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Blog: espiritismoatualidade.blogspot.com.br - Este blog tem a finalidade de publicar exclusivamente assuntos espíritas ou relacionados com o espiritismo. Sua plataforma são as obras básicas da Doutrina Espírita e demais obras complementares espíritas.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Políticos, todo cuidado é pouco!
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quinta-feira, 16 de outubro de 2014
EVOCAÇÕES GRATULATÓRIAS
EVOCAÇÕES GRATULATÓRIAS
Queridas
irmãs, queridos irmãos,
Suplico
a Jesus as Suas bênçãos para todos nós.
Muito
difícil descrever emoções, especialmente aquelas que nos dominam após o
despertamento além do vaso carnal, ao constatarmos a imortalidade em triunfo.
Coroamento
da crença enraizada na mente e no coração, o reencontro com os seres queridos
que nos precederam na formosa viagem de retorno ao Grande Lar, é de indefinível
descrição.
Tudo
quanto imaginávamos antes do processo desencarnatório é insignificante ante a
grandeza da vida triunfante.
Poderíamos
comparar o despertar no Além-túmulo como o sair de modesta aldeia tribal e
despertar numa região ditosa onde uma megalópole feita de luz, cor e som viceja
a contemplação de Deus.
De
imediato exulta o coração e a mente desencadeia lembranças, impondo-nos
lamentar não havermos feito o máximo que nos credenciaria a fruir da plenitude
do que encontramos.
Vale,
portanto, todo o empenho na construção do Bem interior, na pacificação dos
sentimentos, porque cada qual desperta do letargo corporal com os títulos de
enobrecimento ou de queda que foram acumulados durante a trajetória material.
Reconheço
o pouco que pude armazenar. Assim mesmo agradeço a Deus por haver travado
contato com o Espiritismo que me facultou melhor adaptação ao plano perene da
vida, mantendo o coração pacificado e vivo de esperança e a mente devotada ao
Bem, cantando hinos intérminos de gratidão.
Anoto
muitas saudades das horas de trabalho e de consciência, dos sonhos que
cultivamos juntos pensando no Senhor da Vida e nos filhos do Seu calvário que
Ele nos legou.
Estremeço
ante os pequenos delitos que poderia ter evitado e não o fiz, mas, exulto de
contentamento pelas renúncias, insignificantes é certo, mas significativas para
entesourar a paz no coração.
Volto,
mais uma vez, para abraçar os irmãos na fé renovada e pedir que não se permitam
sofrimentos desnecessários, filhos da ingratidão, do desequilíbrio, da loucura
dos corações ainda em aturdimento emocional.
Continuemos
lutando juntos nesse intercâmbio extraordinário em que os nossos pensamentos
fundem-se no ideal de servir e de amar Jesus.
Nossa
Casa pode ser comparada a um farol aceso na penedia à orla do mar tempestuoso,
facultando aos navegadores evitar os choques com os arrecifes ou com os imensos
depósitos de areia impeditivos no transporte para atingir o porto de segurança.
Também
é o abrigo seguro onde nós, os sofredores do Além, encontramos repouso,
esperança e orientação para a conquista dos lauréis da Misericórdia Divina.
Que
o mal dominador na convivência social, ainda remanescente da inferioridade do
nosso planeta, não nos constitua impedimento para o avanço ou nos desoriente no
rumo que abraçamos.
Comovido,
agradeço as evocações carinhosas com que me envolvem a memória e peço perdão
por alguma decepção que haja causado, embora não intencional.
Sustentemo-nos
uns aos outros, nesta formosa travessia do processo evolutivo, e o Senhor, que
nos aguarda paciente e misericordioso, completará aquilo que não nos seja
possível conseguir.
Queridas
irmãs, queridos irmãos, cantemos juntos o hino da imortalidade, agradecendo a
honra imerecida de nos encontrarmos na luta redentora, embora a condição de
trabalhadores da última hora.
Com
especial carinho e imensa gratidão, o abraço afetuoso do amigo, do irmão e do
servidor,
Nilson
Página psicofônica
recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, em 1º de outubro de 2014, na
reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador – BA.
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
KARDEC e INTEGRIDADE
KARDEC E INTEGRIDADE
Nada é mais sagrado do que a
integridade de nosso próprio espírito.
Ralph Waldo Emerson
Integridade
é qualidade do que é íntegro; de uma probidade absoluta; honesto,
incorruptível, imparcial.
O
homem íntegro não está dividido em si mesmo, e não há nele nenhuma distância
entre o pensar, o sentir e o agir, porque ele é uno. O homem íntegro não
disputa, pois a sua parte mais importante, que é o espírito, comanda as paixões
e as submete à razão e ao bom senso; ele não se agasta com as provocações que
lhe chegam do exterior, por que é guiado pela própria consciência, sempre reta.
A
mansuetude que caracteriza o viver de um homem íntegro, é poderosa força de
atração, de convencimento. Foi a integridade de Allan Kardec que fez
acreditadas as suas obras.
Para
ressaltar o caráter daquele que legou ao mundo a Ciência Espírita, e para que
aqueles que admiram suas obras possam também conhecer o caráter do homem, nós
transcrevemos aqui uma nota de alguém que frequentou seu lar, esteve a
observá-lo de muito perto, e que hoje nos possibilita conhecer um pouco mais o
ser humano que foi Allan Kardec.
Eis o
que diz o Dr. Grand, antigo vice-cônsul da França, em uma nota sobre o Livro
dos Espíritos, em sua brochura intitulada: Carta de um Católico sobre o
Espiritismo: [1]
“Lendo
esta obra sente-se que o autor fala, não apenas como homem convicto, mas como
homem de experiência que a tudo observou com uma perfeita independência de
ideias. Tudo ali é discutido friamente, sem exageração. Todas as consequências
ali são deduzidas de argumentos tão justos que se poderia dizer que a filosofia
ali é tratada matematicamente. Quando mais tarde tive a ocasião de ver o Sr.
Allan Kardec, e de ler seus outros escritos, reconheci que estava ali o fundo
de seu caráter e o próprio de seu espírito. É um homem essencialmente positivo,
que não se emociona com nada, e discute os fenômenos mais extraordinários com
tanto sangue frio como se se tratasse de uma experiência comum. ‘Para se
apreciar de maneira correta as coisas, disse ele, é preciso observar sem
entusiasmo, pois o entusiasmo é fonte da ilusão e de muitos erros.’ Ele
discorre sobre as coisas do outro mundo como se as tivesse sob os olhos, e no
entanto ele não fala delas como inspirado, mas como daquilo que existe de mais
natural no mundo. Ele no-las torna, por assim dizer, palpáveis, pois possui,
sobretudo, a arte de fazer compreender as coisas mais abstratas; é, pelo menos,
a impressão que senti ao ouvi-lo falar, e que muitas outras pessoas, como eu,
também sentiram. O caráter dominante de seus escritos é a claridade e o método;
se a isto ajuntarmos um estilo que permite lê-los sem fadiga, ao contrário da
maioria das obras de filosofia, que exigem penosos esforços para serem
compreendidas, não se ficaria admirado pela influência que seu estilo exerceu
sobre a propagação da Doutrina Espírita.
A
esta explicação, que em poucas palavras julguei importante dar, acrescentarei
uma simples observação sobre uma das causas que, na minha opinião, contribuíram
poderosamente para dar o crédito de que gozam as obras do Sr. Allan Kardec: é a
ausência de todo sentimento de aspereza para com seus adversários. Um homem não
se coloca em evidência, como ele o fez, sem suscitar muitos ciúmes, muita
animosidade; entretanto, em nenhuma parte se encontra o mínimo traço de rancor
ou de malevolência, a mínima recriminação endereçada àqueles dos quais ele
poderia se queixar. Desde a minha iniciação no Espiritismo tenho frequentemente
tido a ocasião de vê-lo na intimidade, e posso dizer que jamais o vi se
preocupar com seus detratores; é como se eles não existissem. Ora, confesso que
o caráter do homem não contribuiu pouco para corroborar a opinião que eu tinha
concebido em favor da Doutrina, quando li seus escritos. É evidente que se eu
tivesse reconhecido nele um homem ambicioso, intrigante, ciumento e vingativo,
teria dito que ele mentia aos princípios que professa, e desde então minha
confiança na verdade dessa Doutrina teria sido abalada.
Essas
reflexões, em forma de parênteses, me pareceram úteis para motivar uma das
causas que mais fortemente me levaram a prosseguir, com comprometimento, meus
estudos espíritas.
Uma
outra circunstância, não menos preponderante, vem se juntar às demais e me
explicar, ao mesmo tempo, a profunda indiferença do autor para com as diatribes
de seus antagonistas. Eu estava um dia na casa dele no momento em que ele
recebia sua correspondência, muito numerosa como de hábito. Encontrava-se ali
um jornal em que notadamente o Espiritismo e ele próprio eram amplamente
escarnecidos. Havia também muitas cartas que ele leu igualmente para mim,
dizendo: ‘Ireis agora ver a contrapartida, e podereis julgar o que é o
Espiritismo.’ Entre as cartas, algumas eram pedidos de conselhos sobre os atos
mais íntimos e frequentemente os mais delicados da vida privada. A maioria
continha a expressão de indizível felicidade, do reconhecimento mais tocante
pelas consolações que se havia encontrado na Doutrina; pela calma que ela havia
proporcionado; pela força que ela havia dado nas circunstâncias mais
afligentes; pelas boas resoluções que havia feito tomar. ‘O que vedes aqui, me
disse ele, se renova quase diariamente. Os autores dessas cartas me são, na sua
maioria, desconhecidos, mas eis aqui um, e eu conheço muitos que estão na mesma
situação, que sem o Espiritismo se teriam suicidado.
Acreditais
que a satisfação de ter arrancado homens ao desespero, ter trazido a paz a uma
família, feito pessoas felizes, não me compensa largamente por algumas pequenas
e tolas críticas da parte de pessoas que falam de uma coisa sem a conhecer?
Acreditais que uma só dessas cartas não compensam, de sobra, algumas maldades
das quais fui alvo? Aliás, teria eu tempo de me ocupar com aqueles que zombam?
Eu prefiro, bem mais, dar meu tempo àqueles a quem eu posso ser util. Não tenho
somente para mim a consciência de minhas boas intenções; Deus, em sua bondade,
reservou-me um gozo bem maior, que é o de ser testemunha do bem que a Doutrina
Espírita produz; e eu julgo, pelo que vejo, sobre a influência que ela exercerá
quando estiver generalizada. Não se trata de uma utopia, pois ela é
essencialmente moralizadora; vede por vós mesmo a reforma que ela opera sobre
os indivíduos isolados; o que ela faz sobre alguns, o fará sobre cem, sobre
mil, sobre um milhão, pouco a pouco, compreende-se.
Ora,
supondes uma sociedade penetrada dos sentimentos do dever que vedes expressos
nessas cartas; credes que ela não extraísse daí elementos de ordem e de
segurança? As cartas que vindes de ouvir são todas de pessoas esclarecidas, mas
vede esta: é de um simples operário, outrora imbuído das ideias sociais mais
subversivas. Ele figurou, de maneira lamentável, em nossas lutas civis, e havia
dedicado um ódio implacável aos que ele acreditava serem favorecidos às suas
expensas, e sonhava coisas impossíveis. Agora, que diferença de linguagem! Hoje
ele compreende que a passagem pela Terra é uma prova e, buscando um bem-estar
muito natural, não pede nada às expensas da justiça. Ele não inveja a
felicidade aparente do rico, porque sabe que há uma justiça divina, e que essa
felicidade, se ele não a mereceu aqui na Terra, terá terríveis reveses numa
outra vida. E por que pensa ele assim? Porque lhe dissemos? Não, mas porque ele
adquiriu, pelo Espiritismo, a certeza dessa vida futura na qual não acreditava,
e que pôde convencer-se por si mesmo, pela situação daqueles que nela se
encontram, e porque seu pai, que o entretinha nessas ilusões veio, ele mesmo,
lhe dar conselhos plenos de sabedoria. Ele blasfemava contra Deus, que achava
injusto por haver favorecido algumas de suas criaturas; hoje ele compreende que
esse mesmo favor é uma prova, e que sua justiça se estende sobre o rico como sobre
o pobre. Eis o que o torna submisso à vontade de Deus, bom e indulgente para
seus semelhantes, feliz em seu modesto trabalho. Credes que o Espiritismo não
lhe prestou maiores serviços do que aqueles que se esforçam para lhe provar que
não há nada após esta vida, princípio que tem por consequência que se deve
buscar aqui sua felicidade a qualquer preço? Eis, Senhor, o que é o
Espiritismo. Aqueles que o combatem é porque não o conhecem. Quando ele for
compreendido, nele se verá uma das mais sólidas garantias de felicidade e de
segurança para a sociedade, pois não serão os seus adeptos sinceros que
a perturbarão.’
Eu
confesso que jamais havia encarado o Espiritismo sob esse ponto de vista. Agora
eu lhe compreendo o alcance, e lamento aqueles que ainda veem nele apenas um
fenômeno curioso de mesas girantes. Eu me perguntava se a doutrina dos diabos e
dos demônios, do Sr. de Mirville,[2] poderia dar semelhantes consolações; se ela
seria de natureza a conduzir os homens ao bem e à fé religiosa, e se não teria
contribuído, ao contrário, mais para os desviar, inspirando-lhes mais medo do
que amor, mais curiosidade do que sentimentos bons e humanos.”
[1] O autor faz referência ao Livro dos Espíritos
em uma nota, aqui traduzida pela equipe do IPEAK, inserida
em sua Carta de um católico sobre o Espiritismo. Kardec
recomenda essa brochura na Revista Espírita de novembro de 1860, em
Bibliografia.
A brochura
do Dr. Grand também consta na relação de obras queimadas no Auto de fé de
Barcelona (ver Revista Espírita de novembro de 1861), e está disponível, em
francês, no site: www.ipeak.com.br, no link:
[2] O Dr. Grand se refere ao livro do
Sr. de Mirville, intitulado: Questões dos Espíritos, publicado em 1855, e
que Kardec recomenda em seu Catálogo Racional, na seção: Obras diversas
sobre o Espiritismo. (N.T)
Mensagem extraída de "Boletins Informativos", do IPEAK - Instituto de Pesquisas Espíritas Allan Kardec - www.ipeak.com.br
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
"O Dever" e "Tenhamos Paz"
O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e,
em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida. Com ele deparamos nas
mais ínfimas particularidades, como nos atos mais elevados. Quero aqui falar apenas
do dever moral, e não do dever que as profissões impõem.
Na
ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em
antagonismo com as atrações do interesse e do coração.
Não
têm testemunhas as suas vitórias e não estão sujeitas à repressão suas derrotas.
O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio.
O
aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta;
mas, muitas vezes, mostra-se impotente diante dos sofismas da paixão. Fielmente
observado, o dever do coração eleva o homem; como determiná-lo, porém, com
exatidão? Onde começa ele? Onde termina? O dever principia, para cada um de
vós, exatamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do
vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação
a vós.
Deus criou todos os homens iguais para a dor. Pequenos ou grandes, ignorantes
ou instruídos, sofrem todos pelas mesmas causas, a fim de que cada um julgue em
sã consciência o mal que pode fazer. Com relação ao bem, infinitamente vário
nas suas expressões, não é o mesmo o critério. A igualdade em face da dor é
uma sublime providência de Deus, que quer que todos os seus filhos, instruídos
pela experiência comum, não pratiquem o mal, alegando ignorância de seus
efeitos.
O dever é o resumo prático de todas as especulações morais; é uma bravura
da alma que enfrenta as angústias da luta; é austero e brando; pronto a
dobrar-se às mais diversas complicações, conserva-se inflexível diante das suas
tentações. O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as
criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo. É a um tempo juiz e
escravo em causa própria.
O dever é o mais belo laurel da razão; descende desta como de sua mãe o
filho. O homem tem de amar o dever, não porque preserve de males a vida, males
aos quais a Humanidade não pode subtrair-se, mas porque confere à alma o vigor
necessário ao seu desenvolvimento.
O dever cresce e irradia sob mais elevada forma, em cada um dos estágios
superiores da Humanidade. Jamais cessa a obrigação moral da criatura para com
Deus. Tem esta de refletir as virtudes do Eterno, que não aceita esboços
imperfeitos, porque quer que a beleza da sua obra resplandeça a seus próprios olhos. – Lázaro.
(Paris, 1863)
Extraída de O Evangelho Segundo o
Espiritismo, cap. XVII, Instrução dos Espíritos, item 7.
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Tenhamos paz
“Tende
paz entre vós.” – Paulo. (1ª Epístola aos Tessalonicenses, 5:13.)
Se não é possível respirar num clima de paz perfeita, entre
as criaturas, em face da ignorância e da belicosidade que predominam na estrada
humana, é razoável procure o aprendiz a serenidade interior, diante dos conflitos
que buscam envolvê-lo a cada instante.
Cada mente encarnada constitui extenso núcleo de governo
espiritual, subordinado agora a justas limitações, servido por várias
potências, traduzidas nos sentidos e percepções.
Quando todos os centros individuais de poder estiverem
dominados em si mesmos, com ampla movimentação no rumo do legítimo bem, então a
guerra será banida do Planeta.
Para isso, porém, é necessário que os irmãos em humanidade,
mais velhos na experiência e no conhecimento, aprendam a ter paz consigo.
Educar a visão, a audição, o gosto e os ímpetos representa
base primordial do pacifismo edificante.
Geralmente, ouvimos, vemos e sentimos, conforme nossas inclinações
e não segundo a realidade essencial. Registramos certas informações longe da
boa intenção em que foram inicialmente vazadas e, sim, de acordo com as nossas
perturbações internas.
Anotamos situações e paisagens com a luz ou com a treva
que nos absorvem a inteligência. Sentimos com a reflexão ou com o caos que
instalamos no próprio entendimento.
Eis por que, quanto nos seja possível, façamos serenidade em
torno de nossos passos, ante os conflitos da esfera em que nos achamos.
Sem calma, é impossível observar e trabalhar para o bem.
Sem paz, dentro de nós, jamais alcançaremos os círculos da
paz verdadeira.
Extraída
da obra: O Pão Nosso, cap. 65, Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido
Xavier.
domingo, 28 de setembro de 2014
MORTES VIOLENTAS – O QUE ACONTECE COM OS ESPÍRITOS?
MORTES
VIOLENTAS – O QUE ACONTECE COM OS ESPÍRITOS?
Ontem
e hoje, conversando e/ou teclando com muitas pessoas via internet, algumas
delas me questionaram o que acontece com
as pessoas que desencarnam com os seus corpos destroçados, como foi o caso do
presidenciável Eduardo Campos e das demais pessoas que estavam no avião
com ele? Como chegam ao mundo
espiritual? Sentem, no outro lado da
vida, as dores dos ferimentos e das rupturas
do corpo físico? Sentem também destroçados?
Aprendemos
com os Benfeitores Espirituais, que a morte do corpo físico, quase sempre, nem
é notada pelo espírito, tamanha é a naturalidade da passagem de um plano para o
outro.
Isso
significa que muitos espíritos desencarnam e levam muito tempo para descobrir,
perceberem que já deixaram o corpo material.
Aprendemos,
também, com a doutrina espírita, que quando reencarnado, o espírito dispõe
de dois corpos de manifestação: o corpo
físico e o perispírito (corpo espiritual), sendo o segundo, o elo de ligação da
alma e do corpo físico.
Isso
significa que quando estamos em vigília, o espírito se vale do corpo físico e
quando está desdobrado pelo sono ou quando desencarna, se vale do corpo
espiritual para as suas manifestações e atividades.
Quando
acontece da pessoa ir, aos poucos, perdendo a vitalidade para a vida física, ou
seja, vai envelhecendo o corpo material, o espírito vai também desprendendo
naturalmente desse corpo, até a sua total ruptura com ele. Assim sendo, muitas
vezes, a morte poderá significar para o espírito a libertação de suas aflições
da vida material.
Já
quando o ser humano está em plena força física e desencarna, entra em um estado
de perturbação, não entendendo o que está lhe acontecendo, vindo a ser ajudado
pelos amigos espirituais e familiares
que utilizam-se de hospitais ou casas transitórias para atender em suas primeiras
necessidades. Geralmente os Benfeitores mantém o espírito em sono profundo pelo
tempo que esse precisar, até que ele possa saber ou perceber a sua nova
condição.
Em
casos de morte violenta, onde o corpo físico se destroça por completo, como foi
o caso dos ocupantes do avião acidentado em Santos, na questão de número 162 de
O Livro dos Espíritos, os Benfeitores afirmam que, pelo fato, do homem, não raro, conservar a consciência de si mesmo
durante alguns minutos até que a vida orgânica se extingui completamente, quase
sempre, a apreensão da morte lhe faz perder a consciência antes do momento do
suplício. Ou seja, essa apreensão pode durar alguns minutos, segundos, e nada
mais ser observado pelo espírito. Casos existem que, por merecimento, a pessoa
entra em sono profundo antes mesmo da sua morte física e nada vê ou percebe
dela. Só no Mundo Espiritual irá saber do
ocorrido e observar que, apesar de ter sido da forma que foi, seu corpo espiritual está intacto, sem nenhum
arranhão sequer.
Lembro-me de uma noite de psicografia na Casa da Prece em Uberaba, quando Chico
Xavier começou a ler as mensagens que chegaram por seu intermédio, uma me tocou
profundamente. Tratava-se de um jovem ciclista de Santa Catarina, estudante de
medicina, que numa manhã de sol, como de costume, saiu para pedalar e foi bruscamente atropelado
por um caminhão. Sua mãe imaginava que pelos destroços de seu corpo físico, ele
sofria muito no Mundo Espiritual. Em sua carta ele afirmava e acalmava sua mãe
dizendo apenas lembrar-se de sua apreensão quando observou a aproximação do
caminhão e nada viu e sentiu do acidente. Dizia:
- Mãe acredite em mim, cheguei aqui sem nenhum
arranhão sequer. Foi tudo muito rápido. Fui carinhosamente envolvido pela vovó
que me levou para um abrigo confortador. Não sofra minha mãe querida, pois não
sofri nada como a senhora imagina.
Os Benfeitores afirmam que a única morte que lesa o
perispírito e faz o espírito sentir a dor daquilo que exterminou a vida do
corpo físico, é a morte pelo suicídio. Não é castigo, trata-se apenas do inicio
do processo reeducativo que o espírito
suicida precisará experimentar, para valorizar as suas existências corpóreas
futuras, como instrumento de sua evolução.
Seja qual for o tipo de morte que uma pessoa tiver,
a única coisa que o seu espírito precisará, é do conforto das preces e da
aceitação daqueles que aqui ficaram. A morte só existe para o corpo físico
porque o espírito é imortal. Deus não tem nenhum dos seus filhos morto.
Confiemos mais na nossa imortalidade,
pois com ela tudo mudará em nós.
Residiu por 33 anos na cidade
paulista de São José do Rio Pardo, onde dirigiu, por 10 anos, a
Sociedade Beneficente Espírita Paulo de Tarso e o Asilo Lar de Jesus.
Nessa cidade fundou e construiu a Fundação Espírita Dr. Bezerra de
Menezes, entidade que atende inúmeras pessoas nas suas múltiplas
necessidades.
Foi Presidente e Diretor Doutrinário de USEs – intermunicipal e regional. Fundou e atualmente preside o IDEG – Instituto de Divulgação Espírita de Guaxupé.
sábado, 20 de setembro de 2014
Sem adiamentos
Sem adiamentos
Filhos da alma:
Que Jesus nos abençoe!
Aqueles dias, assinalados pelo ódio e pela traição, pelo desbordar das paixões asselvajadas pelo crime e hediondez, eram as bases sobre as quais as forças conjugadas do Mal iam erigir o seu quartel de destruição do Bem.
Que Jesus nos abençoe!
Aqueles dias, assinalados pelo ódio e pela traição, pelo desbordar das paixões asselvajadas pelo crime e hediondez, eram as bases sobre as quais as forças conjugadas do Mal iam erigir o seu quartel de destruição do Bem.
Veio Jesus e gerou uma nova era centrada no amor.
Dezenove séculos depois, apresentavam-se as criaturas
em condições quase equivalentes. É certo que, nesse ínterim, houve um
grande desenvolvimento tecnológico e científico, e o progresso colocou
fronteiras que se abriam para o futuro, mas as lutas eram tirânicas
entre o materialismo e o espiritualismo.
Então veio Allan Kardec e, com a caridade exaltando o
amor do Mestre, proporcionou à Ciência investigar em profundidade o ser
humano, identificando-lhe a imortalidade, a comunicabilidade, a
reencarnação do Espírito, que é indestrutível.
Cento e cinqüenta anos depois, as paisagens
terrestres encontram-se sombreadas por crimes equivalentes aos
referidos, que não ficaram apenas no passado, e o monstro da guerra
espreita sorrateiro nos pontos cardeais do Planeta, aguardando o momento
para apresentar-se destruidor, como se capaz fosse de eliminar o Bem,
de destruir a Vida.
Neste momento, a Doutrina Espírita, sintetizando o
pensamento de Cristo nas informações da sua grandiosa filosofia centrada
na experiência dos fatos, apresenta a Era da Paz, proporcionando a
visão otimista do futuro e oferecendo a alegria de viver a serviço do
Bem.
Vivemos os momentos difíceis da grande transição terrestre.
As dificuldades multiplicam-se e a cizânia homizia-se
nos corações, procurando gerar divisionismos e partidos que entrem em
conflagração com caráter destruidor. O ódio, disfarçado na indumentária
da hipocrisia, assenhoreia-se das vidas, enquanto a insensatez estimula
os instintos não superados, para que atirem a criatura humana no charco
das paixões dissolventes onde pretendem afogá-la.
Mas é neste momento grave que as luzes soberanas da verdade brilham no velador das consciências, conclamando-nos a todos, desencarnados e encarnados, a porfiar no bem até o fim.
Não são fáceis as batalhas travadas no íntimo, mas
Jesus não nos prometeu facilidades. Referiu-se mesmo à espada que
deveria separar o bem do mal, destruir a iniqüidade para salvar o
iníquo.
Os desafios que se multiplicam constituem a grande
prova através da qual nos recuperamos dos delitos graves contra nós
mesmos, o nosso próximo, a sociedade, quando pervertemos a mensagem de
amor inspirados pelos interesses vis a que nos afeiçoávamos.
Agora é o grande instante da decisão. Não há mais lugar para titubeios, para postergarmos a realização do ideal.
Já compreendemos, juntos, que os denominados dois
mundos são apenas um mundo em duas vibrações diferentes. Estão
perfeitamente integrados no objetivo de construir um outro mundo melhor e
fazer feliz a criatura humana.
Demo-nos as mãos, unidos, para que demonstremos que
as nossas pequenas diferenças de opinião são insuficientes para superar a
identificação dos nossos propósitos nos paradigmas doutrinários em que
firmamos os ideais.
Demo-nos as mãos, para enfrentar a onda de homicídios legais
nos disfarces do aborto, da eutanásia, do suicídio, da pena de morte
que sempre buscam a legitimação, porque jamais serão morais.
Empenhemo-nos por viver conforme as diretrizes austeras exaradas no Evangelho e atualizadas pelo Espiritismo.
Jesus, meus filhos, encontra-se conduzindo a nau terrestre e a levará ao porto seguro que lhe está destinado.
Disputemos a honra de fazer parte da sua tripulação,
na condição de humildes colaboradores. Que o sejamos, porém, fiéis ao
comando da Sua dúlcida voz.
Não revidar mal por mal, não desperdiçar o tempo nas
discussões infrutíferas das vaidades humanas, utilizar esse patrimônio
na edificação do reino de Deus em nós mesmos, são as antigas-novas
diretrizes que nos conduzirão ao destino que buscamos.
Estes são dias tumultuosos!
Se, de alguma forma, viveis as alegrias dos avanços
do conhecimento científico e tecnológico, desfrutais das comodidades que
proporcionam ao lado de centenas de milhões de Espíritos sofridos e
anatematizados pela enfermidade, pela fome, pela dor, quase esquecidos,
também são os dias de acender a luz do amor em vossos corações, para que
o amor distenda as vossas mãos na direção deles, os filhos do calvário. Mas, não apenas deles, como também dos filhos do calvário no próprio lar, na Casa Espírita, na oficina de dignificação pelo trabalho, no grupo social...
Em toda parte Jesus necessita de vós, para falar pela vossa boca, caminhar pelos vossos pés e agir através das vossas mãos.
Exultai, se incompreendidos. Alegrai-vos, se acusados. Buscai sorrir, se caluniados ou esquecidos dos aplausos terrestres.
As vossas condecorações serão as feridas cicatrizadas
na alma que constituirão o passaporte divino para, depois da grave
travessia, entrardes no grande lar em paz.
Ide, pois, de retorno às vossas lides e amai.
Levai Jesus convosco e vivei-O.
Ensinai a todos a doutrina de libertação e dela fazei a vossa bússola.
Na ampulheta das horas o tempo continua inexoravelmente sem tempo para adiamentos.
Vigiai orando e amai servindo.
Que o Senhor de bênçãos nos abençoe, filhos da alma, é a súplica que faz o servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra
Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo
Pereira Franco ao final da Reunião do Conselho Federativo Nacional da
FEB, no dia 11 de novembro de 2007, em Brasília, DF. Em 23.05.2008
Mensagem extraída do endereço: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=93
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suicídio,
traição
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
A lição da escolha certa
ADILTON PUGLIESE santospugliese@hotmail.com Salvador, Bahia (Brasil) |
A lição da escolha certa
“As coisas mais importantes da vida somente são valorizadas depois que passam ou se as perdem.” (Joanna de Ângelis – Vida Feliz)
O homem de todos os tempos, sobretudo dos dias modernos, tem concentrado a sua atenção em torno de inúmeras coisas que despertam o seu interesse.
Objetos e utensílios vários, muitos de avançada tecnologia, aguçam o seu desejo de posse, tudo fazendo para conquistá-los, no que se desgasta ou se deprime, quando não logra o êxito sonhado.
Há consideráveis registros de ocorrências envolvendo graves conflitos, especialmente entre familiares, na disputa de propriedades móveis e imóveis, bens semoventes e depósitos bancários, gerando, muitas vezes, litígios que conduzem os participantes na demanda jurídica a destilarem sentimentos de ódio e ressentimento, por se considerarem, as partes, cada uma merecedora do direito de domínio, jamais admitindo “divisão”, ou “renúncia”, ou “acordos”. Os que vencem essas batalhas no foro legal, saem delas, frequentemente, com acentuado desgaste emocional, a mente em desalinho, quando não descambam para a loucura aqueles derrotados na querela debatida em juízo.
Muito tem sofrido o homem que fixa os seus valores nas coisas transitórias do Mundo.
Alcançado pelo momento fatal de se despedir do corpo físico, através do fenômeno da morte, muitas vezes prematuramente, chega ao outro lado da vida portando superlativas aflições, cercado pelos fantasmas de seus desejos e aspirações menos dignas, que elegeu como metas importantes e legítimas, mantendo os seus ideais de dominação e poder, que se esfumaçam, ante a realidade espiritual da sobrevivência.
Nesses instantes, o desespero e o arrependimento conduzem-no aos momentos de dor, que antecedem as reflexões e o “encontro com a Verdade”, de que nos falou o Mestre. E é nesse staccato que descobre as coisas mais importantes que foram desvalorizadas e negligenciadas.
Em O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec, no capítulo XVI, Não se pode servir a Deus e a Mamon, insere uma mensagem de Blaise Pascal, obtida em Genebra em 1860. O grande matemático, físico, filósofo e escritor francês, desencarnado em 1662, numa Instrução dos Espíritos, intitulada A verdadeira propriedade, destaca que “O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo. Do que encontra ao chegar e deixa ao partir goza ele enquanto aqui permanece. Forçado, porém, que é a abandonar tudo isso, não tem das suas riquezas a posse real, mas, simplesmente, o usufruto. Que é então que ele possui? Nada do que é do uso do corpo; tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Isso o que ele traz e leva consigo, o que ninguém lhe pode arrebatar (...)”. (1)
Narra o Evangelista Lucas que Jesus “estando em viagem, entrou numa aldeia” e, numa residência, é alvo da atenção especial de uma mulher chamada Maria, enquanto Marta, sua irmã, busca os afazeres domésticos para homenagear o hóspede inesperado. As duas irmãs, ante a presença do Cristo, fazem escolhas diferentes: Maria ouve a palavra do Mestre, “homenageia o Jesus espiritual. Sua figura importa mais do que tudo porque Ele transmite a palavra de Deus”. Ela não se preocupa com as atividades que atraem o interesse de Marta, a qual, “não percebendo a messianidade de Jesus” (2), reclama da atitude da irmã, censurando-a, recebendo do Rabi, em resposta, a lição da escolha certa: “–Marta, Marta, tu te inquietas e te agitas por muitas coisas; no entanto, pouca coisa é necessária, Maria escolheu a melhor parte, que nunca lhe será tirada”. (3) (destacamos)
Maria prefere ouvir a Voz do Amor, para aprender a amar-se e a amar os seus irmãos de Humanidade, e atingir a culminância do amor a Deus acima de todas as coisas.
O Espírito Joanna de Ângelis, em sua décima obra da Série Psicológica, Jesus e o Evangelho – à luz da Psicologia profunda -, psicografada pelo médium Divaldo Franco, destaca que Jesus compreendia a finalidade superior da propriedade, por isso, valorizou-a, quando conviveu com os homens de bem e aqueles que possuíam recursos, estimulando-os porém, a buscarem o reino dos Céus, de que se haviam esquecido. (4)
A oportunidade reencarnatória é valiosa bênção para o nosso progresso espiritual. Durante a viagem terrestre busquemos valorizar as coisas mais importantes, a fim de não perdê-las.
Referências bibliográficas:
(1) Kardec, Allan, O Evangelho segundo o Espiritismo. 110. ed. Rio de Janeiro: FEB – 1995 - pp. 260/261
(2) Quéré, France. As mulheres do Evangelho. s/ed. São Paulo: Edições Paulinas – 1984 – p. 42
(3) Evangelho de Lucas – 10: 38 a 42
(4) 1a. ed. Salvador/Ba.: LEAL – 2000 - p.145
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Mensagem extraída de Revista Eletrônica "O Consolador", que poderá ser acessada através do endereço:
http://www.oconsolador.com.br/ano3/141/adilton_pugliesi.html
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