como o próprio estágio da alma humana em relação a sua grandiosidade de Governador do Planeta Terra, desde a sua origem.
O Reino de Jesus terá lugar no Mundo quando os habitantes do Mundo se
tornarem Cristãos verdadeiramente, enxergar o direito do próximo antes que o
seu, exercer naturalmente o altruísmo, porque o egoísmo será algo que passou,
caiu no esquecimento. Guerra, não haverá mais possibilidades, pois
ninguém deseja o que é do próximo, a ganância foi dominada. O domínio é a
construção do melhor para todos. A paz é a busca permanente. Quem se
habilita permanecer? Jesus aguarda que todos façam os esforços imprescindíveis
de autoeducação, moralização e espiritualização.
O grande futuro é alvissareiro, para quem se propuser caminhar nas pegadas do Mestre Galileu!
Dorival da Silva
O grande futuro é alvissareiro, para quem se propuser caminhar nas pegadas do Mestre Galileu!
Dorival da Silva
quinta-feira, 12 de maio de 2016
Há muita diferença e Muito se pedirá...
Há muita diferença
“E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que
tenho, isso te dou.” – (Atos, 3:6.)
É justo recomendar muito cuidado aos que se interessam pelas
vantagens da política humana, reportando-se a Jesus e tentando explicar, pelo
Evangelho, certos absurdos em matéria de teorias sociais.
Quase sempre, a lei humana se dirige ao governado, nesta
fórmula: – “O que tens me pertence.”
O Cristianismo, porém, pela boca inspirada de Pedro, assevera
aos ouvidos do próximo:
– “O que tenho, isso te dou.”
Já meditaste na grandeza do mundo, quando os homens estiverem
resolvidos a dar do que possuem para o edifício da evolução universal?
Nos serviços da caridade comum, nas instituições de
benemerência pública, raramente a criatura cede ao semelhante aquilo que lhe
constitui propriedade intrínseca.
Para o serviço real do bem eterno, fiar-se-á alguém nas
posses perecíveis da Terra, em caráter absoluto?
O homem generoso distribuirá dinheiro e utilidades com os
necessitados do seu caminho, entretanto, não fixará em si mesmo a luz e a
alegria que nascem dessas dádivas, se as não realizou com o sentimento do amor,
que, no fundo, é a sua riqueza imperecível e legítima.
Cada individualidade traz consigo as qualidades nobres que já
conquistou e com que pode avançar sempre, no terreno das aquisições espirituais
de ordem superior.
Não olvides a palavra amorosa de Pedro e dá de ti mesmo, no
esforço de salvação, porquanto quem espera pelo ouro ou pela prata, a fim de contribuir
nas boas obras, em verdade ainda se encontra distante da possibilidade de
ajudar a si próprio.
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Mensagem extraída da obra: Pão Nosso, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel, capítulo 106.
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Muito se pedirá àquele que muito recebeu
“O servo que souber da vontade do seu amo e
que, entretanto, não estiver pronto e não fizer o que dele queira o amo, será
rudemente castigado. Mas aquele que não tenha sabido da sua vontade e fizer
coisas dignas de castigo menos punido será. Muito se pedirá àquele a quem muito
se houver dado e maiores contas serão tomadas àquele a quem mais coisas se haja
confiado.” (Lucas, 12:47 e 48.)
Principalmente ao ensino dos Espíritos é
que estas máximas se aplicam. Quem quer que conheça os preceitos do Cristo e
não os pratique, é certamente culpado; contudo, além de o Evangelho, que os
contém, achar-se espalhado somente no seio das seitas cristãs, mesmo dentro
destas quantos há que não o leem, e, entre os que o leem, quantos os que o não
compreendem! Resulta daí que as próprias palavras de Jesus são perdidas para a
maioria dos homens.
O ensino dos Espíritos,
reproduzindo essas máximas sob diferentes formas, desenvolvendo-as e comentando-as,
para pô-las ao alcance de todos, tem isto de particular: não é circunscrito;
todos, letrados ou iletrados, crentes ou incrédulos, cristãos ou não, o podem
receber, pois que os Espíritos se comunicam por toda parte. Nenhum dos que o
recebam, diretamente ou por intermédio de outrem, pode pretextar ignorância;
não se pode desculpar nem com a falta de instrução, nem com a obscuridade do
sentido alegórico. Aquele, portanto, que não aproveita essas máximas para
melhorar-se, que as admira como coisas interessantes e curiosas, sem que lhe
toquem o coração, que não se torna nem menos vão, nem menos orgulhoso, nem
menos egoísta, nem menos apegado aos bens materiais, nem melhor para seu
próximo, mais culpado é, porque mais meios tem de conhecer a verdade.
Os médiuns que obtêm
boas comunicações ainda mais censuráveis são, se persistem no mal, porque
muitas vezes escrevem sua própria condenação e porque, se não os cegasse o
orgulho, reconheceriam que a eles é que se dirigem os Espíritos. Todavia, em
vez de tomarem para si as lições que escrevem, ou que leem escritas por outros,
têm por única preocupação aplicá-las aos demais, confirmando assim estas
palavras de Jesus: “Vedes um argueiro no olho do vosso próximo e não vedes a
trave que está no vosso.”
Por esta sentença: “Se
fôsseis cegos, não teríeis pecados”, quis Jesus significar que a culpabilidade
está na razão das luzes que a criatura possua. Ora, os fariseus, que tinham a
pretensão de ser, e eram, com efeito, os mais esclarecidos da sua nação, mais
culposos se mostravam aos olhos de Deus do que o povo ignorante. O mesmo se dá
hoje.
Aos espíritas, pois,
muito será pedido, porque muito hão recebido; mas também aos que houverem
aproveitado, muito será dado.
O primeiro cuidado de todo
espírita sincero deve ser o de procurar saber se, nos conselhos que os
Espíritos dão, alguma coisa não há que lhe diga respeito.
O Espiritismo vem
multiplicar o número dos chamados. Pela fé que faculta, multiplicará também o
número dos escolhidos.
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Textos extraídos de O Evangelho Segundo o
Espiritismo, de Allan Kardec, capítulo XVIII – Muitos os chamados, pouco os escolhidos,
itens 10 e 12.
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Reflexão:
"Cada individualidade traz consigo as qualidades nobres que já conquistou e com que pode avançar sempre, no terreno das aquisições espirituais de ordem superior".
Nesse dizer de "Emmanuel" fica a síntese do registro evolutivo de cada um de nós. Ninguém pode ser àquilo que ainda não conquistou espiritualmente, o que se vê cotidianamente são mostras de como se pretende apresentar. É a hipocrisia. A personalidade que idealizamos para a conquista daquilo que atende às nossas ansiedades e interesses, muitas vezes desonestos.
A figura maiúscula de Pedro exalta o que interessa ao "ser" imortal, dando de si as vibrações que exalavam de seu espírito para atender o vazio espiritual do pedinte, expressando excepcionalmente o ensinamento que perpetua, sem que a grande maioria dos que se dizem cristãos o compreende em profundidade -- "E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou."
A necessidade maior do reencarnado está na sua alma, é a razão de estar vivendo num corpo físico, que necessita de muita assistência, a condição emocional de desiquilíbrio e a precariedade social são os resultados do que somos, considerando que percebemos apenas a parte aparente do "iceberg", caso tivéssemos consciência da integralidade certamente não nos suportaríamos.
As carências da alma se preenchem com os recursos conquistados pela própria alma. O que é material por mais valor possa ter na ótica do mundo deve ser considerado apenas na condição de meio para a realização do bem. A realização que movimenta a intenção, as emoções, pede superação de dificuldades, apurando a capacidade de discernimento, a oportunidade de decidir e de avaliar se o que resulta é bom ou não para si e para outrem. O bem ou mal são as consequências das iniciativas ou não.
No Evangelho Segundo o Espiritismo apresenta análise do ensinamento de Jesus: "Muito se pedirá àquele que muito recebeu", o que é uma lógica límpida, é justiça Divina. Não há reparo! Não é possível que se permitisse que um mestre em matemática claudicasse em operações básicas, certamente se exigirá exatidão em matéria complexa compatível com a sua competência. Assim é na questão espiritual, a consciência não ficará satisfeita se não cumprirmos com os deveres que nos são próprios. Havendo descumprimento pela falta de compromisso, deslealdade, relaxamento, displicência e irresponsabilidade, tudo o que defluir em prejuízos sejam no campo material ou moral será exigido reparação, nesta vida ainda ou em outra, e as dificuldades serão correspondentes ao nosso estado de consciência. As dificuldades materiais ou emocionais são os desforços que fizemos para não fazer ou mal fazer o que tínhamos possibilidades de fazer bem, com resultados benfazejos proporcionadores de paz e felicidade.
"O Espiritismo vem multiplicar o número dos chamados. Pela fé que faculta, multiplicará também o número dos escolhidos." As verdades estão colocadas e não há possibilidade de retrocesso, o que a vida propõe é a plenitude, esta é a meta, o atraso na caminhada é por conta de cada indivíduo, chama-se indivíduo porque é um mundo próprio, é autônomo, no entanto, não conseguirá alcançar o objetivo se não souber estender os braços para servir e as emoções para consolar àqueles que ainda estão no esforço de superação de suas mazelas.
A Doutrina Espírita contém os ensinamentos orientadores, como a trombeta que aponta a direção, ater-se a isso é escolher-se investindo no aprimoramento de si mesmo, multiplicando o número dos alçados no mundo dos escolhidos.
Dorival da Silva
"Cada individualidade traz consigo as qualidades nobres que já conquistou e com que pode avançar sempre, no terreno das aquisições espirituais de ordem superior".
Nesse dizer de "Emmanuel" fica a síntese do registro evolutivo de cada um de nós. Ninguém pode ser àquilo que ainda não conquistou espiritualmente, o que se vê cotidianamente são mostras de como se pretende apresentar. É a hipocrisia. A personalidade que idealizamos para a conquista daquilo que atende às nossas ansiedades e interesses, muitas vezes desonestos.
A figura maiúscula de Pedro exalta o que interessa ao "ser" imortal, dando de si as vibrações que exalavam de seu espírito para atender o vazio espiritual do pedinte, expressando excepcionalmente o ensinamento que perpetua, sem que a grande maioria dos que se dizem cristãos o compreende em profundidade -- "E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou."
A necessidade maior do reencarnado está na sua alma, é a razão de estar vivendo num corpo físico, que necessita de muita assistência, a condição emocional de desiquilíbrio e a precariedade social são os resultados do que somos, considerando que percebemos apenas a parte aparente do "iceberg", caso tivéssemos consciência da integralidade certamente não nos suportaríamos.
As carências da alma se preenchem com os recursos conquistados pela própria alma. O que é material por mais valor possa ter na ótica do mundo deve ser considerado apenas na condição de meio para a realização do bem. A realização que movimenta a intenção, as emoções, pede superação de dificuldades, apurando a capacidade de discernimento, a oportunidade de decidir e de avaliar se o que resulta é bom ou não para si e para outrem. O bem ou mal são as consequências das iniciativas ou não.
No Evangelho Segundo o Espiritismo apresenta análise do ensinamento de Jesus: "Muito se pedirá àquele que muito recebeu", o que é uma lógica límpida, é justiça Divina. Não há reparo! Não é possível que se permitisse que um mestre em matemática claudicasse em operações básicas, certamente se exigirá exatidão em matéria complexa compatível com a sua competência. Assim é na questão espiritual, a consciência não ficará satisfeita se não cumprirmos com os deveres que nos são próprios. Havendo descumprimento pela falta de compromisso, deslealdade, relaxamento, displicência e irresponsabilidade, tudo o que defluir em prejuízos sejam no campo material ou moral será exigido reparação, nesta vida ainda ou em outra, e as dificuldades serão correspondentes ao nosso estado de consciência. As dificuldades materiais ou emocionais são os desforços que fizemos para não fazer ou mal fazer o que tínhamos possibilidades de fazer bem, com resultados benfazejos proporcionadores de paz e felicidade.
"O Espiritismo vem multiplicar o número dos chamados. Pela fé que faculta, multiplicará também o número dos escolhidos." As verdades estão colocadas e não há possibilidade de retrocesso, o que a vida propõe é a plenitude, esta é a meta, o atraso na caminhada é por conta de cada indivíduo, chama-se indivíduo porque é um mundo próprio, é autônomo, no entanto, não conseguirá alcançar o objetivo se não souber estender os braços para servir e as emoções para consolar àqueles que ainda estão no esforço de superação de suas mazelas.
A Doutrina Espírita contém os ensinamentos orientadores, como a trombeta que aponta a direção, ater-se a isso é escolher-se investindo no aprimoramento de si mesmo, multiplicando o número dos alçados no mundo dos escolhidos.
Dorival da Silva
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