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sábado, 28 de janeiro de 2017
A desencarnação de Allan Kardec
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
Candeia sob o alqueire
Candeia sob o alqueire
1.
Ninguém acende uma candeia para pô-la debaixo do alqueire; põe-na, ao
contrário, sobre o candeeiro, a fim de que ilumine a todos os que estão na casa. (Mateus, 5:15.)
2.
Ninguém há que, depois de ter acendido uma candeia, a cubra com um vaso, ou a
ponha debaixo da cama; põe-na sobre o candeeiro, a fim de que os que entrem
vejam a luz; pois nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada
oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente. (Lucas,
8:16 e 17.)
O
Evangelho Segundo o Espiritismo - Não
ponhais a candeia debaixo do alqueire – capítulo XXIV
Reflexão:
Dois registros de ensinamento verbal de
Jesus, que os evangelistas Mateus e Lucas escreveram posteriormente, sendo que
Lucas não conviveu pessoalmente com Jesus, fez suas anotações em pesquisa que
realizou depois da morte do Senhor em suas jornadas junto aos Apóstolos e
outras pessoas que tiveram proximidade com Ele e Dele ouviram
ensinamentos.
A
candeia precisa estar sobre o candeeiro, para que ilumine a todos que estão na
casa. A candeia podemos considerar todas as pessoas que compreenderam a
mensagem de Jesus e faz esforço para vivê-la, se transformando em verdadeiro
Cristão. Assim, estarão naturalmente elevadas até ao candeeiro, que são as
lideranças de grupos pequenos ou grandes, íntimos ou públicos, onde exercerão
as influências modificadoras com esclarecimento, consolo, orientação, sem, no
entanto, pretender tomar conta da vida das pessoas, pois esta não é a condição
do verdadeiro líder cristão.
Em se tratando da Doutrina Espírita,
precisa-se considerar a sua condição de consoladora pelos conhecimentos e
libertadora pela lucidez.
Antes de desejar iluminar os outros é
necessário iluminar-se, conquistar virtudes pelo trabalho no bem, pelos
esforços de angariar recursos espirituais. A caridade ensinada por Jesus é o
caminho.
O único combustível capaz de alimentar a
luz da candeia cristã é a verdade que flui do Criador, através dos corações
enobrecidos, que superaram o egoísmo, a vaidade, a presunção, o desejo de
poder, o vício do aplauso, a necessidade de reconhecimento. É o vencedor do
mundo.
Preparemo-nos
para que possamos arder com o combustível Divino, levando a luz da mensagem do
Cristo, não somente com as letras do Evangelho, mas como archote luzente de
valores que contagia outros corações a seguirem o rastro luminoso iniciado pelo Divino Pastor.
A candeia precisa estar no
candeeiro...
Dorival da
Silva
quinta-feira, 5 de janeiro de 2017
Exortação ao amor
Exortação ao amor
Todos vós, que tendes a honra de conhecer o Evangelho de Jesus, parai por um momento e reflexionai.
A vida tem um sentido ético-moral de profundidade. O fenômeno vegetativo pertence à organização material. Somos seres imortais, mesmo quando a desencarnação posterga o momento da chegada, anuncia que virá logo mais, e arrebatando-nos para o país da consciência livre, esse ser angélico que é a morte libertadora, fará que, no exame de consciência, repassemos os nossos atos pregressos numa maravilhosa manifestação de lembranças que nos darão a plenitude ou o tormento.
Filhos da alma! Tendes conhecimento dos valores da vida. Não vos encontrais no planeta terrestre por capricho do acaso, mas, graças a uma Causa consciente, que é a Divindade, que criou-vos para a glória estelar.
Se caminhais pelas ínvias estradas do mundo sob chuvas de dores, bendizei-as; se marchais sobre pedrouços e tendes os pés crivados de espinhos, bendizei a dor, agradecei a Deus a dádiva da purificação espiritual.
Nascestes para a glória de vossa existência. Amai quanto puderdes, amai um grão de areia que pode refletir uma estrela ou o luar em grande plenilúnio; servi, porque o serviço é a característica da inteligência, desde os fenômenos mais primários da domesticação até os mais sublimes da integração da criatura com o Criador.
O serviço é a paz de Deus deslocando-se, desdobrando-se para o reino dos Céus.
Ide para os vossos lares e levai a certeza de que a vossa vida deve experimentar essa profunda mudança para o amor, para a verdade, para a Vida em si mesma.
Em nome de vossos Espíritos guias e das Entidades venerandas que aqui estão conosco, dos Espíritos-espíritas, rogamos a Deus que vos abençoe, que nos abençoe, com os melhores votos de ternura e paz.
Em nome de vossos Espíritos guias e das Entidades venerandas que aqui estão conosco, dos Espíritos-espíritas, rogamos a Deus que vos abençoe, que nos abençoe, com os melhores votos de ternura e paz.
Do servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra de Menezes.
Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, no
encerramento da conferência proferida em 27 de setembro de 2015, na
Instituição Assistencial e Educacional Amélia Rodrigues, em Santo André, SP.
Em 1.10.2015.
Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, no
encerramento da conferência proferida em 27 de setembro de 2015, na
Instituição Assistencial e Educacional Amélia Rodrigues, em Santo André, SP.
Em 1.10.2015.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
Espinhos na jornada cristã
Espinhos na jornada cristã
O
pântano silencioso, às vezes, com águas tranquilas, guarda, na sua intimidade,
a vaza fétida e venenosa.
A
roseira que esplende de belas flores perfumadas, cobre as suas hastes com
espinhos pontiagudos.
Na
aparência, a água destilada e o ácido sulfúrico têm a mesma apresentação.
As
plantas carnívoras atraem as suas vítimas exalando suave e doce perfume...
O Sol, que aquece a vida e a mantém, é portador, também, dos raios infravermelhos e ultravioletas que danificam o organismo.
Sorrisos
de amabilidade também ocultam infames traições e crueldades.
A
calúnia, a perversidade, a perseguição, nem sempre se apresentam com as
características que lhes são peculiares, mantendo-se ocultas nos disfarces da
hipocrisia e da desfaçatez.
É
natural, portanto, que, na estrada sublime do Evangelho, estejam escondidos
espinhos que dificultam a marcha do viajor dedicado e tomado pelas emoções
superiores.
São
eles que testificam os valores de que o mesmo se encontra revestido, pois que,
se o seu devotamente não é autêntico, logo foge do compromisso, queixando-se de
dificuldades e de sofrimentos.
Quando
alguém elege o serviço de Jesus na Terra, pode ter a certeza de que a
incompreensão o segue empós, a inveja o atinge com as setas da calúnia e
da deslealdade, justificando-se de mil maneiras, a fim de ocultar a face
inferior que lhe é peculiar.
Todos
aqueles que foram fiéis ao Mestre, ao longo dos séculos, padeceram as injunções
penosas do caminho elegido para o acompanhar.
Não
apenas, porém, os servidores da Verdade, mas todos os indivíduos que se
destacam na comunidade pelos valores de nobreza e de dedicação à causa do Bem e
do progresso das demais criaturas, são convidados ao pagamento pela glória de
servir.
A sua caminhada é sempre marcada por dores inconcebíveis, por competições infames e por injunções inacreditáveis, especialmente no meio de quantos deveriam comportar-se de maneira diferente.
Sucede
que a Terra é ainda o mundo de provações e ninguém consegue avançar no rumo soberano
da Grande Luz sem vencer a sombra exterior, após haver superado a própria
sombra interior...
Por
essa razão é reduzido o número de pessoas dedicadas à construção da harmonia e
da fraternidade, sendo muito mais frequentes e expressivas aquelas que aderem
ao comodismo, à indiferença, à acusação indébita, à infâmia, de fendendo a sua
área de dominação.
Quando
se trata de uma revolução positiva e idealista, há uma recusa quase
generalizada, por parte daqueles que se encontram satisfeitos consigo, com suas
alegrias fisiológicas e interesses egotistas.
As ideias novas e progressistas incomodam e, além disso, os invejosos que não são capazes de superar os paladinos dos movimentos renovadores atacam-nos ferozmente, porque gostariam de estar no seu lugar, sem o conseguir.
° ° °
Sempre
encontrarás espinhos sob a areia fina da estrada ou pedrouços no terreno
a conquistar.
Desde
que te candidatas ao serviço do Mestre Jesus, não podes anelar por aquilo que
Ele rejeitou, embora sendo o Eleito de Deus.
Toda
a sua vida esteve sob acusações falsas, perseguições mesquinhas, injunções más,
forjadas pelos inimigos da Humanidade, que dela somente se beneficiam sem
qualquer contribuição favorável.
Que
te bastem as satisfações e prazeres da ação desempenhada e não os efeitos a que
deem lugar.
A
tarefa do semeador é distribuir as bênçãos de que se faz instrumento e seguir
adiante.
Quando
possível, deves erradicar a erva má que lhes ameace o desenvolvimento; quando
na condição de plântulas frágeis, resguardá-las das intempéries e dos inimigos
naturais, sem preocupar-te contigo.
Igualmente,
não guardes qualquer ressentimento em relação àqueles que se divertem com os
teus sofrimentos, que se comprazem com as tuas aflições na seara.
Eles
também não passarão incólumes, pois que a vereda é a mesma para todos.
Mesmo
agora, com sorrisos e esgares, aparentando felicidade, encontram-se enfermos,
sofridos, necessitados...
Todos
aqueles que se apresentam como privilegiados de hoje serão chamados aos testemunhos
de amanhã.
Quem hoje sofre, avança para as cumeadas da interação com o Pai, através do devotamento e da sinceridade dos seus atos.
Desse
modo, quanto mais diatribes te atirem, mais convicções, segurança adquires em
torno da excelência do trabalho ao qual te afervoras.
Teme,
porém, quando facilidades e aplausos te acompanharem no serviço. São muito
perigosos, porquanto constituem retribuição pelo que foi realizado, ou apenas
simulações e hipocrisias, e isso equivale a um tipo de pagamento à vaidade e à
presunção.
Desde
que trabalhas sob o comando do Mestre, a Ele cabem as bênçãos do futuro da tua
cooperação, e a ti a alegria de estares ao seu lado.
Todos
aqueles que o acompanharam, com exceção do discípulo amado, provaram os
rudes testemunhos, inclusive, o holocausto da própria vida.
Que
esperas, por tua vez?!
Resta-te,
somente, servir mais e melhor, consciente de que o teu grão de mostarda
é também valioso no conjunto da semeadura de luz.
Alegra-te,
pois, quando caluniado, vilipendiado, sem razão atual, porquanto, estarás
expungindo, o que representa uma verdadeira dádiva dos Céus.
Enquanto
alguns estão se comprometendo, tu caminhas te redimindo, pouco te importando
com a maneira pela qual isso acontece.
Tem,
pois, compaixão dos teus adversários e sê-lhes amigo desconhecido e maltratado.
São
poucos os seres humanos que desejam tornar-se amigos, servir durante a
caminhada, que lhes é rica de carências, pródiga de diversões e escassa de
abnegação.
° ° °
Onde
estejas, com quem te encontres, nunca deixes de assinalar a tua presença com a
ternura, a misericórdia, a alegria de amar e de servir.
As
pegadas mais fortes são aquelas transformadas em luzes que brilham apontando o
rumo de segurança.
Caso
tenhas coragem, após sofreres os acúleos da estrada, retira-os, a fim de
beneficiares todos aqueles que venham depois de ti.
Que
a tua dor não seja por eles experimentada, nem os teus suores de sofrimentos
íntimos derramem-se pelas faces dos futuros divulgadores do Infinito Amor.
Joanna de Ângelis
(Página psicografada pelo médium Divaldo
Pereira Franco, na manhã de 7 de
junho de 2012,
em Helsinque, finlância.) – Extraída da
Revista
Reformador, n° 2202-setembro 2012, da FEB
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Vigilância
Vigilância
“Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora virá o
vosso Senhor.” - Jesus. (Mateus, 24:42.)
Ninguém alegue o título de aprendiz de Jesus para
furtar-se ao serviço ativo na luta do bem contra o mal, da luz contra a sombra.
A determinação de vigilância partiu dos próprios
lábios do Mestre Divino.
Como é possível preservar algum patrimônio
precioso sem vigiá-lo atentamente? O homem de consciência retilínea, em todas
as épocas, será obrigado a participar do esforço de conservação, dilatação e
defesa do bem.
É verdade indiscutível que marchamos todos para a
fraternidade universal, para a realização concreta dos ensinamentos cristãos;
todavia, enquanto não atingirmos a época em que o Evangelho se materializará na
Terra, não será justo entregar ao mal, à desordem ou à perturbação a parte de
serviço que nos compete.
Para defender-se de intempéries, de rigores
climáticos, o homem edificou o lar e vestiu-se, convenientemente.
Semelhante lei de preservação vigora em toda
esfera de trabalho no mundo. As coletividades exigem instituições que lhes
garantam o bem-estar e o trabalho digno, sem aflições de cativeiro. As nações
requerem “casas” de princípios nobilitantes, em que se refugiem contra as
tormentas da ignorância ou da agressividade, do desespero ou da decadência.
E no serviço de construção cristã do mundo futuro,
é indispensável vigiar o campo que nos compete.
O apostolado é de Jesus; a obra pertence-lhe. Ele
virá, no momento oportuno, a todos os departamentos de serviço, orientando as
particularidades do ministério de purificação e sublimação da vida, contudo,
ninguém se esqueça de que o Senhor não prescinde da colaboração de sentinelas.
Mensagem
extraída da obra: Vinha de Luz, pelo espírito Emmanuel, psicografia de Francisco
Cândido Xavier, capítulo 132.
Reflexão: Não se trata de vigilância do que está ao nosso redor, trata-se de vigilância de nosso pensar, sentir, fazer. O Mundo é o ambiente de ação de todos os Espíritos que estão a ele vinculados, pois se trata de uma Casa adequada ao estágio evolutivo dessa massa, com as exceções devidas. Uns estão para instruir e nortear, uma multidão está para resgatar as consequências de suas ações negativas e provar se as lições foram assimiladas.
Dessa população uma parte significativa se diz cristã, portanto deveria se portar de acordo com a mensagem de Jesus-Cristo, o que não acontece. Muitos se ornamentam com efeitos religiosos, citação evangélica, crucifixo, manifestação coletiva, canto, louvor... São noções preliminares do grande objetivo da existência da Humanidade da Terra, em grande parte.
A mensagem de Jesus tem por finalidade o despertamento do indivíduo, para que tenha consciência de que é senhor de si, tendo necessidade de libertar-se das amarras convencionais do religiosismo, independente da designação, para se tornar instrumento modificado e lúcido, iluminando-se e estendendo contributo à coletividade.
Jesus, "modelo e guia da Humanidade", demonstrou a sua lucidez, que resplandecia a condição intelectual e moral, embora percebida pela multidão não se compreendia tal grandiosidade, que modificou imediatamente o contexto social, e implementando semeadura de recursos morais que eclodiriam nos séculos posteriores, com supremacia, com o advento da Doutrina Espírita, a partir da publicação de O Livro dos Espíritos, por Allan Kardec, em 1857, quando se materializaram as revelações e elucidações do Mundo Espiritual, que foi promessa do próprio Jesus¹, que mandaria o Consolador, quando tendo chegado o tempo, para aclarar tudo aquilo que Ele naquele momento não tinha condição de revelar, dada a precariedade evolutiva da Humanidade.
Precisamos estar vigilantes para despertar a nossa consciência de que somos importantes, que temos um quinhão na gleba Universal, que se amplia de acordo com a capacidade conquistada, a responsabilidade que assumimos e a liberdade que a lucidez nos permite.
Jesus aguarda que cada indivíduo se torne vigilante e livre das amarras e seja colaborador consciente na consecução de sua missão na Terra, salvando a todos do estado de ignorância sobre as questões da Vida, que transcende os limites do corpo físico e de tudo o que é percebido ao nosso redor ou num horizonte longínquo.
Estejamos vigilantes!
¹(João, 14:15 a 17 e 26.)
¹(João, 14:15 a 17 e 26.)
Dorival da Silva.
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Vigilância
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Que fazemos do Mestre?
Que fazemos do Mestre?
“Que farei então de Jesus, chamado o Cristo?” -
Pilatos. (Mateus, 27:22.)
Nos círculos do Cristianismo, a pergunta de
Pilatos reveste-se de singular importância.
Que fazem os homens do Mestre Divino, no campo das
lições diárias?
Os ociosos tentam convertê-lo em oráculo que lhes
satisfaça as aspirações de menor esforço.
Os vaidosos procuram transformá-lo em galeria de
exibição, através da qual façam mostruário permanente de personalismo inferior.
Os insensatos chamam-no indebitamente à aprovação
dos desvarios a que se entregam, a distância do trabalho digno.
Grandes fileiras seguem-lhe os passos, qual a
multidão que o acompanhava, no monte, apenas interessada na multiplicação de
pães para o estômago.
Outros se acercam dEle, buscando atormentá-lo, à
maneira dos fariseus arguciosos, rogando “sinais do céu”.
Numerosas pessoas visitam-no, imitando o gesto de
Jairo, suplicando bênçãos, crendo e descrendo ao mesmo tempo.
Diversos aprendizes ouvem-lhe os ensinamentos, ao
modo de Judas, examinando o melhor caminho de estabelecerem a própria
dominação.
Vários corações observam-no, com simpatia, mas, na
primeira oportunidade, indagam, como a esposa de Zebedeu, sobre a distribuição
dos lugares celestes.
Outros muitos o acompanham, estrada a fora, iguais
a inúmeros admiradores de Galiléia, que lhe estimavam os benefícios e as
consolações, detestando-lhe as verdades cristalinas.
Alguns imitam os beneficiários da Judéia, a
levantarem mãos-postas no instante das vantagens e a fugirem, espavoridos, do
sacrifício e do testemunho.
Grande maioria procede à moda de Pilatos que
pergunta solenemente quanto ao que fará de Jesus e acaba crucificando-o, com
despreocupação do dever e da responsabilidade.
Poucos imitam Simão Pedro que, após a iluminação
no Pentecostes, segue-o sem condições até à morte.
Raros copiam Paulo de Tarso que se ergue, na
estrada do erro, colocando-se a caminho da redenção, através de impedimentos e
pedradas, até ao fim da luta.
Não basta fazer do Cristo Jesus o benfeitor que
cura e protege. É indispensável transformá-lo em padrão permanente da vida, por
exemplo e modelo de cada dia.
Mensagem extraída da obra: Vinha de Luz, pelo
Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xaiver, capítulo 100, (1.951).
Ciência
A ciência está deixando muita gente atônita e
acomodada.
O conforto que a ciência traz ao mundo é necessário.
A ciência também está a serviço de Deus, porém, até o ponto em que trabalha para
o verdadeiro bem das criaturas.
Não deixa a ciência se transformar numa geladeira
para os seus sentimentos.
A tendência dos povos é avançar com a Técnica, entretanto,
não esqueça a ciência maior e definitiva. A ciência do Absoluto chama-se Amor.
Por um princípio lógico
e matemático, as qualidades positivas da alma geram tranquilidade de consciência
e abrem espaços ao Progresso.
Mensagem extraída da obra: Minutos de Luz, pelo Espírito Pastorino, psicografa por Ariston S, Teles, capítulo 54.
Reflexão: Qual era o objetivo principal da missão
de Jesus? Podemos imaginar que é o aprimoramento moral do Homem, melhorar as condições
espirituais dos espíritos vinculados ao planeta Terra.
Quanto à inteligência, esta se desenvolve pelas
próprias necessidades de melhoria da manutenção da vida, do poder, da vaidade,
do orgulho...
Quanto ao desenvolvimento moral, isto é muito mais
complexo, porque depende de uma concessão consciente do homem, arrefecendo o egoísmo, que ficou
ávido e poderoso com o desenvolvimento da inteligência, as conquistas das
ciências, dos confortos, dos comodismos pelas facilidades com que se conduz a
manutenção da vida orgânica.
Busca-se cada vez mais o conforto, mesmo diante
da doença, vez que se viciou com a comodidade diante da vida do corpo físico. Doença de várias etiologias, geradas pelo
próprio conforto em excesso, o uso exacerbado de consumo e prazeres ou de preocupação em manter as fontes de recursos para suportar as extravagâncias.
Doenças psicológicas, neurológicas, emocionais,
causadas, não só, mas em parte significativa pelo vazio existencial, mostrando
uma existência muito materialista, esquecendo-se do enriquecimento espiritual, com a conquista de valores morais.
Pretende-se, diante de situações adversas nas
questões econômicas e financeiras, nas situações de precariedade da saúde,
soluções miraculosas, imediatistas, com pouco esforço, como é comum num hábito
vicioso de conforto exacerbado, espera-se o “milagre”, que corresponde a um
privilégio, que alguém resolva prontamente o problema, o que com boa
vontade de alguém se pode apenas remediar.
Tratando-se do ser humano, corresponde a tratar-se
de espírito reencarnado, que está num corpo material, este que perde vitalidade
progressivamente até findar-se as suas energias vitais, por muitas circunstâncias,
seja por acidente, envelhecimento...
A Ciência desenvolver-se-á infinitamente com a
finalidade de ajudar o desenvolvimento da alma humana, desafiará sempre a inteligência,
no entanto, para se conseguir o equilíbrio exigirá o desenvolvimento do
sentimento, o aprimoramento moral, porque aí está o objetivo da vida através da reencarnação. Sempre as Leis Naturais, dentre elas a Lei de
Progresso, levarão fatalmente o homem, no que concerne, principalmente, o
Espírito, o ser pensante fora da matéria, ao aprimoramento intelectual e moral,
que são faculdades interdependentes.
Pilatos não sabia o que fazer com Jesus, “e o que
fazemos do Mestre?”. Há dois mil anos não havia a ciência desenvolvida como hoje, e as inteligências, com as exceções devidas, eram obtusas com relação aos
dias atuais, mas moralmente como nos encontramos? Seríamos capazes de entender
a Sua mensagem e com todas as facilidades dos tempos modernos realizarmos em
nosso favor os esforços para o aprimoramento moral e espiritual? Salvando-nos
da nossa própria insensatez?
“Que fazemos do Mestre?”
Dorival da Silva.
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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
Cuidados
Cuidados
“Não vos
inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã, cuidará de si
mesmo”. - Jesus. (Mateus, 6:34.)
Os preguiçosos de
todos os tempos nunca perderam o ensejo de interpretar falsamente as
afirmativas evangélicas.
A recomendação de
Jesus, referente à inquietude, é daquelas que mais se prestaram aos argumentos
dos discutidores ociosos.
Depois de
reportar-se o Cristo aos lírios do campo, não foram poucos os que reconheceram
a si mesmos na condição de flores, quando não passam, ainda, de plantas
espinhosas.
Decididamente, o
lírio não fia, nem tece, consoante o ensinamento do Senhor, mas cumpre a
vontade de Deus. Não solicita a admiração alheia, floresce no jardim ou na
terra inculta, dá seu perfume ao vento que passa, enfeita a alegria ou conforta
a tristeza, é útil à doença e à saúde, não se revolta quando fenece o brilho
que lhe é próprio ou quando mãos egoístas o separam do berço em que nasceu.
Aceitaria o homem
inerte o padrão do lírio, em relação à existência na comunidade?
Recomendou Jesus
não guarde a alma qualquer ânsia nociva, relativamente à comida, ao vestuário
ou às questões acessórias do campo material; asseverou que o dia, constituindo
a resultante de leis gerais do Universo, atenderia a si próprio.
Para o discípulo
fiel, agasalhar-se e alimentar-se são verbos de fácil conjugação e o dia
representa oportunidade sublime de colaboração na obra do bem. Mas basear-se
nessas realidades simples para afirmar que o homem deva marchar, sem cuidado
consigo, seria menoscabar o esforço do Cristo, convertendo-lhe a plataforma
salvadora em campanha de irresponsabilidade.
O homem não pode
nutrir a pretensão de retificar o mundo ou os seus semelhantes de um dia para
outro, atormentando-se em aflições descabidas, mas deve ter cuidado de si,
melhorando-se, educando-se e iluminando-se, sempre mais.
Realmente, a ave
canta, feliz, mas edifica a própria casa.
A flor adorna-se,
tranquila; entretanto, obedece aos desígnios do Eterno.
O homem deve viver
confiante, sempre atento, todavia, em engrandecer-se na sabedoria e no amor
para a obra divina da perfeição.
Mensagem extraída da
obra: Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido
Xavier, capítulo 152. Obra publicada em 1951.
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Reflexão: Desde a antiguidade, a partir de Sócrates, depois Jesus, e modernamente o advento da Doutrina Espírita, o homem percebia a verdade possível nas tradições, depois nos Evangelhos do Mestre Galileu, agora nos chega a orientação da Espiritualidade Superior para o encaminhamento à melhoria dos povos destes tempos.
Os tempos modernos apresentam conforto e facilidades materiais, conquanto desconfortos e dificuldades morais e espirituais. Porquê? Há confusão no entendimento da vida, ainda não se compreende a existência da reencarnação, quer dizer, estar novamente investido de um corpo de carne para se viver uma nova experiência no Mundo material.
Esse entendimento facilita a compreensão de que se vive vida material, num corpo de carne, ao mesmo tempo se vive uma vida espiritual, sendo que uma interfere na outra, considerando que sempre é a vida do Espírito que permanece quando o corpo perde sua vitalidade por infinitas circunstâncias e morre.
O conforto e as facilidades permitidas pelas tecnologias são motivações para a geração pelo ser humano de uma ilusão de estar bem, porque suas necessidades materiais estão bem atendidas, apresentando um estado de felicidade ilusório. Produzindo necessidades acessórias e desnecessárias, muitas vezes fantasiosas, perdendo-se tempo e energia preciosos para a economia da vida.
O trânsito do espírito humano pela experiência da reencarnação é algo extraordinário para a evolução do Espírito, se souber aproveitar o tempo que a vida do corpo permite.
A realidade é que todos os momentos da vida na Terra precisam ser entendidos como uma produção de melhoria da condição espiritual, o que, possivelmente, não se obterá no usufruto permanente de confortos materiais, mesmo que conquistados pelos meios lícitos. É justo que se utilize dos confortos conquistados, mas que não seja isto o objetivo principal da vida, pois, assim, causa um amolentamento da vontade para superar os obstáculos que são imprescindíveis ao melhoramento da vida espiritual.
É bom que façamos reflexões sobre a vida que levamos, se estamos alimentando ilusão, se estamos nos apresentando com valores que ainda não conquistamos, isto é fingimento, é ilusão, desaparecerá no primeiro teste de veracidade, restando a frustração.
A morte do corpo, o deixar a carne, a desencarnação, não livrará ninguém da verdade, porque descortinará a consciência, mostrando a verdadeira posição do indivíduo diante da vida.
Como aponta a mensagem inicial: "Depois de reportar-se o Cristo aos lírios do campo, não foram poucos os que reconheceram a si mesmos na condição de flores, quando não passam, ainda, de plantas espinhosas".
É hora de despertar!
Dorival da Silva
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